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domingo, 27 de julho de 2014

Hubble descobre que très exoplanetas são surpreendentemente secos


Impressão de artista do gigante gasoso HD 209458b na constelação de Pégaso. Para surpresa dos astrónomos, encontraram muito menos vapor de água na quente atmosfera do exoplaneta do que os modelos de formação planetária prevêem. Crédito: NASA, ESA, G. Bacon (STScI) e N. Madhusudhan (UC)

Astrónomos, usando o Telescópio Espacial Hubble da NASA, procuraram vapor de água nas atmosferas de três planetas em órbita de estrelas parecidas com o Sol - e descobriram-nos quase secos. Os três planetas, conhecidos como HD 189733b, HD 209458b e WASP-12b, estão entre 60 e 900 anos-luz de distância da Terra e pensa-se serem candidatos ideais para detectar vapor de água nas suas atmosferas devido às suas altas temperaturas onde a água se transforma em vapor mensurável. Estes chamados "Júpiteres quentes" estão tão perto das suas estrelas que têm temperaturas entre os 800 e 2200 graus Celsius. No entanto, descobriu-se que têm apenas entre um décimo e um milésimo da quantidade de água prevista pelas teorias de formação planetária.

"A nossa medição de água num dos planetas, HD 209458b, é a medição mais precisa de qualquer composto químico num planeta para lá do nosso Sistema Solar, e podemos agora dizer, com muito mais certeza que nunca, que encontrámos água num exoplaneta," afirma Nikku Madhusudhan do Instituto de Astronomia da Universidade de Cambridge, Inglaterra. "No entanto, a baixa abundância que encontrámos até agora é surpreendente."

Madhusudhan, que liderou a investigação, disse que esta descoberta representa um grande desafio para a teoria exoplanetária. "Basicamente abre inúmeros problemas na formação planetária. Nós esperávamos que todos estes planetas tivessem muita água. Temos que rever os modelos de formação e migração dos planetas gigantes, especialmente dos 'Júpiteres quentes', e investigar como são formados."

Ele enfatiza que estes resultados podem ter implicações importantes para a busca de água em exoplanetas potencialmente habitáveis do tamanho da Terra. Os instrumentos dos futuros telescópios espaciais poderão ter que ser desenhados com uma maior sensibilidade caso os alvos planetários sejam mais secos do que o previsto. "Devemos estar preparados para abundâncias de água muito mais baixas do que o previsto quando olharmos para as super-Terras (planetas rochosos com várias vezes a massa da Terra)," comenta Madhusudhan. Usando espectros próximo do infravermelho para os planetas observados com o Hubble, Madhusudhan e colaboradores estimaram a quantidade de vapor de água, em cada uma das atmosferas planetárias, que explica os dados.

Os três planetas foram seleccionados porque orbitam estrelas relativamente brilhantes que fornecem radiação suficiente para a recolha de um espectro infravermelho. As características de absorção do vapor de água na atmosfera do planeta são detectáveis porque são sobrepostas sobre a pequena quantidade de luz estelar que é reflectida pela atmosfera do planeta.

A detecção de água é quase impossível para planetas em trânsito a partir da Terra porque a nossa atmosfera contém uma grande quantidade de água, o que contamina a observação. "Nós realmente precisamos do Hubble para fazer as observações," afirma Nicolas Crouzet do Instituto Dunlap da Universidade de Toronto e co-autor do estudo. A teoria actualmente aceite para a formação dos planetas gigantes no nosso Sistema Solar, conhecida como acreção, afirma que um planeta é formado em torno de uma estrela jovem num disco protoplanetário constituído principalmente por hidrogénio, hélio e partículas de gelos e poeiras compostas por outros elementos químicos.

As partículas de poeira aderem umas às outras, eventualmente formando grãos cada vez maiores. As forças gravitacionais do disco atraem estes grãos e partículas maiores até que é formado um núcleo sólido. Isto leva então à acreção de ambos os sólidos e gases para, eventualmente, formar um planeta gigante. Esta teoria prevê que as proporções dos diferentes elementos no planeta são melhorados relativamente às da sua estrela, especialmente o oxigénio, que é suposto ser o mais melhorado. Assim que o planeta gigante se forma, espera-se que o seu oxigénio atmosférico seja largamente englobado dentro de moléculas de água.

Os níveis muito baixos de vapor de água encontrados neste estudo levantam uma série de perguntas sobre os ingredientes que levam à formação de planetas. Existem tantas coisas que ainda não sabemos sobre os exoplanetas, e por isso isto abre um novo capítulo na compreensão de como os planetas e sistemas solares se formam," afirma Drake Deming da Universidade de Maryland, que liderou um dos estudos percursores. "O problema é que estamos supondo que a água é tão abundante nos outros sistemas como no nosso. O que o nosso estudo nos mostra é que as características da água podem ser muito mais fracas do que as nossas expectativas."

Você sabia ?



Quando o sol transforma hidrogênio em hélio em seu núcleo ele cria um fóton de luz. Esse novo raio de luz tem um longo caminho para percorrer só para chegar a superfície da estrela. Tem uma estrela inteira no caminho, então quando o fóton é criado ele não vai muito longe pois imediatamente ele colide com outro átomo, com outro próton, com outro neutro, etc. Ele é absorvido e depois jogado em outra direção, movendo-se aleatoriamente dentro do sol. Para os fótons é uma viajem acidentada, chocando-se bilhões vezes com os átomos de gás na luta para sair do interior da estrela. Por isso, ele leva milhares e milhares de anos para sair do núcleo ate o exterior, e quando ele sai leva 8 minutos para chegar à Terra.



Representação dos emaranhados de matéria escura.




O museu Americano de História Natural, vai fazer uma aula de ciências de 25 minutos narrado por Hayden Planetarium, o astrofísico Neil deGrasse Tyson, que explora alguns dos mais profundos e complexos mistérios da cosmologia hoje. Chamada de "Universo escuro"

Estamos em um estado de profunda ignorância em nossa compreensão de nosso lugar no universo. Disse Neil deGrasse Tyson.

O programa também inclui a simulação 3D mais precisa da Via Láctea já produzido, de acordo com representantes do museu. O show inteiro levou cerca de quatro anos para ser feito, desde o conceito até o produto acabado, disse o curador Mac Low.

A imagem:

A matéria escura é um material invisível que emite ou absorve nenhuma luz, mas trai a sua presença ao interagir gravitacionalmente com a matéria visível. Esta imagem do Universo Escuro mostra a distribuição da matéria escura no universo, o algoritmo de alta resolução do Instituto Kavli de Astrofísica de Partículas e Cosmologia na Universidade de Stanford e SLAC National Accelerator Laboratory.

Visão da Via Láctea



Essa é uma visão espetacular da Via Láctea surgindo sobre a costa da Ilha do Norte da Nova Zelândia. A luz brilhante da imagem é do Farol do Cabo Palliser. A parte central de luz no céu marca o bojo de estrelas no centro da nossa galáxia, 26 mil anos-luz de distância. À esquerda, as duas Nuvens de Magalhães, pequenas galáxias satélites, estão muito mais longe e aparecem como manchas fracas no céu.

O cometa C/2013 A1 tem chances de atingir Marte no final de 2014.



O cometa vem da nuvem de Oort e esta Movendo-se a 56 km por segundo, com um núcleo estimado entre 8 e 50 km de diâmetro.

Ele foi descoberto recentemente e sua orbita sera mais estudada nos próximos meses para avaliar se Marte realmente corre o risco de ser atingido e quanto é esse risco. 


Se o impacto ocorrer terá uma força de 20 bilhões de megatons de TNT ou cerca de 3,2 bilhões de bombas atômicas de Hiroshima. Isso é cerca de um terço tão poderoso como aquele que atingiu os dinossauros há 65 milhões de anos. Nada desprezível.

Poderá mudar o clima do planeta vermelho e atirar pedacinhos da sua superfície para a Terra.

Cometas tiveram papel essencial para a origem da vida na Terra, mostra experimentalmente astrobióloga portuguesa.



