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sábado, 19 de julho de 2025

O que acontece se um buraco negro for criado em um laboratório?

 1ª Estagio: Origem

Por alguma falha estrutural associada a uma impossibilidade probabilística, nasce um buraco negro maior que o previsto no Grande Colisor de Hadrons (GCH). Um buraco negro inicialmente próximo ao tamanho de Planck, criado em uma velocidade tão rápida quanto a da luz, e que normalmente não duraria 1.10^-27 segundos devido a emissão de radiação emitida por ele, se mantêm mais que o previsto. Algo que sequer seria percebido devido a uma existência de tempo quase insignificante começar a interferir na coleta dos dados do colisor. Ninguém sabe explicar a origem dessa falha. A única possibilidade seria uma falha da própria máquina, afinal não há como um buraco negro se tornar estável nessas condições. Bom, isso é o que os físicos e químicos ali presentes acreditavam.

2º Estágio: Mitigar

Os dados começam a ficar cada vez mais distorcidos. As leituras passavam a não fazer o menor sentido. Ninguém conseguiria explicar aquilo… não podia ser a máquina, não tinha COMO ser a máquina. O defeito precisa ser outra coisa.

Um buraco negro criado nessa condições manteria sua velocidade (próxima a da luz), atravessando as parede do colisor em direção ao espaço. Mas novamente, por outro motivo que a física é incapaz de explicar, ele desacelerou. Nesse momento, devido a gravidade da terra ela vai em direção ao núcleo da terra e gradativamente absorvendo as quantidades mínimas de matéria até chegar no núcleo da terra.

Nesse momento as leitura se normalizam no GCH. Na mesma velocidade que o o que poderia se tornar uma catástrofe apareceu, também sumiu. Nesse instante, mesmo com todos ali carregados de dúvidas, fingiram que nada tinha acontecido e seguiram seu trabalho.

3° Estágio: Crescimento

Aumentado seu tamanho devido a absorção de matéria gradativamente ao longo de alguns anos, intocado e despercebido no núcleo, o problema começa a se intensificar. A terra nesse momento está sendo "devorada" de dentro pra fora, e ninguém na superfície é capaz de imaginar isso.

Alguns séculos mais tarde, eventos estranhos começam a acontecer. Eventos geográficos quase imperceptíveis aparentam não carregar nenhum sentido. Diminuição de poucos milímetros em picos ao redor de todo mundo; resfriamentos inexplicáveis de menos de 0,1°C , o que em situações normais não significaria nada; movimentos das placas tectônicos antes nunca vistos, por mais que a variação seja de pouquíssimos graus…

Milênios a frente, a humanidade no ápice de sua evolução, com tecnologias capazes de fazer com que ela prospere em outros planetas do sistema solar, começaram eventos catastróficos na Terra. Congelamentos em certas regiões se tornaram casuais. Frestas na crosta do tamanho de países. Tremores capazes afundar continentes. O espaço era benefício dos ricos e cientistas, e apenas deles. Nesse período, 90% da raça humana foi extinta.

4° Estágio: Extinção

Após consumir toda a terra seu horizonte de eventos já afeta o sistema solar como um todo, por mais que seu tamanho não passe do da cabeça de um alfinete. As bases e civilizações humanas no espaço são gradativamente puxadas para o centro da singularidade negra.

Da mesma forma, planetas são tirados de sua órbita devido a nova influencia gravitacional. Com isso o buraco negro segue em direção ao sol.

Quanto mais se aproxima do sol, mais matéria absorve, até o momento em que chega perto o suficiente para absorver o próprio sol. Quanto mais a massa do sol é consumida, mais o planetas se perdem em suas órbitas, e consequentemente, o sistema solar é completamente "desmembrado". 99,997% da raça humana já não existe mais nesse momento.

5° Estágio: Fim

Nesse momento, o que resta da população está em um nave, sem água ou comida, com apenas uma esfera negra no seu campo de visão. Isso é claro, se realmente fosse possível vela. Olhar para algo do qual nada foge sendo lentamente atraído por ele pode ser mínimo desesperador.

Olhando o fim de toda uma história é bem fácil escrever a história dessa raça. Raça a qual foi foi responsável pelo próprio extermínio. Destruída pela própria criação.

Com o fim de tudo que ali existia, e sem mais matéria para absorver, a singularidade não duraria mais muito tempo. Ela, assim como tudo que por ela foi destruído, será liberada em forma da radiação por todo universo, apagando qualquer traço da existência de todo um sistema, seus planetas, estrela e as espécies que o compunha.

6° Estágio: A verdade

Felizmente isso não passa de pura ficção.

“Um buraco negro produzido no LHC não danificaria a Terra ou as pessoas”, diz Michelangelo Mangano, físico do CERN, centro de pesquisa onde o LHC está instalado. Ele, na verdade, não teria nem tamanho suficiente para fazer mal a alguém: mediria apenas 10^-16 centímetros, algo milhões de vezes menor que um grão de areia. Além disso, não viveria mais de 0,00…1 segundo (para ser preciso, são 27 zeros depois da vírgula), porque, como todos os outros buracos negros, emitiria radiação e evaporaria. Como essas eventuais criaturas do LHC seriam sempre minúsculas e sua energia, irrisória, sua vida também não passaria de um momento instantâneo.

Mesmo supondo que o buraco negro não evapore e se mantenha estável, ele não será capaz de causar danos ao planeta, nem a ninguém. Nosso miniburaco negro teria sido criado quase à velocidade da luz (300 mil quilômetros por segundo) e continuaria a passear nesse ritmo se não desaparecesse. Assim, em menos de 1 segundo, ele atravessaria as paredes do acelerador e se afastaria da terra, em direção ao espaço. A única maneira de ele permanecer por aqui é se sua velocidade for reduzida a 15 quilômetros por segundo. Vamos supor que isso aconteça também.

Aí sim: por causa da gravidade, ele caminharia para o centro da terra. Mas continuaria sendo ínfimo e nada perigoso. Para que virasse uma ameaça, seria preciso ganhar massa e crescer, e isso só aconteceria se nosso buraco negro começasse a engolir muita matéria. O problema é que quem tem o tamanho de um próton passa facilmente pelo interior da terra sem trombar em nada – não parece, mas o mundo ultramicroscópico é quase todo formado por vazio. Na verdade, ele só encontraria um próton para somar à sua massa a cada 30 minutos a 200 horas de passeio. Ou seja, poderia demorar até 8 dias! Aí complica: “Para o buraco negro chegar a ter 1 miligrama, levaria mais tempo do que a idade atual do Universo”, diz o físico Alexandre Suaide, da USP.

Assim, mesmo que o buraco negro criado no Cern não evaporasse e não fugisse para o espaço, ele não conseguiria crescer o suficiente para se tornar uma ameaça a tempo de acabar com o planeta. Sem falar que o mundo acaba antes disso: em 5 bilhões de anos, quando o Sol explodir.

E finalmente, respondendo a pergunta "O que acontece se um buraco negro for criado em um laboratório?" da forma mais sem graça possível…

Nada.

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