O telescópio Hubble, da Nasa, está em atividade há mais de 20 anos, mas continua proporcionando quebras de recordes na astronomia. Cientistas da Universidade da Pensilvânia (EUA) anunciaram que o título de estrela mais antiga do mundo pertence agora ao corpo celeste HD 140283, que aparenta ter 13,2 bilhões de anos de idade.
Esta estrela, situada a 186 anos-luz da Terra, foi observada pela primeira vez há mais de cem anos, mas não se sabia ao certo a época de seu surgimento. Embora simples, o método para mensurar a idade de uma estrela só ganhou mais precisão recentemente.
O que os astrônomos fazem, em linhas gerais, é avaliar o brilho da estrela em questão. A partir desta observação, pode-se determinar quanto hidrogênio já foi expelido pelo astro ao longo do tempo, o que dá uma ideia muito aproximada do seu tempo de existência.
Pouco depois do Big Bang
Se o cálculo dos cientistas americanos estiver correto, a HD 140283 nasceu menos de 600 milhões de anos depois do Big Bang. Os elementos que a compõem são hidrogênio e hélio (os mesmos do sol), que estão presentes na maior parte dos corpos celestes desde a formação das primeiras galáxias, segundo as teorias mais aceitas.
Avaliada em 13,7 bilhões de anos, a explosão que teria dado origem ao universo formou uma primeira “geração” de estrelas, que acabariam explodindo e dando origem às mais antigas supernovas. Na segunda geração, ocorrida após estes eventos, se enquadra a HD 140283. Os cientistas têm boas razões para acreditar que este cálculo esteja bem próximo da realidade.
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