XA astrobióloga portuguesa Zita Martins mostrou que a energia produzida pelo choque de cometas nos planetas pode levar à formação de aminoácidos.
Esta é mais uma evidência de que os cometas tiveram um papel importante na origem da vida na Terra. Neste caso, o papel é crucial, mas ainda assim a vida é formada na Terra (não precisa vir de fora, como nos diz a hipótese da panspermia).

“O papel dos cometas na origem da vida na Terra era apenas teórico. Uma equipa de cientistas, da qual faz parte a astrobióloga portuguesa Zita Martins, obteve agora a primeira confirmação experimental da teoria.

Quando uma bala de aço é disparada a alta velocidade contra um alvo de gelo cuja composição é semelhante à de um cometa, o choque provoca a formação de aminoácidos, os “tijolos de construção” das proteínas que compõem os organismos vivos. Os resultados desta experiência foram publicados domingo online, num artigo na revista Nature Geoscience.

O que ela mostra é que, quando um cometa colide com um planeta (ou um asteróide com um planeta coberto de gelo), o local do impacto torna-se uma autêntica “fábrica” de moléculas básicas da vida. “Provámos pela primeira vez, de forma experimental, que o impacto de um cometa num planeta vai gerar aminoácidos”, disse ao PÚBLICO Zita Martins, astrobióloga portuguesa e primeira autora do artigo, em conversa telefónica desde o Imperial College de Londres, onde trabalha. Diga-se de passagem que existem outras teorias sobre a origem da vida na Terra, mas que esta é por enquanto a única sustentada experimentalmente.

Os precursores orgânicos dos aminoácidos já tinham sido detectados nos cometas, mas tinha de haver um mecanismo energético capaz, a partir dessas moléculas muito simples, de sintetizar os complexos aminoácidos. A experiência agora realizada permitiu mostrar que o impacto de um cometa com a Terra fornece – e forneceu nos primórdios do nosso planeta – energia suficiente para alimentar essa química.
(…)

Quando dispararam – com uma pistola especial de gás comprimido, instalada no laboratório da Universidade de Kent – projécteis de aço contra os alvos a velocidades superiores a 25 mil quilómetros por hora, os cientistas constataram que o impacto gerava aminoácidos como a glicina e a alanina, dois dos 20 aminoácidos do código genético.
(…)

Sabe-se que há entre 3,8 e 4,6 mil milhões de anos, a Terra foi bombardeada por cometas e meteoritos. Por isso, diz Zita Martins, os novos resultados mostram o papel fundamental que os cometas podem ter tido na origem da vida. E também é sabido que Encelado e Europa, luas de Saturno e Júpiter respectivamente, estão cobertas de gelo – o que, segundo a cientista, implica igualmente que a vida poderá ter surgido, nesses satélites naturais, sob o efeito do choque com asteróides rochosos. “Os nossos resultados aumentam substancialmente a probabilidade de a vida ter lá surgido”, frisa. E de futuras missões espaciais para essas luas virem a detectar vida. (…)”


Aurora Solar



O sol está em seu período de muita atividade, cada ciclo dura cerca de 11 a 13 anos. E nesses últimos dias ele liberou mais de meia dúzia de grandes erupções, provocando belas auroras.

Essa da imagem foi no North Slope Borough County, Alaska, EUA em 1 de Novembro de 2013. Crédito e copyright: Jason Ahrns.




Linda imagem da Via Láctea com a Luz Zodiacal




Ela foi capturada nos céus claros perto do topo do Monte Voras, Grécia (8281 pés ou 2524 m) pouco antes do amanhecer em 10 de setembro de 2013. A transparência neste local é ideal para a observação de estrelas e fotografia. Estas duas correntes de luz se assemelham a um X gigantesco no céu oriental.

A Luz Zodiacal é uma faixa fina e fraca de poei
ra interplanetária quase triangular, produzida pela reflexão da luz do sol nas partículas de poeira. Essa poeira é formada por detritos de cometas e pequenos meteoros, provavelmente originários da própria formação do Sistema Solar.

Nos últimos anos, as observações feitas por uma variedade de sondas espaciais mostraram estruturas significativas na luz zodiacal, incluindo faixas de absorção da poeira associados com restos de determinadas famílias de asteroides e de várias trilhas de cometas

É melhor visualizada no céu escuro devido que a luz de outros objetos como a luz que a lua reflete pode atrapalhar sua observação.

Foto : Canon 350D câmera; 8 milímetros lente olho de peixe; f/3.5, composição de 10 imagens cada expostas 30 segundos.

Jatos Supermassivos



Os jatos gerados por buracos negros supermassivos localizados no centro de galáxias podem transportar enormes quantidades de energia através de grandes distâncias. A 3C353 é uma vasta fonte, constituída de duas estruturas em forma de lobos, onde a galáxia é o minúsculo ponto no centro e as gigantescas plumas de radiação podem ser vistas em raios-X captados pelo Chandra (apresentados aqui na cor roxa) e em dados de ondas de rádio obtidos pelo Very Large Array e apresentados acima na cor laranja.

Pesquisa da NASA sugere que os planetas diamantes, podem não ter oceanos.




O nosso Sol é uma estrela pobre em carbono e, como resultado, o nosso planeta Terra é composto principalmente por silicatos, não carbono. Pensa-se que as estrelas que têm muito mais carbono que o Sol, por outro lado, fabriquem planetas repletos de carbono e, talvez, até camadas de diamantes. 

Ao modelar os ingredientes nestes sistemas planetários à base de carbono, os cientistas determinaram que não têm reservatórios de água gelada, que se pensa fornecer oceanos aos planetas.

"Os blocos de construção que entram no fabrico dos nossos oceanos são asteroides e cometas gelados," afirma Torrence Johnson do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, que apresentou os resultados numa assembleia da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana no passado dia 7 de Outubro. Johnson, membro da equipe em várias missões planetárias da NASA, incluindo Galileu, Voyager e Cassini, passou décadas estudando os planetas no nosso próprio Sistema Solar.

"Se acompanharmos estes blocos de construção, descobrimos que os planetas em redor de estrelas ricas em carbono estão secos," realça.

"É irônico que se o carbono, o elemento principal da vida, torna-se muito abundante, rouba o oxigênio que teria composto água, o solvente essencial para a vida como a conhecemos," afirma Jonathan Lunine da Universidade de Cornell em Ithaca, Nova Iorque, um colaborador na pesquisa.

Uma das grandes questões no estudo de planetas além do nosso Sistema Solar, chamados exoplanetas, é saber se são ou não habitáveis. Os cientistas identificam tais planetas ao observar primeiro aqueles situados dentro da "zona habitável" em torno das suas estrelas-mãe, onde as temperaturas são quentes o suficiente para permitir água líquida à superfície. A missão Kepler da NASA já descobriu vários planetas dentro desta zona, e os pesquisadores continuam analisando os dados do Kepler em busca de candidatos tão pequenos quanto a Terra.

Mas mesmo que um planeta se encontre nesta zona onde os oceanos poderiam, em teoria, existir, será que realmente existe água suficiente para molhar a superfície? Johnson e sua equipe abordaram esta questão com modelos planetários baseados em medições da relação carbono-oxigênio do nosso Sol. O nosso Sol, como as outras estrelas, herdou uma sopa de elementos do Big Bang e das gerações anteriores de estrelas, incluindo hidrogênio, hélio, nitrogênio, silício, carbono e oxigênio.

Quando os cientistas aplicaram os modelos planetários às estrelas ricas em carbono, a água desapareceu. "Não há neve além da linha de neve," afirma Johnson.

"Todos os planetas rochosos não são criados de forma igual," realça Lunine. "Os chamados planetas diamante do tamanho da Terra, se existirem, são totalmente estranhos: sem vida, mundos desérticos sem oceanos."

Os resultados dos modelos computacionais que suportam estas conclusões foram publicados o ano passado na revista Astrophysical Journal. As implicações para a habitabilidade nestes sistemas foram o foco da reunião da Divisão de Ciências Planetárias. 



