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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Como os cientistas conseguem medir a velocidade de rotação de pulsares que giram tão rápido e tão longe?

 

(Imagem genérica de um pulsar, destacando seu campo magnético, seu eixo de rotação e os feixes de radiação emitidos pelos polos. Observe que o eixo de rotação não fica alinhado aos feixes).

Acontece que quando esses feixes cruzam a linha de visão da Terra, nós conseguimos detectar um pulso de radiação através de certos tipos especiais de telescópios e detectores de ondas gravitacionais, da mesma forma que um marinheiro pode registrar o intervalo entre a passagem da luz de um farol quando ela está apontada em direção ao seu navio!

(Observatório de Green Bank, o maior radiotelescópio do mundo, amplamente utilizado pelos astrônomos para registrar emissões de pulsares e outros corpos astronômicos).

Como a rotação de um pulsar é extremamente estável, os pulsos chegam em intervalos regulares, nos permitindo calcular o período de rotação de determinado pulsar. Desse modo, mesmo pulsares extremamente rápidos, como o PSR B1937+21, cuja frequência é de incríveis 642 Hz (642 rotações por segundo!!!) , podem, com o equipamento certo e o auxílio de relógios atômicos, ter sua velocidade angular (ω) calculada facilmente através da fórmula ω=2×π×f , em que representa a frequência, com variações de medição ridiculamente pequenas!

(O primeiro pulsar de milissegundo já descoberto, o PSR B1937+21 também detém o recorde de produzir a emissão de rádio mais brilhante já descoberta. Além disso, também era considerado o pulsar mais rápido de todos até que, em 2004, foi desbancado pelo PSR J1748–2446ad, cuja frequência de 716 Hz se traduz em uma velocidade de rotação no seu equador de, aproximadamente, 70.000 km/s (24% da velocidade da luz), tornando-o um dos objetos com massa mais rápidos do universo! ).


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