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sábado, 5 de janeiro de 2013

Primeiro planeta de origem extragaláctica é descoberto




Até hoje, os “caçadores de planetas” clamam ter descoberto 500 “exoplanetas”, que são planetas fora do nosso sistema solar, utilizando várias técnicas astronômicas.
Agora, astrônomos afirmam ter descoberto o primeiro planeta originário de fora da nossa galáxia. O planeta, semelhante a Júpiter, é parte de um sistema solar que pertenceu a uma galáxia anã.
A descoberta foi feita usando um telescópio no Chile. Os cientistas utilizaram o chamado “método de velocidade radial”, que envolve a detecção de pequenas oscilações em uma estrela, causadas por um planeta conforme ele gira em torno de seu sol.
A descoberta se torna única porque o planeta orbita um sol que pertence a um grupo de estrelas chamado de “corrente Helmi”, conhecidas por terem pertencido a uma galáxia anã, que entre seis e nove bilhões de anos atrás foi devorada pela Via Láctea.
Segundo os cientistas, essa é a primeira vez que os astrônomos detectaram um sistema planetário em uma corrente estelar de origem extragaláctica, com uma evidência concreta.
O novo planeta deve ter uma massa mínima de 1,25 vezes a de Júpiter, e circula na proximidade de sua estrela-mãe, com uma órbita que dura apenas 16,2 dias. Ele fica no sul da Constelação de Fornax. O planeta teria se formado no começo da era do seu sistema solar, antes do mundo ser incorporado à nossa própria galáxia.
A nova descoberta pode também oferecer aos cientistas um vislumbre de como serão os últimos dias do nosso sistema solar. A estrela-mãe do planeta, HIP 13044, que fica a de 2.000 anos-luz da Terra, está chegando ao seu fim.
Segundo os pesquisadores, a estrela está girando de forma relativamente rápida. Uma explicação é que ela engoliu os seus planetas interiores durante a fase de gigante vermelha, o que a faria girar mais rápido.
Ou seja, ela consumiu todo o combustível de hidrogênio em seu núcleo, e se expandiu maciçamente em uma “gigante vermelha”. Nesse meio tempo, pode ter comido pequenos planetas rochosos, como a Terra, antes da contratação. O novo planeta descoberto, semelhante a Júpiter, parece ter sobrevivido a essa bola de fogo, por enquanto.
Esta descoberta é particularmente intrigante quando consideramos o futuro distante do nosso sistema planetário, já que o nosso Sol também deve se tornar uma gigante vermelha em cerca de cinco bilhões de anos

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