Nebulosa Cabeça da Bruxa







A bruxa parece estar gritando para o espaço nesta nova imagem de Wide-Field Infrared explorador da NASA, ou WISE. O retrato em infravermelho mostra a nebulosa Cabeça de Bruxa, em homenagem a sua semelhança com o perfil de uma bruxa malvada. Os astrônomos dizem que as nuvens ondulantes da nebulosa são onde as estrelas estão se formando, estão sendo iluminadas por estrelas de grande massa. A poeira na nuvem é atingido com a luz das estrelas, fazendo-a brilhar com a luz infravermelha, que foi capturado pelos detectores do WISE.

A cabeça da nebulosa está a centenas de anos-luz de distância na constelação de Orion, próximo do joelho do famoso caçador.

O WISE foi recentemente acordado e designado a caçar asteróides num programa chamado de NEOWISE. A reativação do WISE ocorreu depois da sonda ter sido colocada em hibernação em 2011, quando completou dois escaneamentos completos do céu, como planejado.

Projeto ALMA e a Via Láctea



Esta impressionante foto foi tirada a 5.100 metros acima do nível do mar, a partir do Planalto de Chajnantor, nos Andes Chilenos.

Vista através da atmosfera rarefeita, com cerca de 50% da pressão do nível do mar, a linda Via Láctea se estende através da cena.

Aglomerado estelar caixa de joias - NGC 4755




A grande variedade de cores no aglomerado estelar aberto dá o seu nome à pilha: a caixa de jóias o The Jewel Box em Inglês. 

Uma das estrelas mais brilhantes é uma supergigante vermelha, Gacrux (γ Cru) de magnitude 1,59, 113 vezes maior do que o Sol. É cercada por muitas estrelas azuis. 

O grupo também conhecido como Kappa Crucis contém um pouco mais de 100 estrelas e está a cerca de 10 milhões de anos-luz.

Aglomerados abertos são mais jovens e contêm uma proporção maior de estrelas azuis que aglomerados globulares. 

Estudo revelou que nosso DNA é só 8,2 % funcional



Em contraste com as estimativas anteriores que sugeriam que, 80% do nosso DNA tem alguma função, cientistas da Universidade de Oxford descobriram que somente 8,2% do genoma humano é atualmente funcional.

Nosso DNA é composto de 3,2 bilhões de pares de bases - os blocos químicos de construção encontrados nos cromossomos que são amarrados juntos para formar o nosso genoma. É um número bastante impressionante, mas quanto desse DNA é funcional? Isso tem sido um assunto de grande interesse recentemente dadas as revelações sobre a grande quantidade de partes do código que não codificam proteínas, De fato, quase 99% do genoma humano não codifica proteínas.

De volta a 2012, cientistas do projeto ENCODE (Encyclopedia of DNA Elements) alegaram que 80% do nosso DNA tem alguma função bioquímica. No entanto, muitos cientistas não estavam satisfeitos com esta afirmação, dado que a palavra "função" é muito ampla. Em particular, a atividade do ADN não tem, necessariamente, uma consequência funcional. Os pesquisadores acharam necessário portanto, demonstrar que a atividade é importante.

Para fazer isso, os pesquisadores de Oxford olharam para quais partes do nosso genoma teriam evitado as mutações acumulando-se ao longo dos últimos 130 milhões de anos. Isto é porque as taxas de evolução lenta genômico são uma indicação de que a sequência é importante, isto é, que tem uma certa função que tem de ser retido. Em particular, eles estavam procurando por inserções ou exclusões de sequências de DNA dentro de várias espécies diferentes de mamíferos, de humanos e cavalos, ratos cobaias e cães. 

Os pesquisadores descobriram que 8,2% do nosso DNA é atualmente funcional; o resto é de material residual que foi submetido a grandes perdas ou ganhos ao longo do tempo. No entanto, eles também observam que nem todo esse 8,2% é igualmente importante. Como mencionado, apenas 1% do nosso DNA codifica as proteínas que compõem os nossos corpos e desempenham papéis críticos em processos biológicos.

Acredita-se que os restantes 7% desempenha funções reguladoras , trocando genes dentro e fora, em resposta a fatores ambientais.

"As proteínas produzidas são praticamente as mesmos em todas as células do nosso corpo quando nascemos até quando morremos," disse o autor Chris Rands em uma -nota de imprensa . 

Outro achado interessante foi que, enquanto os genes codificadores de proteínas foram bem conservados entre as diferentes espécies de mamíferos investigados, as regiões reguladoras experimentou uma alta rotatividade, com pedaços de DNA adicionados e outros que perderam funções ao longo do tempo. Embora esta evolução dinâmica era inesperado, a maioria das alterações no genoma ocorreu dentro do DNA considerado inativo.

É difícil dizer o que explica as nossas diferenças como espécie.

"Nós não somos tão especial. Nossa biologia fundamental é muito similar ", disse o co-autor Chris Ponting . "Todos os mamíferos tem aproximadamente a mesma quantidade de DNA funcional.

César Lattes descobriu a partícula subatômica méson pi



Ele deu um grande impulso à pesquisa científica no Brasil pós-guerra. Além da fundação do CBPF, a repercussão de seus trabalhos na sociedade brasileira serviu como grande estímulo para a criação do Conselho Nacional de Pesquisas (CNPq), em 1951. 

Lattes é o responsável pela comprovação da existência do méson pi, partícula sub-atômica que garante a coesão do átomo. Em 1935, o cientista japonês Hideki Yukawa já defendia a existência da partícula, no entanto, foram as experiências realizadas por Lattes na década de 40 que comprovaram a teoria. Sua descoberta marcou o início da chamada física de partículas elementares, ou física de altas energias. Apesar dos convites para trabalhar em universidades estrangeiras, fez carreira universitária no Brasil. Foi professor da Universidade de São Paulo, da Universidade do Brasil (atual UFRJ), da Universidade Estadual de Campinas e do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), do qual foi um dos fundadores. Também integrou diversas academias e sociedades científicas brasileiras e internacionais . Em sua galeria, figuram prêmios como Einstein, o Fonseca Costa, o Bernardo Houssay, da Organização dos Estados Americanos, e o Prêmio de Física da Academia de Ciências do Terceiro Mundo. Hideki Yukawa e Cecil Powell, que foi companheiro de Lattes em suas experiências, receberam o Prêmio Nobel pela descoberta do méson pi. O físico nasceu em Curitiba, em 1924 e faleceu no dia 8 de março de 2005.

O aglomerado globular Messier 4




Um aglomerado globular é um conjunto relativamente esférico com milhões de estrelas unidas gravitacionalmente cujos diâmetros podem ser pequeno como dezenas de anos-luz. 

Esta enorme bola de estrelas antigas é, na realidade, um dos mais próximos aglomerados estelares globulares (seis mil anos-luz) e aparece na constelação do Escorpião, próximo da brilhante estrela
vermelha Antares.

Esta imagem é do Wide Field Imager, montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros instalado no Observatório de La Silla do ESO,

Você sabia ?



É o lar de condições meteorológicas extremas semelhantes aos outros gigantes gasosos. Ele tem tempestades grandes o suficiente para engolir a Terra inteira, e também o vento mais violento do sistema solar, que pode chegar a surpreendentes 2,414 km/h. Como todos os outros planetas gasosos, o carbono atmosférico é comprimido em chuva de diamante.

Foto : Tipos de contatos Imediatos

A Nebulosa do Bumerangue




A Nebulosa do Bumerangue é uma proto nebulosa planetária na constelação de Centaurus localizada a 5.000 anos luz da Terra.

Os Emirados Árabes Unidos anunciaram planos para lançar uma missão a Marte até 2021



Investir em atividades espaciais não é um território novo para os Emirados Árabes Unidos. Seus investimentos em tecnologia relacionada com o espaço já ultrapassou algumas EUA $ 5,4 bilhões, o desenvolvimento de dados de satélites, comunicações móveis por satélite e mapeamento de terra e instalações de observação. Isto não é surpreendente quando vivemos em uma época onde o espaço é importante para uma variedade de usos práticos do cotidiano, como telecomunicações e navegação. Assim, muitos países têm investido na compra de satélites e seus lançamentos, os dados do espaço, e outras infra-estruturas do espaço.

