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sábado, 19 de julho de 2025

Qual é a probabilidade de existir vida em outros planetas do universo e qual seria o impacto da descoberta de tais formas de vida para a humanidade e para o nosso entendimento do universo?


A probabilidade de existir vida em outros planetas do universo ainda é incerta e é um assunto de muita discussão entre os cientistas. Até agora, só encontramos evidências de vida no nosso próprio planeta, a Terra, mas isso não significa necessariamente que a vida é única no universo.

Os cientistas acreditam que existem algumas condições básicas que são necessárias para a vida, como água líquida, elementos químicos como o carbono e o nitrogênio, e uma fonte de energia. Com base nessas condições, acredita-se que existem muitos outros planetas no universo que podem ser habitáveis e onde a vida poderia ter surgido e evoluído.

Se a vida for encontrada em outro planeta, isso teria um impacto significativo para a humanidade e para o nosso entendimento do universo. Isso nos ajudaria a entender como a vida surgiu e evoluiu no universo e nos daria uma nova perspectiva sobre o nosso lugar no universo. Além disso, a descoberta de formas de vida diferentes da nossa poderia nos ajudar a entender como a vida é capaz de se adaptar a condições diferentes e poderia ter implicações para a nossa própria sobrevivência como espécie.


Bom, foram precisos anos de desenvolvimento tecnológico e observações coletadas neste período para entender que a formação do Sistema Solar era mais "normal", no sentido da formação de um disco de acreção.

Basicamente, descobrimos que estrelas se formam de nuvens de poeira cósmica, que lentamente se unem por causa da gravidade, formando discos de gás e poeira, com movimento rotatório. Então, a maior parte dela se torna um sol, mas podem surgir "nós" em alguns pontos, que se tornam os planetas, montes deles (no nosso próprio sistema, dúzias de planetas surgiram, a maior parte dos quais acabou caindo no Sol ou sendo expulsos do nosso sistema.

Então, haver planetas passou de algo extremamente raro para algo comum.

Quando os primeiros planetas começaram a ser encontrados, matematicamente, víamos como algo incrível, raríssimo. Mas com o tempo, outras décadas, novos métodos de pesquisa, o Hubble… E já temos mais de 5.000 planetas encontrados. E isso que nossa tecnologia - tão avançada para nós - ainda está começando. Dependemos de os planetas estarem na posição certa para podermos captar, de as órbitas não demorarem muito (afinal, encontramos planetas pela forma como eles alteram a órbita de seus sóis, se um planeta demora 300 anos para dar a volta nele, não vamos ter como percebe que houve tal alteração.

Por isso mesmo, a imensa maioria dos planetas que encontramos pelo método atual são ou gigantes incompatíveis com as formas de vida que conhecemos da Terra por sua temperatura, pressão e gravidade ou planetas menores, mas tão próximos de suas estrelas que são infernos ardentes, igualmente incompatíveis com nossas definições de vida.

Kepler 90, acima, é um dos muitos sistemas solares encontrados. Perceba que nenhum planeta é tão "pequeno" quanto a Terra. Isto porque ainda não temos tecnologia suficiente para os encontrar. E, mesmo assim, pode haver vida em algum deles. Nós, seres humanos, sermos incapazes de sobreviver em algum ambiente não torna impossível que formas de vida adaptadas a eles possam ali proliferar e prevalecer.

Sim, temos que lembrar que há vida nas gélidas terras da Antarctica, nos abrasivos desertos como o Saara e Gobi, mas também há vida nas profundezas do oceano, onde a luz não existe e a pressão é capaz de esmagar aço como uma pessoa esmaga uma folha de papel.

A vida dá um jeito.

Então, ainda não encontramos nenhuma razão lógica pela qual não possa haver vida em incontáveis outros mundos. O problema é que nossa tecnologia ainda está em sua infância e, assim como nossos tataravós viam apenas as estrelas no céu com os olhos, telescópios surgiam e permitiam que nossos avós vissem os planetas internos. A tecnologia avançou e nossos pais puderam ver até os mais externos planetas do Sistema Solar e nós já podemos ver planetas em sistemas a milhares de anos-luz de distãncia.

