A NASA está brincando com fogo, literalmente.
Desde março de 2009, a agência está conduzindo experimentos na Estação Espacial Internacional. Eles já realizaram mais de 200 testes para entender melhor como o fogo se comporta em ambiente de microgravidade, o que ainda não é bem compreendido.
A pesquisa pode levar a melhores sistemas de supressão de incêndio a bordo de naves espaciais, e também ter benefícios práticos aqui na Terra.
O fogo é uma “fera” diferente no espaço do que no chão da Terra. Quando as chamas queimam aqui, gases aquecidos “levantam” do fogo, puxando oxigênio e liberando produtos de combustão. Em ambiente de microgravidade, gases quentes não sobem do fogo. Assim, um processo completamente diferente, chamado de difusão molecular, impulsiona o comportamento da chama.
No espaço, a difusão molecular puxa oxigênio para as chamas e libera produtos de combustão das chamas em uma taxa cem vezes mais lenta que o fluxo de empuxo na Terra.
As chamas no espaço também podem queimar em uma temperatura menor e com menos oxigênio do que incêndios na Terra. Como resultado, o material usado para apagar incêndios no espaço deve ser mais concentrado.
Para estudar incêndios no espaço, os pesquisadores acenderam uma pequena gota de combustível heptano ou metanol em um local especial a bordo da estação espacial. Conforme a gota queimou, uma chama esférica a engolfou, e câmeras registraram todo o processo.
Até agora, os pesquisadores têm observado alguns fenômenos inesperados. A coisa mais surpreendente que eles observaram é a aparente queima continuada de gotículas de heptano após a extinção das chamas, sob certas condições. Atualmente, isso é totalmente inexplicável.
Mas isso é só o começo. Segundo os cientistas, há muitas coisas desconhecidas sobre os processos de combustão que podem ser reveladas por futuros experimentos científicos
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