Uma colisão gigantesca entre a jovem Terra e um protoplaneta menor tem sido há muito tempo a teoria predominante para a formação da Lua. Essa origem explicaria características como a ausência na Lua de muitos compostos voláteis, que teriam vaporizado durante a colisão com a Terra.
Um impacto tão grande nos estágios iniciais da formação da Terra deveria ter deixado alguns vestígios. Yuan e os seus colegas questionaram-se no trabalho se esses vestígios poderiam incluir as estranhas regiões do manto terrestre, a camada entre a crosta e o núcleo. Os cientistas chamam estas formações de “grandes províncias de baixa velocidade” porque as ondas sísmicas viajam mais lentamente através delas do que pelo resto do manto.
Os pesquisadores realizaram simulações computacionais da interação entre o manto de Theia e o manto da Terra desde o momento da colisão até o presente. Isto mostrou que algum material de Theia afundou inicialmente na parte inferior do manto da Terra e que mais material de Theia se acumulou ali ao longo do tempo, formando as bolhas.
Os autores já trabalham no tema há algum tempo e neste último trabalho ampliaram seus modelos. Eles descobriram que a energia da colisão planetária teria derretido parcialmente o manto da Terra, que teria então duas camadas: uma camada superior derretida e uma camada inferior quase totalmente sólida.
A camada superior derretida teria transformado parte do material de Theia no material da Terra. Mas outro material de Theia teria penetrado na parte derretida do manto e alojado na camada abaixo. Com o tempo, dois pontos separados teriam se formado. Enquanto isso, outro material de Theia foi lançado em órbita e formou a Lua.
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