Mais uma intensa tempestade solar aconteceu nesta semana, desta vez uma grande explosão de classe X2.2 na madrugada desta quarta-feira (20). A atividade solar provocou um apagão de sinais de rádio na Austrália, Pacífico ocidental e no leste asiático, interrompendo comunicações na frequência de 30 MHz por mais de uma hora.
Como o Sol está entrando em um período de maior atividade, é bem provável que outras explosões aconteçam. Imagens recentes do Solar Dynamics Observatory, da NASA, revelam dois grandes grupos de manchas solares (AR2993 e AR2994) que, eventualmente, apontarão para a Terra.
Felizmente a recente explosão não nos atingiu "em cheio", pois as manchas se encontravam na extremidade leste do Sol. Há uma chance de que ejeções de massa coronal (CME), jatos de partículas carregadas, possam acontecer em breve, o que causaria auroras em regiões mais ao norte do globo.
Enquanto as erupções solares de classe A são as mais fracas, as classes B, C e M tem intensidade moderada e as de classe X são as mais intensas. O número que acompanha a classe indica a magnitude delas: uma erupção X2 é duas vezes mais poderosa que uma X1, e uma X3 é três vezes mais poderosa. A recente explosão, segundo o site SpaceWeather, foi classificada como X2.2, numa escala de X1 a X9.
De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) dos EUA, a erupção aconteceu por volta das 00h57 (horário de Brasília) desta terça, seguida por outra explosão. Os cientistas usarão o Observatório Solar e Heliosférico (SOHO), operado pela NASA e pela Agência Espacial Europeia (ESA), para acompanhar qualquer CME novo.
Essas tempestades solares já eram aguardadas, pois o Ciclo Solar 25, que começou em 2019, está em seu período de maior atividade. A cada 11 anos o Sol passa por um novo ciclo, marcado pelo maior número de tempestades solares, bem como aumento das manchas em sua superfície.
Fonte: Via Space.com
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