Em primeiro lugar deveria ser perguntado é porque levou tanto tempo.
Afinal a Teoria da Relatividade Geral foi publicada em 1915 e a primeira deteção direta de ondas gravitacionais foi em Setembro de 2015 pelo Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro Laser (Laser Interferometer Gravitational-Wave Observatory — LIGO).
O sinal, denominado GW150914, foi produzido pela colisão de dois buracos negros localizados a 1,3 mil milhões de anos-luz de distância. Um fenómeno astronómico extremamente poderoso e energético.
Acontece que a influência gravítica decresce com o quadrado da distância.
As ondas neste caso 'distorceram' o espaço-tempo e os comprimentos medidos pelo Observatório LIGO numa dimensão da ordem de grandeza dum núcleo atómico.
Mas foram finalmente detetadas.
Só que um século depois da previsão.
Acresce que estes Observatórios (dois originais nos EUA e agora mais dois, um no Japão e outro na Itália) que medem pequeníssimas distorções do espaço-tempo (as chamadas ondas gravitacionais) por interferometria laser, têm que ser muitíssimamente bem isolados de todas as perturbações e vibrações para poderem atingir tal precisão.
Por exemplo, um carro passando numa estrada a vários quilómetros de distância gera uma tal perturbação que torna as observações impossíveis.
Se a Teoria da Relatividade Geral foi um monumental feito da ciência, a deteção de ondas gravitacionais foi um monumental feito da engenharia.
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