Mesmo que AE Aurigae seja apelidada de estrela flamejante, que a nebulosa envolvente IC 405 seja chamada informalmente de Nebulosa da Estrela Flamejante e, ainda mais, que a região celeste apresente uma cor de fogo, não há fogo algum. O fogo, por definição, exige a reação molecular entre um elemento combustível com o oxigênio. O fogo acontece somente quando há oxigênio suficiente presente juntamente com combustível e alguma energia suficiente para permitir a ignição. Contudo, isso não é necessário em ambientes altamente energéticos, com baixo teor de oxigênio que encontramos no interior das estrelas. O material que se parece com fumaça é composto basicamente de hidrogênio interstelar, completado com filamentos enegrecidos de grãos de poeira cósmica ricos em carbono. A brilhante estrela AE Aurigae, visível à direita próxima ao centro da nebulosa é tão quente que é azul, emitindo uma radiação tão energética (ultravioleta) que extirpa os elétrons do gás envolvente, ionizando-o.
Quanto um próton recaptura um elétron, luz é emitida e irradiada através nebulosa de emissão. Na imagem em destaque acima, a Nebulosa da Estrela Flamejante reside a uma distância de 1.500 anos luz da Terra e tem um diâmetro estimado em 5 anos luz. IC 405 pode ser visualizada a partir de telescópios de menor porte na direção da constelação de Auriga. Abaixo, essa espetacular imagem da estrela AE Aurigae e sua nebulosa vizinha IC 405 foi capturada pelo telescópio de 0,9 m em Kitt Peak pertencente a National Science Foundation através da câmera ‘NOAO Mosaic CCD’. AE Aurigae se destaca como a estrela mais brilhante azul no centro da imagem. Esta composição em cores falsas usou linhas de emissão de três elementos: Hidrogênio-alpha (amarelo), Oxigênio III [OIII] (violeta) e Enxofre II [SII] (azul).
Nenhum comentário:
Postar um comentário