Inércia.
Quando você está dirigindo em uma rodovia a 120 km/h, não há qualquer sensação que expresse essa velocidade em seu corpo — nenhum frio na barriga, nenhuma pressão no peito, nada. Você simplesmente se move pelo espaço (e vê o espaço ao redor se movendo pelos olhos). O mesmo ocorre quando estamos a 300 km/h de trem ou a 1.200 km/h de avião, pois estamos nos movendo na exata mesma velocidade.
Analisando o universo ao nosso redor, constatamos que:
- Mesmo imóvel em sua cadeira, lendo essa mensagem no computador, você está em um ponto da Terra que se move a 0,465 km/s (~1.675 km/h)— você percorreu toda a distância entre Curitiba e Manaus na duração daquele filminho e nem sabia;
- Já o nosso planeta gira ao redor do sol à velocidade aproximada de 30 km/s (~108.000 km/h);
- O sol se encontra no aro interno do braço de Órion, no Cinturão de Gould, a 25~28 mil anos-luz do centro da galáxia, girando ao seu redor a aproximadamente 251 km/s (~903.600 km/h);
- A Via Láctea, por sua vez, está se movendo com relação à radiação cósmica de fundo e em direção à constelação Hidra com uma velocidade de 370 km/s (~1.332.000 km/h);
- A cada segundo que se passa, estamos nos deslocando em centenas (senão milhares) de quilômetros — dá uma nova perspectiva à vida, não é mesmo?
Talvez, não seja possível sentir a nossa movimentação pelo universo ao nosso redor, mas ela está lá: basta olhar para o céu estrelado à noite, e você poderá contemplar a beleza de milhares de estrelas e galáxias passeando pelo horizonte e nos ensinando que, como Galileu uma vez nos disse, “eppur si muove”.
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