Possíveis Extraterrestres que possam vir ao nosso Planeta teriam imunidade as doenças virais conhecidas?



Nossos germes evoluíram para sobreviver em nosso DNA único. Até mesmo vírus e infecções bacterianas que infectam uma só espécie em nosso planeta raramente se espalham para outras. Não é uma coisa rotineira que cães peguem gripe, por exemplo. Qualquer forma de vida alienígena que invada a Terra provavelmente será imune a doenças terrenas ou não? 

Cientistas captam ondas de rádio vindas de fora do Planeta Terra



Astrônomos conseguiram confirmar a procedência cósmica dos sinais de rádio detectados pelo radiotelescópio de Arecibo, em Porto Rico. Os misteriosos impulsos se repetem milhares de vezes durante o dia, ainda que com a duração de uma fração de segundo. Essa é a primeira leva de ondas detectada por um instrumento que não seja o radiotelescópio Parkes, na Austrália, segundo os pesquisadores. Até o momento, a falta de resultados similares por parte de outros centros de observação no mundo permitia acreditar que os sinais captados correspondiam a fontes terrestres, ou, pelo menos, próximas da Terra.

"Nosso resultado é importante porque elimina qualquer dúvida de que essas ondas de rádio não sejam realmente de origem cósmica", garantiu Victoria Kaspi, professora de astrofísica da Universidade de McGill, Canadá. "As ondas de rádio mostram que todos os sinais têm origem muito além da nossa galáxia, o que é uma perspectiva muito emocionante", concluiu.
O grande desafio dos pesquisadores agora é determinar a origem exata das emissões. Entre a vasta gama de possibilidades, especula-se que as ondas poderiam ser originadas da evaporação de buracos negros, da fusão de estrelas de nêutrons ou de explosões de magnetars, estrelas de nêutrons com campos magnéticos extremamente fortes. Como as explosões duram apenas uma fração de segundo, detectá-las é difícil, mesmo acontecendo cerca de 10 mil vezes por dia.

O verdadeiro carrasco da vida em nosso planeta

Foto: O Sol entrará em uma fase de nebulosa planetária daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, quando perderá cerca de 40% de seu material externo. Aqui na Terra, vamos sentir o vento dos gases ejetados passando lentamente no inicio (cerca de 10 km/s) e depois aumentando gradativamente a velocidade, chegando a alcançar até 1000 km/s. O que sobrar do Sol vai parecer como um ponto de luz intensa, menor do que Vênus, e cem vezes mais brilhante do que o Sol atual, Quando olhamos para as nebulosas planetárias, estamos olhando para o futuro do nosso Sistema Solar. Estima-se que esse final glorioso das estrelas semelhantes ao Sol dure cerca de 10 mil anos.

Na imagem temos a nebulosa do Esquimó

- Gislene Vieira


O Sol entrará em uma fase de nebulosa planetária daqui a aproximadamente 5 bilhões de anos, quando perderá cerca de 40% de seu material externo. Aqui na Terra, vamos sentir o vento dos gases ejetados passando lentamente no inicio (cerca de 10 km/s) e depois aumentando gradativamente a velocidade, chegando a alcançar até 1000 km/s. O que sobrar do Sol vai parecer como um ponto de luz intensa, menor do que Vênus, e cem vezes mais brilhante do que o Sol atual, Quando olhamos para as nebulosas planetárias, estamos olhando para o futuro do nosso Sistema Solar. Estima-se que esse final glorioso das estrelas semelhantes ao Sol dure cerca de 10 mil anos.

Não estamos sozinhos


Você mora na periferia de uma cidade do interior. Em termos cósmicos, pelo menos. Sua casa é uma rocha cheia d’água que gira num cantinho da galáxia, bem longe do movimentado centro. O Sol, esse reator nuclear com diâmetro de 1,4 milhão de quilômetros, é só uma entre os 300 bilhões de estrelas da Via Láctea. Uma galáxia bem pacata, por sinal. A verdadeira megalópole deste pedaço do Universo é Andrômeda, nossa galáxia vizinha, com 1 trilhão de sóis.
Não, não estamos nada sozinhos no Cosmos. Além de Andrômeda, há pelo menos outros 125 bilhões de galáxias no Universo visível. E, se respeitarmos a lógica, o que não falta em cada uma delas são planetas, muitos planetas. Como disse o astrônomo Carl Sagan sobre a vida lá fora: “Deve haver bilhões de trilhões de mundos. Então por que só nós, jogados aqui num canto esquecido do Universo, seríamos afortunados?”
A descoberta de que estamos no meio de um Universo tão vasto e rico é relativamente recente: começou na 2a metade do século 20. E as provas de que, sim, existem mesmo planetas em outras estrelas se trata de algo mais novo ainda. Isso tudo deu uma guinada na ciência, a ponto de a exobiologia, que estuda a possibilidade de vida fora da Terra, ter subido de status. “Quando cunharam o termo exobiologia, [nos anos 60] ele foi ridicularizado como uma ‘ciência sem objeto de estudo’.? Mas a maré científica mudou e hoje há um entusiasmo crescente em tentar achar vida em outros lugares do Universo”, diz a astrônoma Jill Tarter, da Universidade da Califórnia, no livro The Search for Life in the Universe, (“A Busca da Vida no Universo”), inédito em português.
Outros vão mais longe e apostam que não só a vida é inevitável lá fora mas civilizações tão ou mais avançadas que a nossa também. Como já disse o físico de Harvard Paul Horowitz: “Vida inteligente no Universo? Garantido. Na nossa galáxia? Extremamente provável”.

Condições para a vida



As apostas de que, sim, há muita vida lá fora começam com duas novas certezas. Primeiro, a de que não faltam planetas fora do sistema solar.
Até anteontem não havia prova de que outras estrelas, fora o Sol, tivessem mesmo planetas. A astronomia dizia que sim: estudos sobre a formação de estrelas mostram que elas costumam nascer carregando um séquito de pequenos astros. Mas o ponto final na questão só veio em 1995, quando astrônomos da Universidade de Genebra detectaram um planeta gigante feito de gás, como Júpiter, em volta de uma estrela parecida com o Sol, a 51 Pegasi.
De lá para cá a década de 1990 teve uma média de 3,4 planetas extra-solares descobertos por ano. E agora, com instrumentos mais precisos, o ritmo explodiu. No ano passado, foram mais 61. Em 2008, só até julho, outros 36. Total: 307. E a conta não pára de crescer.

A segunda certeza é ainda mais determinante: a de que dois ingredientes fundamentais para a vida, água e moléculas orgânicas, são comuns no Universo. Essas moléculas são fáceis de achar no espaço sideral – elas ajudam a formar as nuvens de gás e poeira que dão à luz qualquer estrela (e conseqüentemente qualquer planeta) no Universo. Quanto ao H20, ele também é arroz-de- festa no Cosmos: a própria água que enche os oceanos da Terra chegou aqui na forma de bolas de gelo que caíram do céu (os cometas) durante a formação do sistema solar. E isso pode ter acontecido em qualquer outro ponto do Universo.

Para completar, em 2007 o telescópio Hubble detectou pela primeira vez a existência de água num planeta extra-solar, ainda que em forma de vapor. E neste ano encontrou água e moléculas orgânicas em mais outro. Isso não indica que algum desses dois tenha vida. Ambos são gigantes feitos de gás, como Júpiter – um tipo de planeta pouco amigável a seres vivos. Mas, se houver um planeta parecido com a Terra na região, aquilo que aconteceu aqui pode ter acontecido lá.

