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sábado, 7 de março de 2015

Sonda DAWN se aproxima-se de encontro de momento histórico com planeta anão

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A sonda Dawn da NASA mandou para a Terra novas imagens que foram registradas durante sua aproximação que antecede a histórica entrada na órbita do planeta anão Ceres. A sonda Dawn será a primeira missão a visitar um planeta anão, quando entrar na órbita de Ceres, no dia 6 de Março de 2015.

Ceres gira nesta animação acelerada de imagens capturadas pela missão Dawn durante a sua aproximação ao planeta anão. As imagens foram obtidas no dia 19 de Fevereiro, a uma distância de quase 46.000 quilómetros. Dawn observou Ceres durante uma rotação completa, que dura cerca de nove horas. As imagens têm uma resolução de 4 km por pixel.

“A Dawn está muito perto de fazer história”, disse Robert Mase, gerente de projeto para a missão Dawn no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA em Pasadena na Califórnia. “Nossa equipe está pronta para encontrar finalmente o que Ceres tem guardado para nós. Imagens recentes mostram numerosas crateras e pontos brilhantes incomuns que os cientistas acreditam dizer como Ceres, o primeiro objeto descoberto no cinturão de asteroide principal do nosso Sistema Solar, formou e se a sua superfície está sendo alterada. À medida que a sonda começa um movimento em espiral para ficar cada vez mais próxima do planeta anão, os pesquisadores irão procurar por sinais que mostrem que essas estranhas feições estão mudando, o que poderia sugerir uma atividade geológica atual. “Estudando Ceres poderemos fazer uma pesquisa histórica no espaço, abrindo uma janela num dos primeiros capítulos da história do Sistema Solar”, disse Jim Green, diretor do Planetary Science Division da NASA na sede da agência em Washington.

 “Os dados retornados da Dawn poderão contribuir de forma significativa para melhorar o nosso entendimento de como o Sistema Solar se formou. A sonda Dawn começou sua aproximação final em direção a Ceres no mês de Dezembro de 2014. A sonda fez algumas imagens ópticas de navegação e fez duas caracterizações de rotação, permitindo que Ceres fosse observado durante o seu período completo de rotação que é de 9 horas. Desde o dia 25 de Janeiro de 2015, a sonda Dawn tem enviado para a Terra as imagens de mais alta resolução já feitas de Ceres, e elas continuarão a ter sua qualidade aumentada à medida que a sonda se aproxima mais e mais de Ceres.

O astrônomo Siciliano Padre Giuseppe Piazzi registrou Ceres pela primeira vez em 1801. Como a maior parte dos objetos observados na mesma região, eles se tornaram conhecidos como asteroides, ou planetas menores. Ceres foi inicialmente classificado como um planeta e mais tarde como um asteroide. Em reconhecimento pelas suas qualidades semelhantes a de planetas, Ceres foi designado como planeta anão, em 2006, juntamente com Plutão e Eris. Ceres recebe esse nome em homenagem a deusa romana da agricultura. As crateras em Ceres serão nomeadas similarmente com nomes referentes a deuses e deusas da agricultura e da vegetação na mitologia mundial. Outras feições serão nomeadas em homenagens a festivais de agricultura que ocorrem pelo mundo.



A sonda Dawn da NASA capturou estas imagens do planeta anão Ceres a cerca de 40.000 km de distância no dia 25 de fevereiro de 2015. Parte de Ceres está à sombra devido à posição atual da sonda em relação ao planeta anão e ao Sol. A resolução é de mais ou menos 3,7 km por pixel. Crédito: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA

Lançada em Setembro de 2007, a sonda Dawn explorou o gigantesco asteroide Vesta por 14 meses em 2011 e 2012, capturando imagens detalhadas e dados sobre o corpo. Tanto Vesta como Ceres orbitam o Sol entre Marte e Júpiter, no cinturão principal de asteroides. Esse tour com duas paradas pelo sistema solar foi possível graças ao sistema de propulsão a íons da sonda Dawn, seus três motores de íons são muito mais eficientes do que os motores a propulsão química. “Tanto Vesta como Ceres estavam no caminho para se tornarem planetas, mas o desenvolvimento foi interrompido pela gravidade de Júpiter”, disse Carol Raymond, cientista de projeto no JPL. “Esses dois corpos são como fósseis do início do Sistema Solar, e eles poderão iluminar a origem do nosso sistema com muita informação”.

Ceres e Vesta possuem importantes diferenças. Ceres é o corpo mais massivo do cinturão de asteroides, com um diâmetro médio de 950 quilômetros. A superfície de Ceres cobre cerca de 38% da área da parte continental do EUA. Vesta tem um diâmetro médio de 525 quilômetros e é o segundo corpo mais massivo no cinturão de asteroides. O asteroide se formou antes do que Ceres e é um corpo muito seco. Ceres, em contraste, tem cerca de 25% de água. “Estudando Vesta e Ceres, nós ganharemos um melhor entendimento da formação do nosso Sistema Solar, especialmente sobre os planetas terrestres e mais importante ainda sobre a Terra”, disse Raymond. “Esses corpos são amostras dos blocos fundamentais que formaram Vênus, Terra e Marte. Acredita-se que corpos como Vesta tenham contribuído de forma decisiva para o núcleo do nosso planeta, enquanto que objetos como Ceres podem ter fornecido a água existente no nosso planeta”.

“Nós não seríamos capazes de orbitar e explorar esses dois mundos sem o sistema de propulsão a íons”, disse Mase. “A sonda Dawn capitaliza essa tecnologia inovadora de entregar uma grande ciência com um custo pequeno”. Além da missão Dawn, a NASA lançará em 2016 a missão Origins-Spectral Interpretation-Resource Identification-Security-Regolith Explorer, ou OSIRIS-REx. Essa missão irá estudar um grande asteroide com detalhes sem precedentes e trazer para a Terra amostras desse objeto. A NASA também tem uma alta prioridade em rastrear e proteger a Terra dos asteroides. O programa da NASA Near-Earth Object, ou NEO gerencia e financia a pesquisa, o estudo e o monitoramento dos asteroides e cometas que orbitam periodicamente e que chegam muito próximos da Terra. A NASA está buscando realizar a Asteroid Redirect Mission, ou ARM, que irá identificar, redirecionar e enviar astronautas para explorar um asteroide. Entre os principais objetivos da missão, ela poderá demonstrar as técnicas básicas de defesa planetária para a deflexão de um asteroide.

A missão da sonda Dawn é gerenciada pelo JPL para o Science Mission Directorate da NASA em Washington. A sonda Dawn é um projeto do Discovery Program, gerenciado pelo Marshall Space Flight Center em Huntsville, Alabama. A UCLA é responsável pela missão geral da sonda Dawn. A empresa Orbital ATK Inc., em Dulles, na Virginia, desenhou e construiu a sonda. O German Aerospace Center, Max Planck Institute for Solar system Research, a Italian Space Agency, e o Italian National Astrophysical Institute, são parceiros internacionais na equipe da missão.

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