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sábado, 21 de janeiro de 2012

Imagens de Marte da HiRISE impressionam os cientistas na conferência de Geomorfologia

Cratera Herschel em Marte fotografada pelo High Resolution Imaging Science Experiment (HiRISE). Crédito: NASA/JPL/Universidade do Arizona


Dunas de areia em Marte. Crédito: NASA/JPL/University of Arizona


As fotos de Marte, capturadas pelos sensíveis instrumentos da MRO conseguem resolução tão poderosa que são capazes de mostrar características do solo marciano em detalhes menores que 1 metro e que permitirão aos cientistas encontrar os lugares mais seguros para futuras missões. Essas imagens ajudam também a entender como se comporta o clima marciano, no presente e no passado e também contribui para compreendermos melhor o clima terrestre.

HiRise Disappearing and Shrinking Dome Dunes PSP_007080_2565


Existe atualmente um coleção de cerca de 10.000 fotos coloridas capturadas pelo projeto HiRISE. Essas imagens hoje já cobrem aproximadamente 0,55% da superfície marciana. Cada foto contem uma área com 5 a 6 quilômetros de largura, como uma resolução de 25 cm a 60 cm por pixel. Tal resolução permite vermos Marte em um nível de detalhes inédito, pois as imagens anteriores tinham uma resolução máxima de 10 metros por pixel.

HiRise Fresh Crater on Floor of Pasteur Crater PSP_007004_2000

  • A câmera da MRO é 5 vezes mais leve que as câmeras similares, tais quais as usadas em satélites terrestres como os que alimentam o Google Earth.
  • A câmera se move a uma velocidade de 3 km/s, assim a capacidade computacional e eletrônica usada para processar as imagens capturadas e enviá-las para a Terra tem que ser muito velozes.
Uma das mais notáveis descobertas sugere que a água foi bem mais comum no passado marciano que se pensava. Marte agora é um deserto gelado e seco, mas as imagens das camadas sedimentares na base de crateras de grande porte nos mostram evidencias que Marte foi antigamente coberto por lagos.  Há imagens nos mostram lava expelida por um vulcão antigo e outras que exibem o comportamento do gelo seco nos pólos marcianos, indicando que o planeta vermelho tem estações climáticas.

HiRise Defrosting in Inca City ESP_011544_0985


Conhecer como a superfície marciana se apresenta e onde água pode ser encontrada poderá ser extremamente valioso para as futuras visitas humanas. “Nós poderemos escoltar áreas de pouso seguras”, disse McEwen. “Os recurso espacial mais valioso é a água congelada – uma vez que sabemos que a água está lá, nós podemos obtê-la. Marte tornar-se-ia habitável”.
Jon Clarker, geólogo do Centro de Astrobiologia Australiano da Universidade de New South Wales em Sydney mostrou-se impressionado pela coleção de imagens. “É como voar sobre Marte e olhar para baixo a partir de um avião”, ele disse. “Você consegue ver cenas diretamente relacionadas a superfície, como o vento soprando sobre a mesma”.
McEwen e Clarke esperam que as imagens de Marte também sejam úteis para os geólogos que estudam a Terra. Por exemplo: muitas rochas marcianas são muito mais velhas que as da Terra, as quais aqui têm sido modificadas ou destruídas pela erosão e pelos terremotos.

HiRise Cerberus Fossae Fracture PSP_004006_1900


As imagens dessas rochas antigas de Marte fornecem uma visão de um período de tempo que falta em nosso registro geológico terrestre e pode dar aos cientistas uma idéia de como o clima planetário pode um dia ter sido, “O entendimento dos climas alienígenas ajuda a entender como o clima de nosso planeta se comporta”, disse Clarke

Dunas em Abalos Mensa. Crédito: NASA/JPL/HiRISE-Universidade do Arizona

Dunas em Abalos Mensa. Crédito: NASA/JPL/HiRISE-Universidade do Arizona
A espaçonave MRO (Mars Reconnaissance Orbiter) é uma sonda espacial orbital multifuncional que foi lançada na Terra em agosto de 2005 e atingiu a órbita marciana em março de 2006.

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