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domingo, 22 de março de 2015

Lua tem camadas, descobre robô lunar chinês

Robô lunar chinês descobre que Lua tem camadas


As letras de "a" a "i" indicam as nove camadas identificadas pelo radar do robô Yutu. [Imagem: Long Xiao et al. - 10.1126/science.1259866]

Camadas da Lua

Resultados preliminares da sonda espacial chinesa Chang'E-3 e seu jipe Yutu sugerem que a história geológica da Lua é mais complexa do que os cientistas pensavam. Medições de um radar de penetração no solo, feitas pelo Yutu, revelaram ao menos nove camadas no subsolo no local de pouso da sonda, indicando que vários processos geológicos ocorreram lá. Long Xiao e seus colegas, que publicaram seus resultados na revista Science, atribuem essas camadas a antigos fluxos de lava e intemperismo das rochas para formar o regolito - a poeira que agora recobre quase toda a Lua - ao longo dos últimos 3,3 bilhões de anos. Eles também sugerem que o local onda a sonda chinesa pousou tem uma composição distinta dos locais de pouso anteriores na Lua.

Percurso em zigue-zague

A sonda espacial Chang'E-3 foi lançada em 2013 como parte da segunda fase do Programa de Exploração Lunar chinês. Em 14 de dezembro de 2013 ela fez o primeiro pouso suave na Lua desde a missão Luna 24, da União Soviética, em 1976, liberando o robô Yutu algumas horas mais tarde. O robô, que é equipado com duas antenas de radar capaz de penetrar a crosta da Lua a uma profundidade de cerca de 400 metros, registrou medições constantes ao longo de 114 metros de um percurso em zigue-zague feito perto da borda de uma cratera.

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