Por muito tempo, as pessoas fizeram brincadeiras dizendo que a Lua seria feita de queijo. Mas agora, cientistas têm certeza do que realmente existe dentro dela – e não, não é queijo verde!
Imagem via Pixabay
O que os cientistas descobriram”
Em maio de 2023, uma pesquisa confirmou que o núcleo interno da Lua é uma bola sólida, com densidade parecida com a do ferro. Essa descoberta ajuda a resolver um antigo debate sobre se o núcleo da Lua era sólido ou líquido. Além disso, nos dá pistas sobre a história da Lua e, consequentemente, sobre a formação do Sistema Solar.
Como sabemos disso?
Para entender o que há no interior de planetas e luas, os cientistas usam dados sísmicos, ou seja, analisam como ondas de “terremotos” se movem pelo interior desses corpos. Com isso, é possível criar mapas que mostram como eles são por dentro.
No caso da Lua, temos dados sísmicos coletados pelas missões Apollo, mas esses dados não são detalhados o suficiente para revelar com certeza como é o núcleo interno. Os cientistas sabiam que a Lua tem uma camada externa líquida no núcleo, mas o que estava dentro dessa camada ainda era uma incógnita.
Para resolver esse mistério, pesquisadores usaram informações de missões espaciais e experimentos com lasers que medem a distância entre a Terra e a Lua. Com esses dados, eles criaram modelos para simular o que poderia estar dentro da Lua e descobriram que o núcleo interno é sólido, como o da Terra.
O que mais foi descoberto?
1. Camadas do núcleo da Lua:
– O núcleo externo (líquido) tem um raio de cerca de 362 km.
– O núcleo interno (sólido) tem um raio de 258 km, o que equivale a 15% do raio total da Lua.
– A densidade do núcleo interno é de aproximadamente 7.822 kg por metro cúbico, muito parecida com a densidade do ferro.
2. Atividade dentro da Lua:
Os cientistas também descobriram que há um movimento no manto da Lua, a camada que envolve o núcleo. Materiais mais densos afundam em direção ao centro, enquanto os menos densos sobem. Isso pode explicar por que certas substâncias aparecem em regiões vulcânicas da Lua.
Por que isso é importante?
Sabemos que, há bilhões de anos, a Lua tinha um campo magnético muito forte, que começou a desaparecer há cerca de 3,2 bilhões de anos. Esse campo era gerado pelo movimento no núcleo da Lua. Compreender do que o núcleo é feito nos ajuda a entender como e por que esse campo magnético sumiu.
Além disso, esses resultados confirmam estudos anteriores. Em 2011, cientistas da NASA já haviam sugerido, com base em dados das missões Apollo, que o núcleo interno da Lua era sólido, mas agora essa ideia está mais forte do que nunca.
E agora?
Com planos para novos pousos na Lua em breve, é possível que em pouco tempo os cientistas consigam verificar essas descobertas diretamente com instrumentos mais modernos. Assim, continuaremos a desvendar os segredos do nosso satélite natural.
Afinal, a Lua não é feita de queijo, mas ela ainda tem muito a nos ensinar!
Fonte: terrarara.com.br
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