quarta-feira, 1 de maio de 2013
8 fatos curiosos sobre o espaço
Conheça alguns mistérios do Universo ainda sem explicações ou pouco compreendidos.
O Universo é um lugar repleto de fenômenos intrigantes e, muitas vezes, estranhos. Ondas gravitacionais, antimatéria, partículas subatômicas, matéria e energia que não podem ser vistas ou medidas. Confira abaixo uma lista com alguns fatos e fenômenos curiosos que intrigam a comunidade científica e impressionam os mais leigos.
Neutrinos
As partículas subatômicas conhecidas como neutrinos são famosas por suas características extremas. Esse elemento é extremamente leve (massa próxima a zero), tem carga elétrica nula, existe em abundância no Universo e sua interação com a matéria é fraca. Um neutrino é capaz de atravessar anos-luz de qualquer componente sem interagir com um só átomo. Os neutrinos são produzidos pelas reações nucleares que acontecem no interior de estrelas e também por supernovas. Boa parte das partículas desse tipo que atravessam a Terra é produzida pelo Sol. Alguns estudos afirmam que os neutrinos podem chegar a velocidades superiores à da luz, mas a CERN afirma que ainda há muito que se estudar para que as informações a respeito dos neutrinos possam ser expostas com certeza.
Quasares
As fontes de rádio quase-estelares, mais conhecidas como Quasares (quasi-stellar radio sources), estão entre os objetos mais estranhos vistos no Universo. Confundidos com estrelas no princípio, os quasares são os maiores emissores de energia do espaço. Um único elemento desse tipo é capaz de emitir até 1.000 vezes mais luz do que uma galáxia inteira.
Galáxia espiral NGC 4319 e o quasar Markarian 205 (Fonte da imagem: NASA/ESA and The Hubble Heritage Team (STScI/AURA)
Os quasares são, em aparência, bem semelhantes às estrelas, mas as estruturas dos dois objetos são completamente diferentes. Um aspecto interessante nos quasares é que eles liberam imensos jatos de partículas radioativas. Estudos mostram que esses objetos se formaram em um período recente, considerando toda a história do Universo. O quasar mais brilhante é o 3C 273, distante cerca de 2 bilhões de anos-luz da Terra.
Antimatéria
Se você pensa que antimatéria é o oposto da matéria, acertou! A primeira evidência mais concreta da existência da antimatéria surgiu em 1932 com a descoberta dos pósitrons (elétrons com carga positiva) feita por Carl Anderson. Depois, foi a vez dos antiprótons (prótons com carga negativa) serem encontrados e, com isso, surgir o antiátomo (contrário do átomo). Quando matéria e antimatéria entram em contato, elas são totalmente aniquiladas. O resultado desse encontro explosivo é a emissão de radiação pura e outras partículas subatômicas. Toda a massa dos objetos envolvidos na explosão é convertida em um tipo de energia extremamente poderoso. Por isso, a ideia da propulsão antimatéria parece ser tão boa, pois precisaria de uma quantidade ínfima de material para gerar uma quantidade enorme de energia. O problema é que, enquanto a matéria existe em abundância no Universo, a antimatéria é bem escassa. Embora exista tecnologia para se criar antiátomos, naves que utilizam antimatéria como combustível ainda são apenas ficção.
RCF
A radiação cósmica de fundo (RCF) é uma das evidências mais fortes da teoria do Big Bang, pois ela prova que o Universo, no passado, era muito mais denso e quente do que é atualmente. Trata-se de uma radiação eletromagnética que preenche todo o espaço, com espectro de um corpo negro e temperatura de 2,7 K. A ideia do Big Bang é que o Universo inicial era composto por um plasma (fótons, elétrons e bárions) quente, que se expandiu e os fótons passaram a esfriar desde então, chegando aos 2,7 K medidos na radiação cósmica de fundo. A temperatura dos fótons continuará a diminuir enquanto o espaço estiver expandido. Por isso, a RCF ajuda a provar que a teoria do Big Bang é verdadeira. Arno Penzias e Robert Woodrow Wilson foram os descobridores da RCF, em 1965, e ganharam o Nobel de Física alguns anos depois por esse achado.
Energia escura
Novos estudos e observações apontam que a maior parte do Universo não é composta de matéria ordinária ou matéria escura, como se pensava, mas sim de uma forma de energia não luminosa, a qual foi batizada de energia escura. Cerca de 70% do espaço é constituído por energia escura. Não confunda matéria escura com energia escura. Ao passo que a matéria escura é uma força gravitacional que tende a tornar a expansão do Universo mais lenta, a energia escura é repulsiva, acelerando o processo de “dilatação”. Dessa forma, essa energia pode determinar o destino do Universo, fazendo com que ele expanda de forma acelerada ou regrida, entrando em colapso.
Matéria escura
A matéria escura é uma forma de matéria que não pode ser vista nem detectada diretamente com as tecnologias atuais. A única forma de detectar a presença da matéria escura é por meio dos efeitos gravitacionais que ela exerce sobre elementos como estrelas e galáxias. Cerca de 25% do Universo é constituído por matéria escura.
Ondas de gravidade
As ondas de gravidade são distorções no espaço-tempo, previstas pela teoria da relatividade geral de Albert Einstein. Embora sejam extremamente rápidas, as ondas gravitacionais dificilmente são detectadas pelos cientistas, pois são muito fracas. Apenas ondas criadas por eventos gigantescos (fusão de buracos negros, por exemplo) é que podem ser percebidas pelos detectores LIGO e LISA.
Colisão de galáxias
A colisão de galáxias é um fenômeno relativamente comum no Universo e envolve uma quantidade extraordinária de matéria e tempo, pois os elementos envolvidos se movimentam lentamente. O resultado dessa colisão é uma única galáxia, em vez de duas. Quando um dos objetos é muito maior do que o outro, o fenômeno é chamado de “canibalismo galáctico”, pois o astro menor é engolido. Andrômeda, a galáxia vizinha à Via Láctea, não é tão grande por acaso. Seu tamanho teria sido conquistado graças à massa de objetos vizinhos do mesmo gênero, que foram engolidos ao longo dos últimos bilhões de anos. Estudos indicam que, com o passar de alguns bilhões de anos, nossa galáxia vai colidir com Andrômeda.
O vácuo
De maneira bem simples e direta, pode-se dizer que o vácuo é o nada. Na verdade, o vácuo é a ausência de matéria de qualquer gênero. Respirar no espaço sem um traje espacial é praticamente impossível justamente pela falta de átomos de oxigênio ou outros gases. O vácuo perfeito não é possível na natureza, embora existam algumas situações que cheguem bem próximas, como o meio interestelar. Da massa total do Universo, cerca de 98% são compostos pelo vácuo, ou seja, é muita “coisa alguma” em meio às estrelas, planetas, galáxias e outros objetos encontrados no espaço. O vácuo também está muito presente na indústria de produtos alimentícios, pois ajuda a conservar os alimentos por mais tempo enquanto a embalagem estiver lacrada.
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