Se o universo é finito, mas muito grande, se a luz viaja, digamos do centro do universo, seja o que for, o que aconteceria quando essa luz alcançasse o único "fim" do universo? Ele iria atravessar a "parede" para outro universo?
Algumas correcções:
- não sabemos se o Universo é finito ou infinito, mas é certamente muito grande e
- não existe um "centro do Universo", todo ele foi criado num só momento.
A luz propaga-se à máxima velocidade possível: 299.792.458 m/s, para qualquer massa/energia.
Mesmo assim a luz nunca alcançará nem alcançaria o "fim do Universo".
Porquê?
Porque o Universo está a se expandir.
A taxa dessa expansão é de cerca de 70-74 quilometers por segundo por megaparsec (Km/s/Mpc), ou seja, 21,5–22,7 quilometros por segundo por mega-anos-luz (Km/s/Mly), mas seguem pesquisas e debates sobre o valor exacto — esta taxa de expansão é chamada de Constante de Hubble.
Quanto mais longe uma galáxia está, mais velozmente se afasta relativamente a nós (e relativamente a todas as outras galáxias).
Até que cerca de 46,5 bilhões de anos-luz as galáxias estão à velocidade da luz (relativamente a nós).
Esse é o limite do Universo visível.
Então o raio do Universo Observável é correntemente de 46,5 bilhões de anos-luz.
Para lá dessa distância as galáxias nos são impossíveis de observar, uma vez que a sua luz nunca nos vai alcançar — até o Universo acabar de velhinho (se é que isso alguma vez vai acontecer).
Então retomando a questão original, uma qualquer luz agora emitida jamais vai poder 'alcançar' o fim, ou o rebordo (se é que existe), do Universo.
Já agora, o limite que é a velocidade da luz não é quebrado. Esse limite só se aplica à matéria e à [correspondente] energia (como a luz). Esse limite não se aplica ao espaço.
A expansão do Universo é uma expansão do próprio espaço-tempo que se está a 'esgaçar'.
O Universo parece ter 'nascido' há uns 13,7 bilhões de anos, num hipotético 'Big Bang'.
Tão quente que, mesmo quando a matéria pôde se formar (da energia) estava ionizada e opaca.
E somente 380,000 anos após o Universo ter 'nascido' (já só com a temperatura de cerca duns 3.000ºKelvin) é que ficou 'transparente' ao emitir o seu primeiro 'suspiro', o Fundo Cósmico de Radiação que hoje arrefeceu até uns gélidos 2,725ºKelvin e a quem chamamos de Radiação Cósmica de Fundo em Micro-Ondas.
Esta é a mais antiga luz que os nossos radiotelescópios podem ver e somente porque foi emitida por todo o Universo de cada átomo seu.
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