Cientistas usaram dados da sonda New Horizons da Nasa para medir o quão realmente escuro é o universo. Essas novas medições mostram que as galáxias invisíveis podem estar emitindo muito mais luz do que se imaginava.
Para não ter nenhuma interferência dessas luzes, a equipe usou a sonda espacial da missão New Horizons e captou imagens mais próximas de Plutão e do objeto Arrokoth do Cinturão de Kuiper, longe o suficiente da luz zodiacal. A New Horizons experimenta um espaço dez vezes mais escuro do que o espaço mais escuro acessível ao Hubble.
O estudo foi realizado por astrônomos de diversas instituições norte-americanas e foi aceita para publicação no The Astrophysical Journal. A equipe buscou medir o fundo ótico cósmico, que é equivalente a luz visível do mais conhecido fundo cósmico de micro-ondas: o fraco brilho residual do próprio Big Bang, antes da existência das estrelas.
Mas mesmo assim, foi necessário a correção de diversos fatores. Os pesquisadores tiveram que subtrair a luz das galáxias que deveriam existir, que são muito fracas para serem identificáveis. Outra correção, a mais desafiadora, foi remover a luz das estrelas da Via Láctea que foi refletida na poeira interestelar para a câmera.
De acordo com os estudiosos, as luzes extras detectadas podem ser de uma abundância de galáxias anãs no universo relativamente próximo e que não sejam detectáveis. Ou os halos difusos de estrelas que circundam as galáxias podem ser mais brilhantes do que o esperado. Ou talvez uma população de estrelas intergalácticas espalhadas pelo cosmos. A hipótese mais intrigante para os cientistas é que possa haver muito mais galáxias distantes e fracas do que as teorias sugerem.
Tudo isso ainda continua sendo um mistério. Mas o próximo telescópio espacial James Webb da Nasa pode ajudar a desvendá-lo. Três vezes mais sensível que o Hubble, o equipamento tem lançamento previsto para outubro.
Nenhum comentário:
Postar um comentário