As informações enviadas pelo telescópio indicam que uma em cada seis estrelas da nossa galáxia pode contar com um planeta parecido com a Terra em sua órbita. Mas o fato de que existam tantos mundos com tamanhos semelhantes ao do nosso não significa que eles sejam habitáveis. Por outro lado, o enorme número aumenta a probabilidade de que um dia seja possível encontrar planetas com as condições necessárias para a existência de vida.
Para isso, é necessário que o candidato a “novo lar” orbite dentro da zona habitável de sua estrela, para que possa dispor de água líquida em sua superfície e temperaturas que não sejam nem quentes ou frias demais. A boa notícia é que a NASA também anunciou a descoberta de 461 novos candidatos a planetas, dos quais quatro parecem orbitar dentro dessa zona.
Detetive galáctico
O telescópio Kepler iniciou a missão em maio de 2009, tendo descoberto um total de 2.740 possíveis planetas e 2.036 estrelas até março de 2011. O equipamento identifica os potenciais candidatos através do monitoramento de mais de 150 milhões de estrelas, medindo as variações de seus brilhos cada vez que um planeta orbita diante delas. Esse trânsito deve ser observado pelo menos três vezes para que a existência de um planeta seja confirmada.
Porém, esse tipo de medição também significa que o telescópio só consegue “ver” astros que orbitam ao redor de suas estrelas e se encontram alinhados de forma que o equipamento possa captar o trânsito. Assim, podem existir dezenas de outros mundos em órbita ao redor dessa mesma estrela e que simplesmente não podem ser vistos. Outra questão é que esses planetas são realmente “candidatos”, podendo, por exemplo, tratar-se de estrelas binárias ofuscando o brilho uma da outra durante suas órbitas.
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