O principal elemento que embasa a conclusão do pesquisador é a ausência de nitrogênio, o que descartaria a contaminação do meteorito depois que ele caiu na Terra.[Imagem: Richard B. Hoover/Journal of Cosmology]
O Dr. Richard B. Hoover, um renomado e premiado astrofísico que trabalha no Centro Espacial Marshall, da NASA, publicou um artigo alegando ter encontrado indícios de vida em um meteorito.
Fósseis de ETs?
O artigo foi publicado na sexta-feira em um periódico científico pouco conhecido, chamado Journal of Cosmology. Juntamente com o artigo, o periódico publicou um comunicado sobre o aspecto controverso da descoberta e os cuidados tomados antes de sua publicação: Dada a natureza controversa desta descoberta, nós convidamos 100 especialistas e enviamos um convite geral para mais de 5.000 cientistas da academia para revisar o artigo e apresentarem suas análises críticas. Nossa intenção é publicar os comentários, tanto favoráveis quanto desfavoráveis, juntamente com o artigo do Dr. Hoover. A publicação dos comentários está prevista para acontecer entre hoje, dia 7, e o dia 10 de Março. Até o momento, a NASA não se pronunciou oficialmente, ao contrário do que sempre faz, mesmo no caso de descobertas não tão significativas. A agência espacial parece não haver se refeito ainda de uma alegação anterior do mesmo tipo, quando o anúncio da descoberta de sinais de vida em um meteorito marciano foi feito em cadeia nacional pelo então presidente do país, Bill Clinton. A "descoberta" então anunciada continua controversa.
Tampouco houve tempo para que cientistas sérios e ponderados se pronunciassem, o que recomenda que se aguarde a publicação dos comentários anteriores à publicação, prometidos pela revista.
Fósseis em meteoritos
A conclusão do Dr. Hoover veio da análise de dois meteoritos - Ivuna CI1 e Orgueil CI1 - catalogados como condritos carbônicos, um tipo muito raro de meteorito, perfazendo não mais do que 5% dos condritos. Os meteoritos foram seccionados em ambiente estéril para evitar contaminação e observados com um microscópio de rastreamento eletrônico por emissão de campo (FESEM). As imagens revelam estruturas intrigantes, interpretadas pelo pesquisador como fósseis de vida bacteriana - além das formações típicas, o principal elemento que embasa sua conclusão é a ausência de nitrogênio, o que descartaria a contaminação do meteorito depois que ele caiu na Terra. Se for comprovada a descoberta, este pode ser um dos achados mais importantes da ciência em todos os tempos: a comprovação definitiva de que a vida não é exclusividade da Terra, o que terminaria de vez a era do geocentrismo, um trabalho iniciado por Galileu há mais de quatro séculos. A agência espacial parece não haver se refeito ainda de uma alegação anterior do mesmo tipo, quando o anúncio da descoberta de sinais de vida em um meteorito marciano foi feito em cadeia nacional pelo então presidente do país, Bill Clinton. A "descoberta" então anunciada continua controversa. Tampouco houve tempo para que cientistas sérios e ponderados se pronunciassem, o que recomenda que se aguarde a publicação dos comentários anteriores à publicação, prometidos pela revista.
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