Desde que o Telescópio Espacial James Webb (JWST) iniciou suas operações científicas, em julho desse ano, uma série de imagens foi divulgada. Algumas chamam a atenção pelo recorde que representam, enquanto outras surpreendem pela beleza e riqueza em detalhes.
Confira algumas das maiores observações feitas pelos cientistas até agora:
Foto mais detalhada do Universo
Imagem: NASA, ESA, CSA, and STScI/Reprodução
O dia 11 de julho foi um grande marco para os cientistas. Na data, a NASA mostrou ao mundo a imagem mais detalhada já feita do Universo, que aponta para uma região com aglomerados de galáxias massivas conhecida como SMACS 0723.
Não foi a primeira vez que o James Webb proporcionou um vislumbre dessa área. Na verdade, uma prévia da foto já havia sido divulgada pela agência espacial no início de julho, embora fizesse parte apenas de um teste de estabilidade do maquinário, sem fins científicos.
A foto de campo profundo, como é chamada, chama a atenção pela idade das galáxias vistas ali. Algumas delas estão a mais de 13 bilhões de anos-luz de distância, apontando para os primórdios do Universo. O James Webb é capaz de enxergar no espectro infravermelho, o que permite que ele capte tais objetos distantes.
Galáxia mais antiga já detectada
Galáxia mais antiga já detectada possui 13,8 bilhões de anos. Imagem: Monthly Notices of the Royal Astronomical Society/Reprodução
Esse é um tópico sujeito a mudanças – inclusive, isso já aconteceu. O principal objetivo do telescópio é enxergar o passado, olhando para algumas centenas de milhares de anos após o Big Bang. Consequentemente, é comum que ele traga imagens das estrelas e galáxias mais antigas já detectadas.
Primeiro, o James Webb olhou para a GLASS-z13, localizada a 13,4 bilhões de anos-luz de distância. Ela foi então considerada pelos cientistas como a galáxia mais antiga já vista no Universo.
Mas as mudanças podem ocorrer de forma rápida. Agora, um novo estudo que também usa dados do telescópio sugere que a galáxia mais antiga seja a chamada CEERS-93316, localizada a 13,8 bilhões de anos-luz de distância. O novo artigo está disponível no repositório de acesso livre arXiv.
Estrela mais antiga já vista
Estrela Earendel capturada pelo James Webb. Imagem: NASA, ESA, CSA e STScI/Reprodução
Outro recorde para o Webb: o telescópio foi capaz de capturar a estrela mais antiga já vista no Universo, localizada a 12,9 bilhões de anos-luz da Terra. Aerendel, como foi chamada, está localizada dentro da galáxia de Sunrise Arc.
Não é a primeira vez que cientistas a enxergam no espaço. O Telescópio Espacial Hubble já havia detectado o astro, embora o nível de detalhes da imagem feita por ele seja inferior. Ambas as observações ocorreram em 2022.
Primeira supernova
Série de imagens mostra explosão de estrela em supernova. Imagem: STScl/Reprodução
O James Webb foi capaz de capturar a imagem de uma supernova – explosão estelar – que ocorreu entre 3 e 4 bilhões de anos-luz da Terra. Esse não é um evento tão antigo quando comparado aos citados acima. O que o torna tão especial?
Basicamente, o fato de o telescópio não ter sido programado para isso. A imagem da supernova foi feita acidentalmente, mas aponta para a capacidade do maquinário de capturar tais eventos regularmente, incluindo aquelas estrelas que explodiram nos primórdios do Universo.
Cientistas acreditam que as primeiras estrelas do Universo eram constituídas, principalmente, por hidrogênio e hélio. O trabalho do Webb pode ajudar a sanar diversas dúvidas, indicando a diferença entre os astros ancestrais e modernos.
Galáxia Cartwheel
Foto tirada pelo James Webb mostra evolução da galáxia Cartwheel. Imagem: NASA, ESA, CSA, STScI/Reprodução
Por fim, mas não menos importante, temos a galáxia Cartwheel. O sistema, que recebe esse nome devido ao seu formato parecido com a roda de um carro, é resultado da colisão entre duas galáxias.
O choque entre gigantes ocorreu há cerca de 400 milhões de anos. A área mais brilhante de Cartwheel abriga aglomerados de estrelas jovens, enquanto o anel externo possui astros se formando e outros explodindo em supernovas. Os tons vermelhos representam poeira rica em hidrocarbonetos.
Fonte: Gizmodo Brasil
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