“Estamos tão, tão perto de encontrar vida em outros planetas que é só uma questão de continuar procurando. Parece que é só uma questão de tempo”, diz o astrônomo Marc Kuchner, do Laboratório de Exoplanetas da Nasa. Mas como Kuchner e seus colegas estão procurando?

Guia do caçador de planetas

Buscar um astro em volta de uma estrela é como tentar achar um pernilongo ao lado de um prédio em chamas. A olho nu. Simplesmente não dá para ver. O que os astrônomos fazem, então, é detectá-los de formas indiretas. Por exemplo: se o brilho de uma estrela diminui um pouco num ponto da superfície dela, em intervalos regulares, significa que tem um planeta girando ali. Outro jeito de procurar é observar o “balanço” de uma estrela. A gravidade de um planeta é forte o bastante para chacoalhá-la um pouco. Se os observadores apontarem seus equipamentos por muito tempo para ela dá para analisar essas balançadas e deduzir que há um planeta passando por ali. Mais: pelo movimento, dá para calcular a massa do planeta e sua órbita.
Muito bom, mas tem um problema: desse jeito os mundos mais fáceis de detectar acabam sendo os muito grandes e próximos das estrelas. Só que planetas grandes são sempre bolas de gás como Júpiter, um monstro de hidrogênio com massa igual à de 317 Terras. E isso é um tanto frustrante na busca pelo que interessa, que é a vida fora da Terra: a atmosfera desses gigantes gasosos é tão maciça que a pressão lá dentro fica insuportável – seres complexos simplesmente estourariam em ambientes assim. E pior ainda se o planeta recém-descoberto estiver perto de sua estrela. Assim as temperaturas lá dentro ultrapassam 100 ºC, e a água só tem como existir na forma de vapor. Aí não adianta.
Procurar por planetas com vida significa buscar por um que tenha água líquida. Isso não é egocentrismo de cientista terráqueo, achando que a vida em outros planetas tem que ser igual à daqui. É respeito pelas leis da química, que valem para o Universo inteiro. Funciona assim: para ter algo que dê para chamar de vivo, precisamos de moléculas que se juntem para formar coisas complexas. As que melhor fazem isso são as moléculas orgânicas, estruturas que têm átomos de carbono como pilares e que, por sinal, formam o seu corpo. Só que moléculas não andam. Elas precisam de um solvente, de um meio fluido para se locomover e encontrar umas às outras. E a água líquida é a melhor coisa que tem para isso no Universo – não é à toa que a vida por aqui começou nos oceanos.
Isso não quer dizer que ausência de água seja evidência de planeta morto. “A vida como conhecemos é feita de carbono. Mas eu facilmente acreditaria que um ser fosse formado por outro elemento básico, como silício, ou que tivesse amônia como solvente em vez de água. Tenho certeza de que a vida no Universo é bastante diversificada”, diz a astrobióloga mexicana Graciela Matrajt, da Universidade de Washington.
Mesmo assim, os cientistas preferem o certo ao duvidoso, e vão atrás de planetas parecidos com o nosso – relativamente pequenos e com uma temperatura amena, que deixe a água correr.
Só que achar planetas assim por aí é difícil, justamente por causa do tamanho. A própria Terra, em pessoa, seria invisível para os instrumentos que os astrônomos usam hoje. Mas existe um alento: as “super-Terras”, mundos com a cara deste aqui, só que grandes o suficiente para entrar na mira dos equipamentos mais modernos.
A precisão desses instrumentos deu um salto nos últimos anos. A “sintonia fina” na hora de detectar as balançadas nas estrelas, por exemplo, melhorou. Já dá para perceber oscilações mais sutis, causadas por planetas menores. E isso abriu as portas para encontrarmos mundos com massa 10 vezes menor que a de Júpiter – planetas Terra muito, muito grandes. Mas ainda assim amigáveis para a vida.
Já encontraram 11 desses, de 2006 para cá. E a grande notícia veio no ano passado: dois gêmeos da Terra com possibilidades reais de terem água líquida. São os planetas Gliese 581 c e Gliese 581 d (não, os nomes não são nada poéticos: sempre colocam a denominação da estrela que eles orbitam – no caso, a Gliese 581 – seguida de uma letra). O que esses dois têm de mais especial em relação aos outros 9 planetas terrestres é a localização. O 581 c, por exemplo. Ele é o primeiro planeta pequeno, com “apenas” 5 vezes a massa da Terra, dentro daquilo que os astrônomos chamam de “zona habitável”: uma distância em relação à estrela que não deixa o astro nem frio nem quente demais. Ele fica mais perto de Gliese que Mercúrio fica do Sol. Se fosse no nosso sistema solar, isso significaria temperaturas de quase 500 ºC, só que a estrela Gliese é pequena e fria, com 10% da luminosidade do Sol. Então o planeta pode ter um clima equivalente ao da Terra. E só isso já é um indício de que existe água líquida por lá.
Quando o 581 c apareceu, foi uma festa. No mundo da astronomia a sensação era que, se existisse vida em algum lugar, seria ali. Mas então alguns astrônomos teorizaram que, se a atmosfera do planeta for grossa demais, os “raios de sol” de Gliese podem ficar presos no planeta. É o efeito estufa, que pode elevar demais o termômetro e acabar com a idéia de água líquida. A desconfiança ainda perdura entre os especialistas. E, se for isso mesmo, o grande candidato a abrigar seres vivos automaticamente passa a ser o 581 d. Ele fica um pouco mais distante de Gliese, numa região mais fria que a da zona habitável, com temperaturas sempre abaixo de zero. Mas aí o efeito estufa por lá seria um bom negócio. Ele poderia deixar a temperatura tão amena quanto a daqui.
Tudo isso é hipótese, claro. Quando você encontra um planeta pelo efeito que ele causa em sua estrela, como aconteceu com os dois de Gliese, o astro não “aparece na foto”. Então não dá para deduzir como ele é de fato, muito menos cravar que pode existir vida lá ou não. Mas essa limitação está para acabar. Quer dizer: acabou.

