Você já imaginou uma fonte de energia infinita? O Professor Avi Loeb, de Harvard, tem uma ideia ousada: uma “Lua de Buraco Negro” poderia ser a solução.
A história começa com Roger Penrose, um físico matemático britânico, que em 1971 sugeriu que poderíamos extrair energia de buracos negros rotativos. A ideia era simples: construir uma estrutura ao redor do disco de acreção do buraco negro, onde a matéria em queda é acelerada quase à velocidade da luz, liberando energia em várias formas.
Desde então, vários cientistas têm explorado essa ideia. John M. Smart, por exemplo, sugere que civilizações avançadas podem se mudar para áreas ao redor de buracos negros para aproveitar essa energia. Agora, Loeb dá um passo além e sugere que uma civilização poderia usar um buraco negro para iluminar seu planeta para sempre.
Loeb propõe que um buraco negro pequeno, pesando apenas cem mil toneladas, poderia orbitar um planeta e fornecer energia indefinidamente. Se você acha que isso é apenas ficção científica, pense de novo: se mantido adequadamente, esse buraco negro poderia evaporar por meio de radiação Hawking, e mesmo assim, ainda oferecer um suprimento constante de energia.
Ele destaca que este sistema é mais eficiente do que qualquer motor conhecido. Todo o combustível é convertido em energia com 100% de eficiência, já que a massa que entra no buraco negro acaba saindo como radiação. Loeb teve um momento “Eureka” ao perceber isso, comparando-o até à aniquilação matéria-antimateria, que também é 100% eficiente, mas é bem mais difícil de alcançar.
Comparado a antimatéria produzida em laboratórios, que mal consegue iluminar uma lâmpada de 60 watts por quatro horas, o buraco negro proposto poderia fornecer energia suficiente para abastecer o planeta por um período interminável. A produção de antimatéria está longe de ser uma solução prática, então, um buraco negro de 100 mil toneladas poderia ser a resposta.
O melhor de tudo é que um motor de buraco negro pode usar qualquer tipo de matéria como combustível, incluindo lixo. Em vez de poluir o planeta, você poderia transformar resíduos em energia limpa e sustentável.
Loeb também especula sobre como criar um buraco negro desses, sugerindo que seria mais fácil do que criar um “universo bebê” através de tunelamento quântico. Embora ainda seja um desafio tecnológico imenso, ele acredita que é um passo mais viável do que se pensa.
Em resumo, um motor de buraco negro pode não ser apenas uma ideia louca, mas um possível marcador para detectar civilizações avançadas no cosmos. Se encontrarmos um planeta errante iluminado por uma lua de radiação gama, poderíamos estar testemunhando uma inovação tecnológica de uma civilização muito mais avançada do que a nossa. Quem sabe, talvez o futuro esteja mais perto do que imaginamos!
Fonte: hypescience.com
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