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sábado, 14 de dezembro de 2024

''Nosso entendimento do universo pode estar incompleto'': dados do telescópio james webb sugerem algo novo para explicar tudo

 Por que o universo está se expandindo mais rápido do que o previsto?  

Cientistas que estudam o cosmos perceberam que a taxa de expansão do universo, chamada de *constante de Hubble*, não bate com o que o modelo atual do universo prevê 

Uma visão do espaço profundo e de galáxias distantes vistas pelo JWST (Crédito da imagem: NASA, ESA, CSA, STScI, Jose M. Diego (IFCA), Jordan CJ D'Silva (UWA), Anton M. Koekemoer (STScI), Jake Summers (ASU), Rogier Windhorst (ASU), Haojing Yan (Universidade de Missouri)) 

Isso sugere que ainda há algo desconhecido na “receita” do cosmos.

O Telescópio Espacial James Webb (James Webb) confirmou observações feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, mostrando que essa diferença não é erro dos dados antigos. Em vez disso, pode ser um sinal de que precisamos adicionar um novo “ingrediente” aos nossos modelos do universo.

O que é “Tensão de Hubble”?

A “Tensão de Hubble” é o nome dado à diferença entre duas formas de calcular a taxa de expansão do universo:

1. Medições locais: Observando objetos como estrelas variáveis e supernovas, que servem como “velas padrão” para medir distâncias.

2. Modelos do universo: Calculando a expansão com base em como o universo evoluiu desde o Big Bang.

Esses dois métodos deveriam dar o mesmo valor para a constante de Hubble, mas não dão. Medições locais mostram uma taxa maior (entre 70 e 76 km/s/Mpc), enquanto os modelos sugerem algo menor (68 km/s/Mpc).

O que o James Webb descobriu?

Usando sua tecnologia avançada, o James Webb fez um levantamento detalhado de galáxias e verificou os dados do Hubble. Ele usou três métodos para medir distâncias:

– Estrelas Cefeidas: Estrelas que brilham e diminuem de brilho em ciclos regulares.

– Estrelas ricas em carbono: Um tipo específico de estrela usada para medir distâncias.

– Gigantes vermelhas: As estrelas mais brilhantes em galáxias.

O resultado foi quase idêntico ao valor medido pelo Hubble, confirmando que os dados do Hubble estão corretos. A constante de Hubble medida pelo James Webb ficou em cerca de 72,6 km/s/Mpc, confirmando a “Tensão de Hubble”.

Um diagrama que mostra a evolução do universo de acordo com o modelo predominante de matéria escura fria (Crédito da imagem: NASA/ LAMBDA Archive / WMAP Science Team)

Por que isso importa?

Se as medições estão corretas, algo está faltando nos nossos modelos do universo. Isso pode significar:

– Matéria escura diferente: Alguma forma de energia ou matéria desconhecida no início do universo.

– Propriedades exóticas de partículas: Mudanças em partículas como os elétrons.

– Campos magnéticos primordiais: Que poderiam ter influenciado o universo após o Big Bang.

Segundo Marc Kamionkowski, cosmólogo de Johns Hopkins, “resolver a Tensão de Hubble exige algo novo nos nossos modelos, como ‘energia escura primitiva’ ou outras ideias criativas”.

Oportunidade para aprender mais sobre o cosmos:

Adam Reiss, líder da pesquisa e ganhador do Nobel de Física por descobrir a energia escura, explicou: “Com dois telescópios confirmando esses dados, precisamos levar esse problema a sério. É um desafio, mas também uma chance incrível de aprender mais sobre o universo.”

Essa pesquisa está mostrando que, mesmo com todo o conhecimento acumulado, ainda temos muito a descobrir sobre como o universo funciona e como ele evoluiu.

Terrarara.com.br

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