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sábado, 14 de novembro de 2015

Planeta GJ 1214b



Uma equipe de cientistas da Universidade de Washington e da Universidade de Toronto são os primeiros a simular nuvens exóticas em 3D na atmosfera de um exoplaneta. O objeto em questão, é o GJ 1214b, um exoplaneta chamado de mini-Netuno que foi descoberto, seis anos atrás pelos astrônomos no Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics.

Também conhecido como Gliese 1214b, esse mundo tem cerca de 2.7 vezes o diâmetro da Terra e uma massa quase 7 vezes maior que a massa do nosso planeta. Ele está localizado a 52 anos-luz de distância na constelação de Ophiuchus.

O planeta orbita a estrela anã vermelha, GJ 1214, a cada 38 horas, a uma distância de 1.3 milhões de milhas.De acordo com estudos prévios, o planeta tem uma atmosfera rica em água ou hidrogênio com nuvens externas.

“Deve existir altas nuvens ou uma névoa orgânica na atmosfera – como nós observamos em Titã. Sua temperatura atmosférica excede o ponto de fusão da água”, disse o Dr. Benjamin Charnay, um dos membros da equipe da Universidade de Washington. “Como resultado, se o GJ 1214b, suportar nuvens, elas provavelmente são formadas de sal. Mas essas nuvens deveriam se formar em regiões profundas da atmosfera, muito mais baixo do que a altitude onde elas são observadas”.

O Dr. Charnay e seus colegas modelaram como as nuvens poderiam se formar na baixa atmosfera do GJ 1214b e então subir para a atmosfera superior com circulação suficiente. Para realizar isso, a equipe usou um modelo climático chamado de 3D General Circulation Model. Ele mostrou como o GJ 1214b poderia criar, sustentar e erguer nuvens de sal na atmosfera superior.

O modelo também faz previsões específicas sobre os efeitos que essas nuvens terão no clima do planeta e os tipos de informação que os futuros telescópios como James Webb serão capazes de adquirir.

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