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sábado, 10 de agosto de 2024

Como sabemos que existem outras galáxias?

 Esta é uma fotografia da galáxia Andrômeda:

Galáxia Andrômeda

Não é tão impressionante assim, né? É porque esta foto foi feita em 1888, trinta e cinco anos antes de sabermos o que é uma galáxia. Ao invés disso, era classificada como "nebulosa espiral”. Esta, especificamente, foi chamada de Messier M31 por Charles Messier, na versão preliminar de 1771 de seu famoso catálogo de objetos celestes.

Foi só em 1923 que Edwin Hubble começou a conseguir imagens como esta:

A Descoberta das Galáxias (em inglês)

Hubble não apenas conseguiu provar que esta "nebulosa espiral", M33, continha estrelas individuais, como conseguiu identificar um tipo específico de estrela, as variáveis Cefeidas, marcadas na fotografia.

Variáveis Cefeidas são úteis porque pulsam. O brilho de uma estrela Cefeida se relaciona diretamente a quão rápido ela pulsa. Hubble, medindo a pulsação, podia então determinar o quão brilhante a estrela deveria ser (se estivesse próxima de nós), e medir o quão brilhante ela aparentava ser (como estava muito distante, seu brilho era muito menor). Esta diferença lhe permitiu calcular o quão distante elas estavam.

Hubble percebeu que as estrelas desta "nebulosa espiral" estavam muito mais distantes do que as estrelas mais distantes que conhecíamos. Foi esta informação que o fez deduzir que aquelas estrelas estavam agrupadas em outras galáxias.

Hubble, então, percebeu que quanto mais próxima da parte vermelha do espectro a luz emitida por estas galáxias estava, mais distante ela tinha sido originada. O desvio ao vermelho, descobriu-se, estava relacionado à velocidade com que as galáxias estavam se afastando de nós. Este desvio, posteriormente, também foi utilizado para determinar a distância entre as galáxias.

LEGENDA: Dados de Hubble (1929) / Velocidade de Recessão (quilômetros por segundo) / Distância (megaparsecs)

Astronomy 1101 (em inglês)

Então, ao vermos uma grande quantidade de estrelas pouco brilhantes e com um grande desvio para o vermelho, sabemos que elas pertencem a uma galáxia em particular que está muito, muito distante daqui.

Estas informações também foram capazes de criar um mapa que mostra a distribuição da matéria escura, delineando "bolhas" de matéria em escala cosmológica…

LEGENDA: Declinação / R.A. / 0,1 / Profundidade (desvio para o vermelho) / 1,0

Astrônomos Usam Novos Dados para Criar um Extraordinário Mapa da Matéria Escura (em inglês)

…e criar simulações que nos mostram como imaginamos que estas bolhas de matéria escura deveriam se aglutinar:

Pesquisa Revela Detalhado Mapa de Matéria Escura do Universo

Temos, também, mapeamentos em infravermelho das galáxias do universo:

http://tdc-www.harvard.edu/2mrs/...

Na imagem acima, cada ponto é uma galáxia codificada por cor em relação a seu desvio ao vermelho. O mapa mostra em torno de 44.000 galáxias relativamente próximas da nossa.

Com os instrumentos que temos hoje em dia é bem fácil perceber que o universo é cheio de galáxias além da Via Láctea.

O Campo Ultra Profundo do Hubble

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