Quando alguém reclama que o brasileiro prefere ir fazer turismo para fora antes de conhecer melhor o próprio país, fala-se sobre Amazônia, pantanal ou praias do nordeste. Mas a fronteira entre os estados de Rio Grande do Sul e Santa Catarina abriga uma das formações rochosas mais deslumbrantes do Brasil: o Parque Nacional de Aparados da Serra.
Com uma área de 102 km², o local foi institucionalizado pelo Governo Federal através de um decreto em 1959. Nestes mais de 50 anos, visitantes de todo o mundo puderam ver de perto o maior cânion da América Latina: 720 metros de altura, em sua maior parte descendo praticamente em linha reta ao nível do mar.
Quando pensamos neste tipo de formação rochosa, geralmente nos vêm à cabeça o Grand Canyon, famoso desfiladeiro no estado do Arizona, nos EUA. Mas para a maior parte dos brasileiros, pode ser mais prático e barato fazer uma viagem a Aparados da Serra, que impressiona só pelas fotos.
O território brasileiro é formado em grande parte (36%) por escudos cristalinos antigos, que chegam a datar do período pré-cambriano. Enquanto as formações geológicas mais recentes da América do Sul estão nos Andes e sua interminável cordilheira, o cânion de Aparados da Serra é uma exceção: uma jovem formação rochosa de 135 milhões de anos.
O centro urbano mais próximo do parque é Cambará do Sul, cidade de 6.500 habitantes no nordeste gaúcho. Por lá passa uma das estradas de acesso, a RS-020. A outra é a BR-101, que passa por Praia Grande (SC) através da Serra do Faxinal, outra detentora de belas paisagens naturais. Para entrar no parque, cobra-se a módica quantia de R$ 6 por pessoa. Vale a pena ou não vale?
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