A França liberou recentemente uma lista com 10 planetas descobertos pelo seu satélite Corot, elevando o número total de exoplanetas conhecidos para 561.
Corot, lançado pela agência espacial francesa CNES em 2006, encontra planetas através da medição da diminuição pequena de luz estelar que ocorre quando os planetas passam entre as estrelas e a Terra. Ele já adicionou 23 sistemas planetários para a lista cada vez maior.
O satélite entrou em órbita pouco antes de Kepler, uma missão semelhante da agência espacial americana NASA. Originalmente programado para ser executado apenas até meados de 2008, sua missão já foi prorrogada para 2013.
Desde então, estabeleceu-se não só como caçador de planetas, mas também como instrumento preciso de astrosismologia, o estudo da composição das estrelas com base na luz que emitem.
A lista mais recente de Corot inclui um planeta que orbita uma estrela muito nova, e dois planetas do tamanho de Netuno orbitando a mesma estrela.
Também se encontram sete chamados “Júpiters quentes”, planetas gigantes gasosos semelhantes ao nosso próprio Júpiter, mas muito mais perto de suas estrelas-mãe (e assim completando suas órbitas em poucos dias).
Os dois planetas que orbitam a estrela Corot-24, um com diâmetro igual e outro com diâmetro cerca de 1,4 vezes o de Netuno, completam as suas órbitas em 5 e 12 dias, respectivamente.
Um dos planetas “Júpiter quente” que orbita a estrela Corot-18 é pensado para ter apenas 600 milhões de anos. Isso é de particular interesse dos astrofísicos, porque muita coisa pode ser aprendida nesses primeiros estágios da formação do planeta.
“Se quisermos compreender as condições em que os planetas se formam, precisamos pegá-los nos primeiros cem milhões de anos”, disse Suzanne Aigrain, astrofísica da Universidade de Oxford.
No caso do Corot-18, formas diferentes de determinar a idade das estrelas dão resultados diferentes, mas é possível que ela tenha apenas umas poucas dezenas de milhões de anos. “Se isso for confirmado, então nós poderíamos aprender muito sobre a formação e evolução inicial dos planetas gigantes de gás quente, comparando o tamanho de Corot-18b com as previsões dos modelos teóricos”, complementa
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