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sábado, 27 de abril de 2013

Descoberta de par de estrelas reforça teoria da relatividade de Einstein

Equipe internacional de cientistas publicou achado na revista 'Science'. Imagem mostra estrela de nêutrons orbitada por uma anã-branca.


(France Presse/G1) Um raro par de estrelas, descoberto no observatório óptico de Cerro Paranal, no deserto do Atacama, no norte do Chile, permitiu confirmar até agora a teoria da relatividade de Albert Einstein, informou nesta quinta-feira (25) o Observatório Europeu Austral (ESO). O estudo foi publicado nesta sexta-feira (26) na revista "Science".

Uma equipe internacional de astrônomos descobriu "uma estrela de nêutrons, a mais maciça encontrada até agora, orbitada por uma anã-branca", uma estranha formação que permitiucomprovar a teoria da relatividade de Einstein. "Até agora, as novas observações se encaixam exatamente nas previsões da relatividade geral e são inconsistentes com algumas teorias alternativas", acrescentou.

A estrela de nêutrons é um pulsar que emite ondas de rádio, captadas na Terra pelo potente telescópio Very Large Telescope (VLT) e outros radiotelescópios, o que permitiu investigar o par de estrelas e pôr à prova os limites da teoria física.

A teoria da relatividade geral de Einstein, que explica a gravidade como uma consequência da curvatura espaço-tempo, criada pela presença de massa e energia, passou em todas as provas desde que foi apresentada pela primeira vez há quase cem anos, destacou o comunicado.

"Nossas observações em rádio eram tão precisas que já pudemos medir uma mudança no período orbital de 8 milionésimos de segundo por ano, exatamente o que prevê a teoria de Einstein", afirmou o cientista português Paulo Freire, um dos astrônomos que participaram do estudo. Este pulsar tem apenas 20 km de tamanho e faz parte dos restos da explosão de uma supernova.

O VLT, poderoso instrumento de medição do comprimento de onda infravermelho, está localizado em Cerro Paranal, situado a 2.600 metros de altitude, perto da cidade de Antofagasta (1.360 km ao norte de Santiago). Ele é operado pelo ESO. O ESO é a principal organização astronômica intergovernamental da Europa e o observatório astronômico mais produtivo do mundo.

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