(France Presse/G1) Um raro par de estrelas, descoberto no observatório óptico de Cerro Paranal, no deserto do Atacama, no norte do Chile, permitiu confirmar até agora a teoria da relatividade de Albert Einstein, informou nesta quinta-feira (25) o Observatório Europeu Austral (ESO). O estudo foi publicado nesta sexta-feira (26) na revista "Science".
A estrela de nêutrons é um pulsar que emite ondas de rádio, captadas na Terra pelo potente telescópio Very Large Telescope (VLT) e outros radiotelescópios, o que permitiu investigar o par de estrelas e pôr à prova os limites da teoria física.
A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequência da curvatura espaço-tempo, criada pela presença de massa e energia, passou em todas as provas desde que foi apresentada pela primeira vez há quase cem anos, destacou o comunicado.
"Nossas observações em rádio eram tão precisas que já pudemos medir uma mudança no período orbital de 8 milionésimos de segundo por ano, exatamente o que prevê a teoria de Einstein", afirmou o cientista português Paulo Freire, um dos astrônomos que participaram do estudo. Este pulsar tem apenas 20 km de tamanho e faz parte dos restos da explosão de uma supernova.
O VLT, poderoso instrumento de medição do comprimento de onda infravermelho, está localizado em Cerro Paranal, situado a 2.600 metros de altitude, perto da cidade de Antofagasta (1.360 km ao norte de Santiago). Ele é operado pelo ESO. O ESO é a principal organização astronômica intergovernamental da Europa e o observatório astronômico mais produtivo do mundo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário