Buracos negros são regiões do espaço tão extremas que conseguem 'engolir' qualquer coisa ao redor de seu horizonte de eventos, onde nada pode escapar. No entanto, alguns buracos negros são ainda mais estranhos.
Um exemplo é o buraco negro eletricamente carregado, considerado um objeto extremo. Inclusive, uma equipe de matemáticos explica que Stephen Hawking estava errado sobre esses objetos extremos.
Em 1973, Hawking, com os físicos James Bardeen e Brandon Carter, sugeriu que a existência de buracos negros extremos parecia impossível no universo, já que não havia uma explicação plausível para sua formação. No entanto, uma dupla de matemáticos provou que, na verdade, Stephen Hawking e seus dois colegas estavam equivocados.
Em dois artigos publicados na revista de pré-impressão arXiv, os pesquisadores Christoph Kehle, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, e Ryan Unger, das universidades de Stanford e da Califórnia, explicam que as leis da ciência permitiriam a formação de um buraco negro extremo sob condições ideais. Ou seja, eles afirmam que Hawking, Bardeen e Carter estão incorretos sobre o tema.
“Seguindo o trabalho pioneiro de Christodoulou e Hawking sobre extração de energia de buracos negros rotativos, Bardeen, Carter e Hawking propuseram — por analogia à termodinâmica clássica — as célebres quatro leis da termodinâmica dos buracos negros. Em particular, deixando a gravidade da superfície do buraco negro assumir o papel de sua temperatura, uma identificação posteriormente justificada pela descoberta da radiação de Hawking, eles propuseram uma terceira lei em analogia ao “teorema de Nernst” na termodinâmica clássica”, os cientistas descrevem no estudo.
Stephen Hawking e buracos negros extremos
A partir do novo artigo, os cientistas afirmam ter provado que o universo pode conter muitos buracos negros extremos aguardando nossa descoberta. No entanto, isso pode não se confirmar. Eles explicam que a terceira lei da termodinâmica de buracos negros, sugerida por Hawking, não está correta.
O fato de existirem os ingredientes no cosmos capazes de gerar essa reação não significa que o universo tenha realmente criado um buraco negro extremo. Os pesquisadores até se questionaram: se isso é algo que a ciência ainda não conseguiu observar, imagine quantas outras coisas ainda nós não descobrimos.
Ou seja, os cientistas observam que buracos negros extremos são matematicamente possíveis no universo. Contudo, é importante destacar que nenhuma versão extrema foi encontrada. Por isso, é essencial continuar estudando o tema para podermos fazer novas descobertas.
“Buracos negros subextremais podem se tornar extremais em um tempo finito, evoluindo a partir de dados iniciais regulares. De fato, existem dados regulares de Cauchy com uma única extremidade para o sistema de campo escalar carregado de Einstein-Maxwell que passam por um colapso gravitacional e formam um horizonte aparente exatamente de Schwarzschild, apenas para o espaço-tempo formar um horizonte de eventos exatamente extremal de Reissner-Nordström em um momento posterior”, o estudo acrescenta.
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