E se o Sistema Solar pudesse ganhar um novo membro? É o que investigaram pesquisadores da Universidade de Yeshiva em um novo estudo. Eles concluíram que nosso Sol poderia, sim, capturar algum planeta solitário ou objeto interestelar, mas é preciso levar em conta alguns fatores para isso.
Nosso Sistema Solar poderia capturar um novo objeto, mas isso depende de algumas condições (Imagem: Daniel Roberts/Pixabay)
Basicamente, tudo depende da chamada fase de espaço, uma representação matemática do estado de um sistema dinâmico como nosso Sistema Solar. Para isso, a fase usa coordenadas que representam a posição e o momento; no caso do nosso sistema, a fase contém os chamados pontos de captura, que são aqueles em que um objeto interestelar poderia ficar sob a influência gravitacional do Sol.
No Sistema Solar, há os pontos de captura fracos e permanentes. O primeiro inclui regiões em que um objeto ficaria temporariamente em uma órbita semi-estável, e no outro, o objeto em questão seria capturado em uma órbita estável. Só que como o espaço de fase do nosso sistema é complexo, uma alteração sutil seria suficiente para um objeto transitar entre os estados de captura permanente e fraco.
E é aqui que entra o novo estudo. Os autores descrevem que “a captura permanente de um corpo pequeno P, sobre o Sol, S, a partir do espaço interestelar, acontece quando o P nunca mais escapar de volta ao espaço interestelar e permanecer capturado no Sistema Solar por todo o tempo futuro”. Neste caso, o objeto continuaria se movendo sem colidir com o Sol.
Para o estudo, os autores desenvolveram uma área de captura da fase de espaço do Sistema Solar, e depois calcularam quantos planetas podem existir nos arredores da nossa vizinhança. Isso é importante porque, a cada milhões de anos, cerca de dois deles ficam a alguns anos-luz da Terra.
Eles descobriram que a fase de espaço do Sistema Solar tem algumas aberturas que permitiriam que objetos interestelares e até planetas alcançassem o estado de captura permanente fraca. Tais objetos nunca iriam colidir com o Sol, e eventualmente seriam capturados permanentemente.
A equipe concluiu que, se algum planeta passar por este processo, suas perturbações gravitacionais nas órbitas dos outros mundos do nosso sistema poderiam ser detectadas. Assim, segundo o estudo, algum visitante que se aproximar de tais aberturas poderia muito bem se tornar um membro permanente do nosso sistema.
Fonte: canaltech.com.br
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