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segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

NASA restaura capacidade de operação da sonda Voyager 2

A NASA restaurou a Voyager 2 com o uso de engenharia de forma remota. Atualmente ela está a, aproximadamente, 18,5 bilhões de quilômetros de distância da Terra. A sonda ficou on-line novamente e retoma a missão de coletar dados científicos no sistema solar e espaço interestelar. O anúncio da volta às atividades foi feito também na conta do Twitter da Voyager.

As sondas Voyager 1 e 2 foram lançadas em 1977. Elas colaboraram para mudar nosso entendimento do Sistema Solar e mais recentemente do espaço além dele. De acordo com declaração da NASA, atualizada no dia 5 deste mês, a sonda voltou a coletar informações e a equipe de cientistas avaliava o estado dos instrumentos.

O reparo da Voyager é complexo, uma vez que são necessárias 17 horas para fazer a comunicação entre Terra e Voyager 2.  Por isso, uma confirmação de comando enviado à sonda leva 34 horas. A sonda é o objeto mais distante no espaço, feito por seres humanos.

Falha

No dia 25 de janeiro a NASA informou que a sonda havia desligado de forma inesperada. A situação ocorreu pouco antes de uma manobra agendada, na qual a nave gira 360 graus para calibrar um dos instrumentos de bordo.

A demora na execução da manobra deixou dois sistemas, que consomem muita energia, em execução simultaneamente. Provavelmente, foi ativado um software de proteção porque a sonda estava consumindo muita energia. Quando ocorreu excessivo uso de energia, aparentemente, o software da Voyager desligou os instrumentos científicos para economizar seu suprimento.

No entanto, a NASA não confirmou que tenha, de fato, sido essa a causa do problema. Ela falou que as rotinas de proteção contra falhas foram acionadas. De acordo com a agência, as sondas Voyager 1 e 2 contam com diversas dessas rotinas, para tomar ações automáticas de proteção em casos nos quais há risco de danos. A expectativa é de que a Voyager permaneça em operação por mais cinco anos.

Os cientistas haviam desligado um dos sistemas de grande consumo de energia e religado os instrumentos científicos no dia 28 de janeiro, mas eles ainda não tinham voltado a coletar dados.

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