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terça-feira, 31 de março de 2020

Sobre as origens das galáxias


Nos últimos anos, nossa visão do universo passou por grandes transformações. Uma delas é que os pesquisadores descobriram que ele está se expandindo muito e é povoado por uma infinidade de corpos celestes. Isso porque no começo do século passado, todos acreditavam que a Via Láctea era a única galáxia do universo, apesar de avistarem outras, acreditavam que fazia parte da nossa galáxia. Mas no ano de 1924, Edwin Hubble deu uma luz na situação, e provou que existem centenas de bilhões de galáxias, muito mais do que se imaginava, e que elas estavam se distanciando entre si, todas estavam se afastando de nós. Isso levantou muitas questões a respeito de que estávamos no centro do universo, mas esse é tema para outro artigo. Mas então se essas galáxias estão se afastando cada vez mais, é de se imaginar que um dia elas estavam mais unidas. E voltando ainda mais no tempo, estavam todas amontoadas num único ponto, o Big Bang. Mas o assunto de hoje é como elas surgiram.


Se o universo está se expandindo, as galáxias não podem ser um mero aglomerado de matéria. Será que elas não deveriam se dispersar pelo cosmo por causa da expansão? Sim, se não houvesse uma força agindo por de trás disso tudo. A força da gravidade é sempre atrativa, e o motivo das galáxias não se dispersarem é devido a força gravitacional de sua matéria sendo muito superior aos efeitos da expansão cósmica. Mas que matéria é essa?


Você já deve saber que a matéria comum, que compõe as estrelas, planetas, nebulosas, as pessoas… é somente uma pequena parte da matéria total que compõe uma galáxia. A outra parte é invisível e é totalmente diferente da matéria comum, feita de prótons, nêutrons e elétrons. Ela é chamada de matéria escura, que obviamente não emite luz, mas pode-se ser observada pelos efeitos gravitacionais que exercem sobre os corpos celestes. Ou seja, já sabemos que para uma galáxia existir, é necessária matéria comum e matéria escura. Mas não é só. Ainda falta a semente, a matéria inicial para que pudesse atrair mais matéria. Essas sementes, de acordo com a teoria mais aceita, foram criadas nos primórdios do universo, à quase 14 bilhões de anos atrás. São os restos de um tipo de matéria exótica hoje inexistentes, os fósseis do Big Bang.

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