Depois de ter um asteroide chamado 2019 OK, com 100 metros de diâmetro, ter passado por aqui quase que inesperadamente há algumas semanas, seremos agraciados com outro corpo celeste nos "visitando", só que bem maior do que o anterior. Segundo a NASA, um objeto que tem tamanho equivalente ao icônico prédio Empire Stade Building (381 metros), localizado em Nova Iorque, passará a aproximadamente 7,48 milhões de quilômetros da Terra no dia 10 de agosto. Especialistas, no entanto, garantem que não há perigo algum.
O NEO (near-Earth object, ou objeto próximo à Terra, em tradução livre) chamado 2006 QQ23 está em órbita no Sistema Solar desde pelo menos 1901 e a NASA mapeou sua movimentação até fevereiro de 2200, então não há motivo para alarde (por enquanto). Ele "esteve" por aqui em janeiro de 2017 e, depois, rumou em direção a Vênus, passando pelo nosso inóspito irmão em novembro do mesmo ano.
Com pouco mais de 560 metros de diâmetro, o 2006 QQ23 vai passar pela Terra a uma velocidade de 16.737 km/h. E, caso ele atingisse o planeta, poderia causar sérios danos. Para efeito de comparação, o 2019 OK tinha velocidade de 70 mil km/h e, mesmo substancialmente menor, poderia devastar uma cidade grande se houvesse impacto. “Esta é uma das aproximações mais próximas da Terra por um asteróide que conhecemos. E é muito grande”, disse Michael Brown, professor associado da escola de física e astronomia da Universidade Monash, em entrevista ao The New York Post.
Embora uma pesquisa recente tenha mostrado que os americanos preferem um programa espacial que se concentre em potenciais impactos de asteroides em relação ao envio de humanos de volta à Lua ou a Marte, a NASA tem se preparado para a defesa planetária de ataques destes corpos há anos.
Em 2016, a agência formalizou um programa para detectar e rastrear NEOs e colocá-los dentro de sua Diretoria de Missão Científica. Em junho passado, a NASA também divulgou um plano de 20 páginas que detalhava as etapas que os EUA deveriam seguir para se preparar melhor para os NEOs, como asteroides e cometas.
De acordo com Lindley Johnson, oficial de defesa planetária da agência espacial, os Estados Unidos "já possuem capacidades científicas, técnicas e operacionais significativas" para detectar os NEOs, mas implementar o novo plano "aumentaria muito a prontidão do país e trabalhar com parceiros internacionais seria mais eficaz para evitar que algum asteroide nos atingisse".
Além de melhorar a detecção, rastreamento, caracterizarização de capacidades e previsão de modelagem de NEOs, o plano visa também desenvolver tecnologias para desviar estes corpos, aumentar a cooperação internacional e estabelecer novos procedimentos de emergência e protocolos para ação anti-impacto.
SpaceX na jogada
A NASA concedeu fechou, em abril, um contrato de US$ 69 milhões (R$ 271,17 milhões) com a SpaceX, empresa de exploração espacial liderada por Elon Musk, para ajudá-la com o repelimento de asteroides por meio da missão Double Asteroid Redirection Test (DART).
Separadamente, também em abril, o administrador da NASA, Jim Bridenstine, disse que um ataque de asteroide não é algo devamos ver com tanta calma e que, talvez, seja a maior ameaça ao planeta Terra. "Temos que ter certeza de que as pessoas entendam que isso não é sobre Hollywood, não é sobre filmes", disse Bridenstine na Conferência de Defesa Planetária de 2019 da Academia Internacional de Astronáutica em College Park, em Maryland, de acordo com a Space.com.
Fonte: Canaltech
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