A probabilidade de existir vida em outros planetas do universo ainda é incerta e é um assunto de muita discussão entre os cientistas. Até agora, só encontramos evidências de vida no nosso próprio planeta, a Terra, mas isso não significa necessariamente que a vida é única no universo.
Os cientistas acreditam que existem algumas condições básicas que são necessárias para a vida, como água líquida, elementos químicos como o carbono e o nitrogênio, e uma fonte de energia. Com base nessas condições, acredita-se que existem muitos outros planetas no universo que podem ser habitáveis e onde a vida poderia ter surgido e evoluído.
Se a vida for encontrada em outro planeta, isso teria um impacto significativo para a humanidade e para o nosso entendimento do universo. Isso nos ajudaria a entender como a vida surgiu e evoluiu no universo e nos daria uma nova perspectiva sobre o nosso lugar no universo. Além disso, a descoberta de formas de vida diferentes da nossa poderia nos ajudar a entender como a vida é capaz de se adaptar a condições diferentes e poderia ter implicações para a nossa própria sobrevivência como espécie.
Bom, foram precisos anos de desenvolvimento tecnológico e observações coletadas neste período para entender que a formação do Sistema Solar era mais "normal", no sentido da formação de um disco de acreção.
Basicamente, descobrimos que estrelas se formam de nuvens de poeira cósmica, que lentamente se unem por causa da gravidade, formando discos de gás e poeira, com movimento rotatório. Então, a maior parte dela se torna um sol, mas podem surgir "nós" em alguns pontos, que se tornam os planetas, montes deles (no nosso próprio sistema, dúzias de planetas surgiram, a maior parte dos quais acabou caindo no Sol ou sendo expulsos do nosso sistema.
Então, haver planetas passou de algo extremamente raro para algo comum.
Quando os primeiros planetas começaram a ser encontrados, matematicamente, víamos como algo incrível, raríssimo. Mas com o tempo, outras décadas, novos métodos de pesquisa, o Hubble… E já temos mais de 5.000 planetas encontrados. E isso que nossa tecnologia - tão avançada para nós - ainda está começando. Dependemos de os planetas estarem na posição certa para podermos captar, de as órbitas não demorarem muito (afinal, encontramos planetas pela forma como eles alteram a órbita de seus sóis, se um planeta demora 300 anos para dar a volta nele, não vamos ter como percebe que houve tal alteração.
Por isso mesmo, a imensa maioria dos planetas que encontramos pelo método atual são ou gigantes incompatíveis com as formas de vida que conhecemos da Terra por sua temperatura, pressão e gravidade ou planetas menores, mas tão próximos de suas estrelas que são infernos ardentes, igualmente incompatíveis com nossas definições de vida.
Kepler 90, acima, é um dos muitos sistemas solares encontrados. Perceba que nenhum planeta é tão "pequeno" quanto a Terra. Isto porque ainda não temos tecnologia suficiente para os encontrar. E, mesmo assim, pode haver vida em algum deles. Nós, seres humanos, sermos incapazes de sobreviver em algum ambiente não torna impossível que formas de vida adaptadas a eles possam ali proliferar e prevalecer.
Sim, temos que lembrar que há vida nas gélidas terras da Antarctica, nos abrasivos desertos como o Saara e Gobi, mas também há vida nas profundezas do oceano, onde a luz não existe e a pressão é capaz de esmagar aço como uma pessoa esmaga uma folha de papel.
A vida dá um jeito.
Então, ainda não encontramos nenhuma razão lógica pela qual não possa haver vida em incontáveis outros mundos. O problema é que nossa tecnologia ainda está em sua infância e, assim como nossos tataravós viam apenas as estrelas no céu com os olhos, telescópios surgiam e permitiam que nossos avós vissem os planetas internos. A tecnologia avançou e nossos pais puderam ver até os mais externos planetas do Sistema Solar e nós já podemos ver planetas em sistemas a milhares de anos-luz de distãncia.
Apenas, ela ainda não é desenvolvia o suficiente para, encontrado um planeta distante, sabermos se há vida ou não lá fora. E olha que indícios não faltam. Seres vivos interagem com a atmosfera e esta interação é conhecida. Já encontramos dois mundos - infelizmente não lembro quais - em que a atmosfera dá tais indícios, mas enquanto alguns cientistas exultam de expectativa, outros pedem para sermos mais céticos, pois tais indícios podem ser resultado de outras interações que não conhecemos.
Mas a possibilidade está lá.
Então, a primeira parte de sua pergunta é simples de se responder.
Provavelmente, muito provavelmente, a vida é comum no universo, quase tão comum quanto existem planetas na zona habítável de estrelas (no nosso sistema, Vênus, Terra e Marte estão numa distância tal que poderiam ter vida, mas Vênus sofreu um imenso efeito estufa e se tornou um inferno, enquanto Marte parece ter se congelado, mas ainda é a maior expectativa de encontramos vida, viva ou já morta, mas que nos permita confirmar que é possível fora da Terra.
Já as outras perguntas…
Qual seria o impacto da descoberta de vida fora da Terra para a humanidade.
Em termos práticos? Nenhuma.
Não, não ache que eu não ficaria excitadíssimo ao saber que não estamos sós. Mas Ok, descobrimos um lago subterrâneo em Marte, próximo ao Monte Olimpo (maior vulcão conhecido) e nele há bactérias termocariontes nativas. Seria um evento comemorado por cientistas, talvez nos influenciasse a enviar mais sondas para lá, as diferenças entre estas bactérias e as nossoas poderiam levar a novas descobertas que, quem sabe, ajudariam a criar novas medicações ou terapias genéticas… Coisas boas.
Mas tirando a alegria da descoberta, não mudaria em nada.
Religiosos diriam "O universo é muito grande e em nosso Livro Sagrado não há nada que implique que Deus teria criado a vida apenas na Terra" e seguiriam suas vidas.
Eu e você continuaríamos indo trabalhar, estudar, namorar ou escrevendo no Quora, sem mudar em nada nossa vida.
Para nosso conhecimento do universo, mudaria algo?
Sim e não.
É como quando Colombo descobriu a América (inicialmente), foi uma notícia importante. Mas logo deixada de lado, a América era distante e tinham - na Europa - guerras, fomes e outros assuntos mais importantes a discutir.
Mas lentamente, o continente atraiu mais e mais europeus para cá e, bem, a história da humanidade nunca mais foi a mesma.
Então, inicialmente seriam poucas mudanças, até porque - assim como já sabiam que a Terra era redonda antes de Colombo - já temos certa ideia de que existe alta possibilidade de vida fora da Terra, só não a encontramos ainda, mas um dia vamos. Dentro desta perspectiva, só confirma uma teoria.
Agora, a longo prazo, muita coisa pode mudar, mas eu não tenho capacidade de imaginar o que e por quanto tempo.