Como desvendar as novas Terras

Em fevereiro do ano que vem a Nasa lançará a missão Kepler, um telescópio em órbita que se dedicará exclusivamente a buscar planetas na nossa vizinhança galática. Ele tem duas grandes melhoras em relação ao Hubble. Primeiro, consegue observar mais estrelas em detalhes. Enquanto o telescópio veterano só tem foco para analisar uma de cada vez, o Kepler foi projetado para fazer isso com dezenas ao mesmo tempo. Segundo, fará imagens mais nítidas. Suas lentes ganharam uma espécie de máscara para filtrar o brilho das estrelas. Isso diminui as interferências de luz e permite detectar pelo menos algumas cores dos exoplanetas.
E isso pode dizer mais sobre eles do que parece. Cada elemento químico reflete a luz de um jeito diferente. É graças a isso que sabemos o que tem na atmosfera dos planetas mais distantes do sistema solar sem nunca termos pousado uma nave naquelas bandas.
Mas fazer isso com planetas a anos-luz de distância é outra coisa. O Hubble até fez aquela detecção de água e de moléculas orgânicas, mas só porque se tratavam de planetas gigantes. Agora, com o Kepler, o objetivo é desvendar a atmosfera dos exoplanetas menores. Se encontrarmos bastante oxigênio em algum, por exemplo, teremos um bom indício de vida. Quem encheu a Terra de oxigênio, afinal, foram coisas bem vivas: as algas.
Só com o Kepler, esperam achar e analisar a atmosfera de pelo menos 50 planetas do tamanho da Terra em zonas habitáveis. E vem mais por aí: a Agência Espacial Européia (ESA) prepara 3 telescópios espaciais que trabalharão juntos para encontrar lugares habitáveis, com lançamento agendado para 2015. E a Nasa planeja o sucessor do Hubble, também para a próxima década. Ele será 4 vezes maior e 10 vezes mais preciso. A esperança é que, com ele, consigamos fotos detalhadas de planetas extra-solares.
Mas e aí? E se encontrarmos um planeta com uma atmosfera recheada de oxigênio, sinais de moléculas orgânicas, temperatura amena, oceanos e o escambau? Vamos mandar uma sonda espacial nos moldes dos jipinhos marcianos para ver se existem aliens mesmo no lugar?
Vida no sistema solar
Enviar sondas espaciais é o melhor jeito de entender o que acontece fora da Terra. Que o diga a nave Phoenix. Ela chegou a Marte em junho, ainda está coletando e analisando informações do solo marciano e de cara confirmou que existe água em forma de gelo no pólo norte de lá. A temperatura marciana é muito fria (chega a -140 °C), mas, se essas calotas fossem derretidas, seriam capazes de formar uma camada de 11 metros de profundidade no planeta inteiro, pelos cálculos da Nasa. Outra análise da Phoenix mostrou que o solo do planeta não é tão morto assim: nutrientes importantes para a vida, como magnésio, sódio e potássio, estão presentes nas amostras. É muito difícil haver vida lá? Hoje, é. Mas ontem, nem tanto: fotos aéreas mostram erosões que, ao que tudo indica, são leitos secos de rios que corriam numa época em que o planeta era mais quente. A probabilidade de que Marte tenha tido água líquida é real. Por isso estamos longe de desistir de achar indícios de que já houve pelo menos micróbios lá – e, em última instância, de que a vida é comum em qualquer lugar que ofereça as condições. Uma nave ainda mais equipada que a Phoenix pousará lá no ano que vem, enquanto a Agência Espacial Européia vai lançar em 2013 o ExoMars, carrinho capaz de perfurar profundamente o solo em busca de vestígios orgânicos. Para fechar, tanto os europeus como a Nasa planejam missões tripuladas com humanos antes de 2040.
Outro alvo na busca pela vida é Europa, uma lua de Júpiter. Ela tem uma fina atmosfera com oxigênio e, ao que tudo indica, uma surpresa embaixo de sua camada de 200 quilômetros de gelo: água líquida. É que a forte gravidade de Júpiter pode ter feito o gelo mexer e remexer tanto que ele acabou esquentado, só pela fricção. E onde há água líquida, há chance de vida.
Para ver se tem mesmo, a Nasa planeja mandar uma sonda para a órbita de Europa na próxima década. E a Agência Espacial Russa (Roscosmos) vai mais longe: quer pousar uma nave (não tripulada) em Europa até 2020. Tudo isso, porém, só dá para fazer porque Marte e a lua de Júpiter são logo ali. Se quisermos mandar uma sonda para algum planeta extra-solar, temos um problema. A estrela mais próxima daqui, Alpha Centauri, fica a 4,3 anos-luz da Terra. Isso significa que um raio de luz demora 4,3 anos para chegar lá. Não parece grande coisa, mas são 40 trilhões de quilômetros de distância. Demais para as nossas sondas.
E olha que elas são até rápidas. A Voyager, que já atravessou o sistema solar inteiro, hoje rasga o espaço a 1,4 milhão de quilômetros por hora, 1 000 vezes mais rápido que o som. Só que isso não é nada em termos espaciais: representa apenas 0,000058 da velocidade da luz.
Nesse pique ela demoraria 80 mil anos para chegar a um eventual planeta na órbita de Alpha Centauri. Dureza: nem se os neandertais tivessem lançado uma sonda espacial ela teria chegado...
Se é tão difícil mandar algo ou alguém para conversar, o que poderíamos fazer, então? “Telefonar” para eles é claro! Ou, pelo menos, ficar a postos para uma ligação interplanetária, ouvindo se chega alguma mensagem alienígena aos nossos radiotelescópios, as antenas que captam ondas de rádio vindas do espaço. Só que aí entramos em outro terreno.

Em busca da vida inteligente



Até agora estávamos falando da busca por seres vivos. Aí qualquer bactéria está valendo. Mas, se já é difícil encontrar sinais de vida pura e simples, como uma atmosfera cheia de oxigênio, topar com seres capazes de criar tecnologia é mais ainda. Se a história da vida na Terra, da primeira célula até hoje, fosse um jogo de futebol, o homem só teria entrado em campo faltando 3 segundos para o apito final. Quer dizer, se alguma civilização nos últimos bilhões de anos mandou mensagens para cá para ver se achava algum ser inteligente do outro lado da linha, pode ter cansado de esperar.
E, se a vida inteligente é só uma piscada na história deste planeta, o mais provável é que ela também seja extremamente rara lá fora. Mesmo assim, quem espera pelas chamadas de outros planetas mantém as esperanças.

Quem faz isso é o Seti, sigla em inglês para Procura por Inteligência Extraterrestre. Eles jogam todas as fichas na espera de receber sinais de rádio dos alienígenas. Mesmo com a possibilidade de que haja pouca vida inteligente lá fora, faz sentido: ondas de rádio viajam à velocidade da luz (1,08 bilhão de quilômetros por hora, a maior possível pelas leis da física). Não é o ideal para tentar falar com Andrômeda, a galáxia mais próxima, já que o sinal demoraria 2 milhões de anos para fazer a viagem. Mas dá para tentar aqui pela Via Láctea. Se uma mensagem partisse de um planeta na órbita da estrela Alpha Crucis, a base do Cruzeiro do Sul, levaria 321 anos para chegar aqui. Caso eles tenham mandado uma quando a Terra estava no ano de 1687, o sinal estaria chegando agora. E consideremos: captar um sinal assim nos colocaria em contato com uma civilização extraterrestre de um jeito até mais eficiente do que se tivéssemos mandado sondas.

“Trocar fotos e textos já é suficiente para quem se relaciona via internet, não? Então. Você pode aprender muito sem ter de ir a um planeta extra-solar”, diz o astrônomo americano Seth Shostak, diretor do Seti. O que o instituto faz, então, é alugar radiotelescópios para captar ondas do espaço e ver se aparece alguma que siga algum padrão, que só possa ter sido feita por alguma coisa inteligente. O romance Contato, de Carl Sagan, dá um exemplo prático: lá o Seti detecta uma espécie de código Morse vindo da estrela Vega.
Agora Shostak e sua turma esperam que isso vire realidade logo. É que está em fase final de construção o Allen Telescope Array (Campo de Telescópios Allen), bancado pelo bilionário Paul Allen, co-fundador da Microsoft. É um campo de 350 radiotelescópios todo dedicado ao Seti. “Não que isso seja caro. Manter os telescópios por um ano é menos do que o governo gasta para comprar um helicóptero militar de última geração [US$ 20 milhões]”, diz Seth. Com o batalhão de radiotelescópios de ouvidos abertos, a busca por vida inteligente será pelo menos 100 vezes mais rápida do que hoje. “Simplesmente por podermos usar o negócio o tempo inteiro, 24 horas por dia, nos próximos 20 anos teremos checado 1 milhão de estrelas.” Além disso, o Seti ficará de olho nas pesquisas das agências espaciais. E os planetas exosolares que podem ter vida serão alvos prioritários dos novos telescópios.

A outra maneira de fazer contato é, em vez de esperar por mensagens, mandá-las ao espaço para ver se algum alienígena capta. A humanidade tentou isso 4 vezes. As últimas foram enviadas pelo astrofísico canadense Yvan Dutil. Ele é uma espécie de porta-voz dos terráqueos e, junto com o colega Stephane Dumas, desenvolveu duas mensagens mandadas para os ETs em 1999 e 2003. A linguagem delas é a matemática (afinal, em qualquer lugar do Universo 1+1=2) e lá estão alguns dos últimos algarismos conhecidos de pi e o maior número primo pra mostrar que, se nós ainda não tivemos chance de viajar pela galáxia, pelo menos já temos uma capacidade computacional bem razoável (veja mais na página 68). No final das mensagens, Yvan propõe algumas questões para os aliens: “Nós nos baseamos na idéia de que, se quisermos sobreviver aqui na Terra, temos de gerenciar eficientemente nossos recursos. As civilizações mais avançadas teriam tido o mesmo problema e poderíamos aprender com elas. Os ETs que responderem podem ser um povo que já viveu por muito tempo, ou seja: que soube manejar a sustentabilidade”.

