Um avião movido à energia solar, que já conseguiu três recordes mundiais, prepara-se para colocar seu nome mais uma vez no livro dos recordes. Os pilotos suíços Bertrand Piccard e Andre Borschberg estarão à frente do próximo voo do Impulso Solar – como é conhecida a aeronave –, que acontecerá em maio ou junho.
Eles pretendem voar mais de 2.500 quilômetros sem abastecer o tanque de voo uma única vez durante a viagem que levará dois dias. Mas essa jornada será apenas um ensaio geral para a volta ao mundo que eles pretendem dar em 2014.
Os pesquisadores responsáveis pelo Impulso Solar já investiram sete anos de trabalho no design da aeronave, o que inclui a envergadura de asa de um Airbus 340, o peso de um carro família e a potência de uma lambreta.
As quatro hélices do avião têm uma média de oito cavalos de potência – aproximadamente o mesmo que os irmãos Wright tinham à disposição quando voaram em 1903 –, além de cada uma delas ter baterias de lítio polimerizadas acopladas.
O Impulso Solar é dono de uma estrutura resistente e leve, feita de fibras de carbono de compostos presentes no favo de mel, e células solares cobrem uma de suas asas, a fim de aproveitar a luz do sol durante o voo.
Esse mesmo design foi um dos principais responsáveis pelo novo recorde de tempo de voo conquistado pelo avião em 2010, quando viajou apenas a base de luz solar durante um dia todo. E também bateu recordes de altitude e de durabilidade em seu último voo, que durou 26 horas, 10 minutos e 19 segundos.
Mas essas proezas fazem mais que impressionar: levantam novas possibilidades para os aviões comerciais, que não precisam depender apenas dos combustíveis fósseis. A tecnologia prova que a combinação certa de energia renovável e materiais leves pode teoricamente manter um avião nos céus indefinidamente.
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