Apenas, ela ainda não é desenvolvia o suficiente para, encontrado um planeta distante, sabermos se há vida ou não lá fora. E olha que indícios não faltam. Seres vivos interagem com a atmosfera e esta interação é conhecida. Já encontramos dois mundos - infelizmente não lembro quais - em que a atmosfera dá tais indícios, mas enquanto alguns cientistas exultam de expectativa, outros pedem para sermos mais céticos, pois tais indícios podem ser resultado de outras interações que não conhecemos.

Mas a possibilidade está lá.

Então, a primeira parte de sua pergunta é simples de se responder.

Provavelmente, muito provavelmente, a vida é comum no universo, quase tão comum quanto existem planetas na zona habítável de estrelas (no nosso sistema, Vênus, Terra e Marte estão numa distância tal que poderiam ter vida, mas Vênus sofreu um imenso efeito estufa e se tornou um inferno, enquanto Marte parece ter se congelado, mas ainda é a maior expectativa de encontramos vida, viva ou já morta, mas que nos permita confirmar que é possível fora da Terra.

Já as outras perguntas…

Qual seria o impacto da descoberta de vida fora da Terra para a humanidade.

Em termos práticos? Nenhuma.

Não, não ache que eu não ficaria excitadíssimo ao saber que não estamos sós. Mas Ok, descobrimos um lago subterrâneo em Marte, próximo ao Monte Olimpo (maior vulcão conhecido) e nele há bactérias termocariontes nativas. Seria um evento comemorado por cientistas, talvez nos influenciasse a enviar mais sondas para lá, as diferenças entre estas bactérias e as nossoas poderiam levar a novas descobertas que, quem sabe, ajudariam a criar novas medicações ou terapias genéticas… Coisas boas.

Mas tirando a alegria da descoberta, não mudaria em nada.

Religiosos diriam "O universo é muito grande e em nosso Livro Sagrado não há nada que implique que Deus teria criado a vida apenas na Terra" e seguiriam suas vidas.

Eu e você continuaríamos indo trabalhar, estudar, namorar ou escrevendo no Quora, sem mudar em nada nossa vida.

Para nosso conhecimento do universo, mudaria algo?

Sim e não.

É como quando Colombo descobriu a América (inicialmente), foi uma notícia importante. Mas logo deixada de lado, a América era distante e tinham - na Europa - guerras, fomes e outros assuntos mais importantes a discutir.

Mas lentamente, o continente atraiu mais e mais europeus para cá e, bem, a história da humanidade nunca mais foi a mesma.

Então, inicialmente seriam poucas mudanças, até porque - assim como já sabiam que a Terra era redonda antes de Colombo - já temos certa ideia de que existe alta possibilidade de vida fora da Terra, só não a encontramos ainda, mas um dia vamos. Dentro desta perspectiva, só confirma uma teoria.

Agora, a longo prazo, muita coisa pode mudar, mas eu não tenho capacidade de imaginar o que e por quanto tempo.


Por que os planetas rochosos não têm anéis?

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A presença de anéis não está relacionada com o tipo de material que forma o planeta. Acredita-se que os anéis geralmente se formam quando algum satélite natural ou asteróide colapsa (seja pelas forças gravitacionais sofridas, por impacto com outros corpos ou o próprio planeta, ou outros motivos) e coloca os detritos resultantes desse colapso em órbita do planeta.

Um exemplo deste acontecimento é Marte, planeta rochoso que deve ganhar um anel no futuro distante. Isso graças ao seu satélite natural Phobos, que está aos poucos caindo em direção do planeta até acertá-lo, o que resultará num anel de detritos que irá orbitar o planeta até este anel se transformar em um novo satélite natural.

