O telescópio foi batizado em homenagem a um antigo administrador da NASA, chamado James Edwin Webb (1906 - 1992), que em sua gestão entre anos 1961 e 1968, supervisionou projetos como o primeiro voo tripulado, e a primeira tentativa de levar o homem à Lua, na missão Apollo 1. Mesmo com protestos e abaixo-assinado contra o nome escolhido para batismo do telescópio mais potente já criado, a National Aeronautics and Space Administration (NASA) diz que não fará mudança.
Mas onde está o problema? Documentos indicam que Webb participou de uma caçada a gays e lésbicas, chamada “O susto da Alfazema”, em que os funcionários do governo dos Estados Unidos eram demitidos, se constado, ou mesmo se fossem suspeitos, de ter uma orientação sexual diversa da heteroafetiva.
Devido a isso, desde quando o nome foi divulgado, astrofísicos das universidades de Chicago, New Hampshire, Washington, em conjunto com a organização JustSpace Alliance, criaram um documento denunciando a conduta de discriminação de James Webb, e realizaram uma petição online para que a NASA mudasse o nome o telescópio, não prestando homenagem a alguém que foi responsável pelo prejuízo, financeiro e emocional, por preconceito a pessoas queer.
A NASA abriu uma investigação sobre o caso, mas em setembro de 2021, alegou que por falta de evidências, não faria a alteração do nome. Mas documentos recentes, obtidos pela revista Nature, demonstram que a agência sabia dos fatos ocorridos durante a gestão de Webb, e que mesmo atualmente, pessoas da comunidade LGBTQIA+, ainda sofrem preconceito e discriminação dentro do mundo da astronomia.
Para os cientistas que pedem a troca do nome, apesar de dizer que preza pela igualdade e equidade, a NASA ainda repete os erros do passado, propagando preconceitos, assim como foram escusos na divulgação dos motivos que levaram a decisão em não realizar a troca do nome.
Fonte: Tecmundo
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