Não é só Yvan que acredita nisso. Existem modelos sérios de “exo-sociologia” que tentam explicar como seria, afinal de contas, uma civilização anos-luz à frente de nós – em ambos os sentidos. A teoria exo-sociológica que ficou mais famosa, e serve para guiar astrônomos até hoje, foi criada pelo astrofísico russo Nikolai Kardashev. Para ele, as civilizações extraterrestres poderiam ser divididas em 3 tipos. O primeiro, que ele chama de K1, seria o nosso: relativamente primitivo, e confinado em termos cósmicos – ou seja, só consegue usar os recursos de seu planeta natal para obter energia.

O segundo estágio seria uma civilização que dominasse a energia de sua estrela – o físico americano Freeman Dyson sugeriu que algum povo avançado poderia usar uma espécie de cobertor sobre as estrelas para absorver energia e, de quebra, controlar melhor a luminosidade de seu sol.

Uma civilização K3 seria mais ou menos como o Império de Darth Vader, de Star Wars: uma potência que reina sobre os recursos de várias estrelas e planetas.
Tudo isso é mais ficção do que teoria científica para valer, mas tem sua lógica. Tanto que um grupo de astrônomos japoneses procura distúrbios na luminosidade de algumas estrelas para verificar a existência de um desses “cobertores” de Dyson. Sem sucesso ainda – como tem sido toda e qualquer tentativa de acabar com a nossa solidão, seja buscando vida em planetas parecidos com a Terra, seja em nossos vizinhos, seja com radiotelescópios. Frustrante? Talvez não.

A verdade está lá fora ?

Mesmo que seja infrutífera para sempre, a busca por vida e por inteligência extraterrestre não deixa de revelar alguma coisa. Se daqui a centenas de milhares de anos jogarmos a toalha, dizendo “Já vimos tudo. Acabou. Somos únicos na Via Láctea”, vamos saber que somos privilegiados por uma série de eventos fortuitos. Primeiro, o Sol mantém basicamente a mesma luminosidade há 4,5 bilhões de anos, algo raro; vivemos em uma vizinhança tranqüila da nossa galáxia, sem estrelas explodindo o tempo todo, como acontece em outras áreas; temos um planeta grande como Júpiter por perto para atrair cometas e meteoros que, de outra forma, bateriam aqui o tempo todo... Seria sorte demais? Essa é a hipótese da “Terra Rara”, batizada pelos astrônomos americanos Peter Ward e Donald Brownlee.
Outra linha para explicar por que não fizemos contato até agora vai por um caminho oposto. Defende que a vida pode, sim, ser bem comum. Inclusive a inteligente. Mas que talvez as civilizações tecnológicas não sobrevivam por muito tempo: mais hora menos hora acabam se autodestruindo. Foi o que imaginou o astrônomo Frank Drake: o Universo tem 13,8 bilhões de anos; a fase tecnológica da nossa civilização, só 100. E já temos armas nucleares para acabar com essa festa a qualquer momento. Se for assim em outros lugares, outras civilizações já tiveram tempo mais do que suficiente para dar cabo de si mesmas (veja aqui em cima). E não teríamos muita “gente” para conversar na galáxia. Pense nisso quando ouvir o silêncio da noite.
“Na verdade a absoluta falta de certeza sobre o que vamos encontrar em outros planetas é o que faz a procura especialmente interessante”, diz Yvan Dutil, que tem uma citação favorita para explicar o seu interesse. “Cristóvão Colombo viajou para o Novo Mundo disposto a achar especiarias, ouro e diamantes. Voltou com batata, tomate e milho. E isso é 50% de nossa alimentação hoje. O que nos impactou não foi o que procurávamos”, dizia o ex-diretor da Nasa Daniel Goldin sobre por que gastar dinheiro procurando vida extraterrestre. A verdade, seja ela qual for, está lá fora.
Uma lua especial
Distância: 44 anos-luz.
O astro grandão ali atrás é o Cancri 55 f, uma bola de gás inóspita. Mas ele pode ter um satélite com água líquida. E vida.
Planeta “vizinho”
Distância: 4,3 anos-luz.
Simulações de computador indicam que pode haver um planeta com as características da Terra na estrela mais próxima daqui, Alpha Centauri.
Trio de super-terras
Distância: 41,3 anos-luz.
Descobertos em 2008 na estrela HD 40307, estes 3 planetas terrestres são quentes demais para a vida, mas indicam que astros como o nosso são comuns por aí.
Terra gigante
Distância: 20,5 anos-luz.
Um planeta igual a este aqui, só que com 5 vezes mais massa e diâmetro 50% maior. Eis o principal candidato a abrigar alienígenas.

A Nebulosa Trífida




A Nebulosa Trífida é uma região HII, ou seja uma região composta de gás estelar e poeira onde recentemente, em termos astronômicos, começou formar novas estrelas.

Foto : A Nebulosa Laguna



A Nebulosa Laguna é uma gigantesca nuvem interestelar na constelação de Sagitário.

Foto : El Gordo é o maior aglomerado de galáxias do universo observável.



Lindo não ?

Você sabia ?



Os dias lunares são escaldantes e a noites extremamente frias. A temperatura superficial varia de -150º C a 120º C.


Foto : A Terra e a Lua vista de Mercúrio



Bela foto , não ?

O Planetário da Meia-Noite



The Midnight Planétarium” ou, em tradução livre, “O Planetário da Meia-Noite” é um relógio simplesmente extraordinário. Muito mais do que um simples relógio de pulso, o objeto é um feito incrível de engenharia e design. Além de mostrar o tempo, o relógio também exibe com precisão o movimento de seis planetas de nosso sistema solar à medida que eles orbitam o so

Você sabia ?



O Sistema Solar localiza-se a meia distância entre o centro e a borda do disco, na região do Braço de Órion, que na verdade trata-se somente de uma estrutura menor entre dois braços principais. Somente na Via Láctea temos entre 100 e 400 BILHÕES de estrelas.

Você sabia ?



Planetas, constelações e galáxias formam apenas 4% do universo. O resto é feito de matéria escura, um tipo estranho de matéria.

Você sabia ?



A cada hora, o universo se expande 1,6 bilhões de quilômetros (um bilhão de quilômetros em cada direção).

Foto : Nosso universo é incrível



Lindo não ?

Assim são os Asteróides



Asteroides são corpos menores do Sistema Solar, geralmente da ordem de algumas centenas de quilômetros apenas. É também chamado de planetoide. O termo "asteroide" deriva do grego "astér", estrela, e "oide", sufixo que denota semelhança.

NGC 7635



A NGC 7635, também conhecida como a Nebulosa da Bolha tem 6 anos-luz de largura e está se expandindo na velocidade de 7 milhões de km/h. A enorme e brilhante estrela que se destaca dentro da nebulosa, à direita, é a causa da expansão da nebulosa. Data da imagem: Outubro,2008, observatório de Starlodge, Ione, Califórnia, EUA.

Carta Celeste



Uma carta celeste é um mapa do céu noturno. Os astrônomos costumam dividi-las em grades para usá-las mais facilmente. São usadas para identificar e localizar objetos astronômicos como estrelas, constelações e galáxias, e têm sido usadas para a navegação humana desde tempos antigos. Uma carta celeste difere-se de um catálogo astronômico, que é uma lista ou uma tabulação de objetos astronômicos para um propósito particular. Um planisfério é um tipo de mapa celeste.

Estudo descobre que mundos de carbono podem não ter água



Impressão de artista que ilustra o destino de dois planetas diferentes: o da esquerda é parecido com a Terra, constituído principalmente por rochas de silicatos com oceanos à superfície. O da direita é rico em carbono - e seco. As hipóteses são baixas de que a vida como a conhecemos, que requer água líquida, prosperasse sob condições tão estéreis.

