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segunda-feira, 10 de março de 2025

Quase tudo no universo é pende para o vermelho. Como é que isso é possível a menos que estejamos no centro do universo?

 Se o Universo for finito, ele não será euclidiano. Mesmo que tenha uma curvatura muito pequena, de modo que, no Universo Observável, seja imperceptível, sendo finito ele, necessariamente, terá uma curvatura não nula. Ou seja, ele não terá nenhuma "parede". Se se for sempre para frente, voltar-se-á ao ponto de partida vindo-se por trás, mesmo que isso signifique viajar por trilhões de vezes o tamanho do Universo Observável. E o Universo Observável tem noventa e três bilhões de anos-luz de diâmetro. Para se entender bem isso, imagine que o Universo, em vez de três dimensões espaciais, tivesse só duas. Então ele seria como a superfície de uma esfera de uns cem sextilhões de quilômetros de diâmetro. Isso é uma esfera se se considerar como vista a partir de um espaço tridimensional. Mas se o espaço é só bidimensional, essa superfície é tudo o que existe. Não existe nada para fora e nem para dentro dela. Se se for indo sempre para frente ao longo dela, se voltará ao ponto de partida, vindo por trás, sem jamais encontrar nenhuma barreira para dizer que ela acabou. Agora vamos estender isso para três dimensões. Se houvesse uma quarta dimensão espacial também, esse universo seria a superfície (tridimensional) de uma "hiperesfera" dentro das quatro dimensões. Mas havendo só três dimensões espaciais, é tudo o que existe. Do mesmo modo, se se ir sempre para frente, se voltará ao ponto de partida vindo por trás, sem jamais achar nenhuma barreira onde esse espaço tridimensional finito acabe. 

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