Da mesma forma, acredita-se que a Terra também tenha tido um anel: quando o planeta Theia atingiu a Terra, o resultado foi um anel de detritos que pouco a pouco se juntou formando o que veio a ser a nossa Lua de hoje.

É possivel o planeta terra ter vida caso ele tenha anéis?

 O planeta Terra pode já ter tido anéis — pelo menos por duas vezes — e isso em nada impediu a vida de ter surgido e evoluído.

1) Logo no início [d]a Terra (que seria um pouco menor do que hoje) e Theia (um hipotético antigo planeta do Sistema Solar, que seria então do tamanho de Marte) teriam colidido numa catástrofe titanica que mudou a composição do nosso planeta e formou a Lua após esta se condensar (por muitos milhões de anos) dos destroços que formavam anéis em torno da Terra.

É possível que até se tenham coalescido duas luas que depois colidiram bem mais devagar e deram origem aos diferentes lados da nossa actual Lua (com 'Mares' do lado da Terra e só montanhas e crateras do outro lado).

2) No período Ordoviciano, há 466 milhões de anos, pode ter havido um pico de impactos por meteoritos (condriticos do tipo L) provavelmente originários dum corpo duns 150 quilómetros que se teria desagregado (ao passar dentro do Limite de Roche Terrestre e perto da nossa Lua). Alguns teriam caído na Terra mas muitos teriam acabado formando anéis à roda desta.

Este conjunto de destroços também não teriam durado mais que alguns milhões de anos.

Aliás, pensa-se que os próprios Anéis de Saturno são relativamente jovens (formados nos últimos 100 milhões de anos) e que também provavelmente não vão durar muito mais do que isso.

Muita gente não sabe mas a nossa Lua assume importantes papeis protetores.

Primeiro a Lua, pelo efeito das suas marés (influências gravíticas profundas) mantém o nosso núcleo externo (fundido) em movimento, alimentando a Magnetosfera Terrestre e blindando-nos com o Cinturão de Van Allen, tendo evitado que o Vento Solar tenha erudido a nossa atmosfera (como fez com Marte).

Depois a Lua na sua órbita é um forte fator estabilizador da Inclinação do Eixo Terrestre (que pouco varia dos 23º 27') e que é a fonte das nossas relativamente amenas estações. Este nosso eixo está sujeito a uma precessão que há 14.000 anos fez de Vega a Estrela Polar e que voltará a ser dentro de outros 12,000 anos, mas não vai alterar substancialmente a nossa atual inclinação axial.

Tem até sido colocada a hipótese de que uma Lua tão massiva (comparativamente às luas dos outros planetas) nos tenha servido frequentemente de "escudo" gravitacional contra impactos de asteroides errantes.

Se a gravidade do sol é maior do que a da terra, como as coisas que estão na superficie do planeta não são atraidas até o sol?

 



Se considerares a Terra e o sol como pontos estáticos, e considerando a fórmula clássica de Newton…

… se estabeleceres uma relação…

… podes encontrar a distância relativa aos centros dos astros em que a força é igual:

Podemos eliminar as variáveis duplicadas dos dois lados:

E depois isolar a distância d, que é o que queremos obter:

E, aplicando uns valores aproximados…

… obténs cerca de 260 000 km.

Ou seja, até 260 000 km do centro da terra, a gravidade da terra é mais forte que a do sol.

Claro que isto é sem considerar a órbita da terra em torno do sol, e apenas considerando duas massas estáticas e um objecto que vai pender para uma delas.

Para se considerar a órbita temos que adicionar um factor de velocidade angular que, considerando uma trajectória semelhante à da terra, nos dá a essencialmente esfera de Hill da terra, que podemos aproximar (ignorando excentricidade da órbita) com:

Que nos dá um valor aproximado de d de 1.5 milhões de quilómetros. Ou seja, cerca de 1% da distância entre a terra e o sol.

Um objecto à superfície da terra está a cerca de 6371 km do centro de massa, bem dentro da esfera de Hill da terra. Logo a influência da terra será muito superior.