De acordo com pesquisa teórica financiada pela NASA, planetas ricos em carbono, os chamados planetas diamante, podem não ter oceanos. O nosso Sol é uma estrela pobre em carbono e, como resultado, o nosso planeta Terra é composto principalmente por silicatos, não carbono. Pensa-se que as estrelas que têm muito mais carbono que o Sol, por outro lado, fabriquem planetas repletos de carbono e, talvez, até camadas de diamantes. Ao modelar os ingredientes nestes sistemas planetários à base de carbono, os cientistas determinaram que não têm reservatórios de água gelada, que se pensa fornecer oceanos aos planetas.

"Os blocos de construção que entram no fabrico dos nossos oceanos são asteróides e cometas gelados," afirma Torrence Johnson do JPL da NASA em Pasadena, no estado americano da Califórnia, que apresentou os resultados numa assembleia da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronómica Americana no passado dia 7 de Outubro. Johnson, membro da equipa em várias missões planetárias da NASA, incluindo Galileu, Voyager e Cassini, passou décadas a estudar os planetas no nosso próprio Sistema Solar.
"Se acompanharmos estes blocos de construção, descobrimos que os planetas em redor de estrelas ricas em carbono estão secos," realça.

Johnson e colegas dizem que o carbono extra no desenvolvimento de sistemas estelares prende o oxigénio, impedindo-o de formar água. É irónico que se o carbono, o elemento principal da vida, torna-se demasiado abundante, rouba o oxigénio que teria composto água, o solvente essencial para a vida como a conhecemos," afirma Jonathan Lunine da Universidade de Cornell em Ithaca, Nova Iorque, um colaborador na pesquisa.

Uma das grandes questões no estudo de planetas para lá do nosso Sistema Solar, chamados exoplanetas, é saber se são ou não habitáveis. Os cientistas identificam tais planetas ao observar primeiro aqueles situados dentro da "zona habitável" em torno das suas estrelas-mãe, onde as temperaturas são quentes o suficiente para permitir água líquida à superfície. A missão Kepler da NASA já descobriu vários planetas dentro desta zona, e os investigadores continuam a analisar os dados do Kepler em busca de candidatos tão pequenos quanto a Terra.

Mas mesmo que um planeta se encontre nesta zona onde os oceanos poderiam, em teoria, existir, será que realmente existe água suficiente para molhar a superfície? Johnson e sua equipa abordaram esta questão com modelos planetários baseados em medições da relação carbono-oxigénio do nosso Sol. O nosso Sol, como as outras estrelas, herdou uma sopa de elementos do Big Bang e das gerações anteriores de estrelas, incluindo hidrogénio, hélio, nitrogénio, silício, carbono e oxigénio. O nosso Universo tem o seu próprio top 10 dos elementos," acrescenta Johnson, referindo-se aos 10 elementos mais abundantes no nosso Universo.

Estes modelos prevêem com precisão a quantidade de água presa sob a forma de gelo no início da história do nosso Sistema Solar, há milhares de milhões de anos, antes de fazer a viagem até à Terra. Pensa-se que os cometas e/ou asteróides sejam os principais fornecedores de água, embora os cientistas ainda debatam os seus papéis. De qualquer maneira, estes objectos começaram a sua viagem muito longe da Terra, para lá de um limite chamado "linha de neve", antes de colidir com a Terra e depositar água nas profundezas do planeta e à sua superfície.

Quando os cientistas aplicaram os modelos planetários às estrelas ricas em carbono, a água desapareceu. "Não há neve para lá da linha de neve," afirma Johnson. "Todos os planetas rochosos não são criados de forma igual," realça Lunine. "Os chamados planetas diamante do tamanho da Terra, se existirem, são totalmente estranhos: sem vida, mundos desérticos sem oceanos. Os resultados dos modelos computacionais que suportam estas conclusões foram publicados o ano passado na revista Astrophysical Journal. As implicações para a habitabilidade nestes sistemas foram o foco da reunião da Divisão de Ciências Planetárias.

Quantas dimensões existem no Universo?



A teoria de Einstein diz que são 4, mas há cientistas que falam em 11 ou mais. Afinal, quem é que está certo?

No início do século 20, a resposta para essa pergunta era tão óbvia quanto velha. Euclides, lá na Grécia antiga, já havia sacado que são 3 as direções possíveis para qualquer movimento: para cima (ou para baixo), para a esquerda (ou para a direita) e para a frente (ou para trás). Portanto, o espaço possui 3 dimensões. Fácil, não? Até que, em 1905, Einstein começou a bagunçar tudo. Nesse ano, ele fez 3 descobertas importantes e uma delas demonstrava que, ao contrário do que dizia a física até então, o espaço e o tempo não eram fixos e imutáveis.  Na verdade, eles eram flexíveis e manipuláveis, de modo que era possível, sob certas condições, encolher o tamanho de um centímetro ou esticar a duração de um segundo. E o pior: a modificação sobre um estava atrelada à transformação do outro. Ou seja: o tempo era, do ponto de vista físico, indistinguível do espaço. Com isso, deixou de ser possível falar em 3 dimensões – já que o tempo não podia mais ser colocado em uma gaveta distinta da das outras dimensões. Ficou claro que tudo era uma coisa só: um continuum espaço-tempo, como os físicos hoje adoram dizer.

O fim da velha geometria - Até aí, bastava incorporar o tempo, que até Euclides conhecia, à lista das 3 dimensões existentes. Mas Einstein fez questão de complicar as coisas quando, em 1915, conseguiu aprofundar sua Teoria da Relatividade. Ao estudar os movimentos acelerados, ele percebeu que a gravidade era nada menos do que uma distorção na geometria das 4 dimensões. Saía de cena a geometria euclidiana e vinha em seu lugar uma geometria não-euclidiana (em que a soma dos ângulos de um triângulo não necessariamente dá 180 graus e linhas paralelas podem se cruzar).

Não satisfeito em pôr de cabeça para baixo a geometria básica do Universo, Einstein decidiu que o passo seguinte era unificar a física toda num só conjunto de equações. Naquela época, em que ninguém conhecia ainda as forças que agiam dentro dos átomos, a tão sonhada unificação era apenas uma questão de costurar a relatividade (que explicava a gravidade) e o eletromagnetismo (responsável, como você pode imaginar, pelos fenômenos elétricos e magnéticos, ambos relacionados à partícula que aprendemos a chamar de elétron).

Dimensões ocultas - Einstein não foi muito adiante com seus esforços, mas outros foram inspirados por sua busca. Entre eles, dois se destacaram muito cedo: Theodor Kaluza e Oskar Klein. Trabalhando individualmente em meados da década de 1920, os dois perceberam que, se a relatividade geral fosse reescrita para acomodar 5 dimensões, em vez de 4, as equações do eletromagnetismo brotavam naturalmente dela. Mas tinha um probleminha: até onde se pode ver, o Universo não tem 5 dimensões, apenas 4. Klein, em 1926, sugeriu que não podíamos ver a 5a dimensão porque ela estaria enrolada em si mesma, como um tubinho minúsculo.

De lá para cá, outras forças que agiam no interior do átomo foram descobertas e, por algum tempo, a idéia de dimensões extras foi esquecida. Foi então que surgiu a Teoria das Supercordas – a noção de que as partículas que compõem o Universo poderiam ter a forma de cordas vibrantes (com cada vibração dando as características da partícula). Os físicos desconfiam que, a partir dessa premissa, seria possível descrever todos os componentes da natureza numa única teoria – mas só se o Cosmos possuísse nada menos que 26 dimensões.

Uma dimensão enrolada escondida, vá lá. Mas quem vai acreditar em 22 dimensões escondidas? Como explicar que 4 dimensões são aparentes e as outras todas ficam ocultas? Pois é, como os próprios físicos achavam essa idéia difícil de engolir, começaram a trabalhar numa forma de reduzir o número de dimensões necessárias. Hoje eles já conseguiram fechar com 10 ou 11 dimensões – e muitos pesquisadores acreditam que o número não vai cair muito mais que isso. Ou seja, se a Teoria das Supercordas estiver certa, o Universo deve estar cheio de dimensões enroladas e, portanto, invisíveis.