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sábado, 7 de setembro de 2024

Se há quase um número infinito de estrelas, por que o céu noturno é negro?

 


Este é o chamado Paradoxo de Olbers.

Ele parte do seguinte princípio, se o Universo é infinito, então ele tem um número infinito de estrelas. Se o número de estrelas é infinito, então para qualquer ponto que você olhar, a linha do teu olhar iria encontrar uma estrela. Sem exceções.

Se fosse assim, então o céu seria tão brilhante quanto a superfície de uma estrela. Só que não é. E é este o paradoxo.

  1. Acredita-se que o Universo seja infinito e eterno;
  2. Um universo infinito tem infinitas estrelas, distribuídas pelo espaço;
  3. Em um universo eterno, há tempo para que a luz de todas as infinitas estrelas chegue até nós;
  4. Com infinitas estrelas brilhando no céu noturno, o céu deveria ser brilhante como a superfície de uma estrela;
  5. O céu é escuro.

A conclusão é que não há um número infinito de estrelas no Universo, mas qual a razão disso? É simples:

  1. ou o Universo não é infinito, ou seja, pode ser infinito no tempo (ser eterno) mas não ser infinito no tamanho;
  2. ou o Universo não é eterno, ou seja, pode ser infinito no tamanho mas não no tempo;
  3. ou não é nem infinito nem eterno.

O que o Universo não pode ser é infinito e eterno ao mesmo tempo, por que isso contradiz a observação.

Pelo modelo cosmológico atual, sabemos que o Universo não é eterno, ou seja, ele não é infinito no tempo. Ainda não sabemos se ele é infinito no espaço ou não.

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