Quando olhamos para o espaço, são os pontos brilhantes que tendem a se destacar e nos intrigar. Para comprovar, basta fazer uma reflexão rápida: quando você está em um campo, isolado da vida urbana, olhando para o céu noturno sem nuvens, você fica maravilhado com as estrelas ou pensa no espaço negro entre elas?
Porém, por mais que não dediquemos tanta atenção a ela, a escuridão lá fora também é incrível – particularmente um ponto a 16 mil anos-luz de distância. Lá foi registrada a mais profunda escuridão já avistada na história da astronomia.
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A imagem acima, fruto de uma parceria entre a NASA e a Universidade de Zurique, mostra o ponto exato, em meio a uma multidão de luzes. Tal escuridão seria cortesia de sombras do que a NASA chama de uma série de aglomerados cósmicos, compostos por uma combinação de gás incrivelmente densa.
Ok, estamos vendo uma foto com uma parte absolutamente preta, mas o que isso significa? Quão denso é esse espaço aparentemente vazio? Segundo a agência espacial norte-americana, tal ponto é suficientemente denso para ter uma massa equivalente a 70 mil dos nossos sóis todos reunidos em uma área com um diâmetro de 50 anos-luz.
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No entanto, em uma jogada bem equilibrada da natureza, essas mesmas nuvens responsáveis pela escuridão também garantem que ela não dure por muito tempo. Os cientistas preveem que os aglomerados cósmicos irão evoluir para um superaglomerado incrivelmente brilhante e maciço de estrelas jovens.
Para os pesquisadores responsáveis, tal descoberta fornece um tipo de informação muito importante sobre a formação destes superaglomerados de estrelas, já que mostra um deles em fase embrionária. Além disso, também pode dar dados sobre a formação de estrelas tipo-O, que emitem uma luz azulada, possuem pelo menos 16 vezes a massa do sol e têm temperaturas de superfície acima de 30 mil graus Celsius. Estas estrelas têm grande influência sobre as vizinhanças galáticas, já que seus ventos e radiação intensas afastam quaisquer materiais que poderiam se unir e vir a gerar novos corpos celestes ou sistemas planetários.
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As observações foram feitas com o telescópio Spitzer e o estudo, desenvolvido por um grupo de cientistas liderado por Michael Butler, da Universidade de Zurique, foi publicado na revista Astrophysical Journal Letters.
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