Desde a inauguração, em 2016, o “Olho do Céu” da China já identificou mais de 900 novos pulsares. A informação é da agência estatal de notícias Xinhua.
Localizado em Guizhou, uma província montanhosa no sudoeste do país, o Telescópio Esférico de Rádio de Abertura de 500 metros (FAST), como é formalmente denominado, é o maior e mais sensível radiotelescópio do mundo, além de ser o único telescópio gigante de prato individual em todo o planeta.
Foto panorâmica aérea tirada em 23 de junho de 2023 mostra o Radiotelescópio Esférico de Abertura de Quinhentos metros (FAST) na província de Guizhou, sudoeste da China. Crédito: Xinhua/Ou Dongqu
Ocupando uma área de recepção igual a 30 campos de futebol padrão, o equipamento, que é capaz de detectar ondas de rádio fracas de pulsares e materiais em galáxias distantes, custou US$171 milhões (algo em torno de R$895 milhões, na cotação atual).
Segundo Han Jinlin, cientista dos Observatórios Astronômicos Nacionais da Academia Chinesa de Ciências (NAOC), o número de novos pulsares descobertos pelo equipamento é mais de três vezes o número total de pulsares descobertos por outros telescópios espalhados pelo mundo no mesmo período.
Jinlin revelou que entre os pulsares descobertos pelo FAST estão mais de 120 pulsares binários, mais de 170 pulsares de milissegundos e 80 pulsares fracos e intermitentes.
A observação de pulsares é uma tarefa importante para o FAST, que pode ser usada para confirmar a existência de radiação gravitacional e buracos negros, e ajudar a encontrar respostas para muitas outras questões importantes da física.
Nos últimos anos, o FAST alcançou notável sucesso no estudo de rajadas rápidas de rádio, hidrogênio neutro e pulsares, expandindo consideravelmente o escopo da exploração humana do universo.
Em 2023, o telescópio identificou um pulsar binário com um período orbital de 53 minutos, o período mais curto conhecido para um sistema pulsar binário, e encontrou evidências importantes para a existência de ondas gravitacionais de nanohertz, entre outras conquistas notáveis.
Jiang Peng, engenheiro-chefe do FAST, disse que os membros da equipe empregam todos os esforços para melhorar cada vez mais o desempenho do telescópio. Atualmente, o tempo de observação anual do equipamento é de cerca de 5.300 horas, desempenhando um papel importante na produção contínua de realizações na pesquisa científica.
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