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sábado, 10 de março de 2012

Encontrados indícios de impactos extraterrestres




Uma equipe internacional de 16 membros, incluindo o professor James Kennet, identificou uma camada fina de sedimentos escuros com quase 13 mil anos, enterrada no lago Cuitzeo, no centro do México. A camada contém um estranho conjunto de materiais, incluindo nanodiamantes, pequenas esferas de impacto e outras coisas que, de acordo com os pesquisadores, são o resultado de um corpo cósmico se chocando com a Terra.
Esses novos dados são últimos a dar suporte para a controversa hipótese de que um grande impacto cósmico com a Terra aconteceu há 12.900 anos.
Conduzindo uma série de testes, os pesquisadores identificaram uma família de nanodiamantes, incluindo uma forma chamada de lonsdaleita, que é única no caso de impactos cósmicos. Eles também encontraram esferas que colidiram em alta velocidade com outras esferas durante o impacto. De acordo com Kennett, essas características não poderiam aparecer de forma natural, terrestre. “Esses materiais se formam apenas com impacto cósmico”, afirma.
Os dados sugerem que um cometa ou asteroide – provavelmente grande, com mais do que várias centenas de metros de diâmetro – entrou na nossa atmosfera com um ângulo relativamente baixo. O calor do impacto queimou a biomassa, derreteu as rochas superficiais e causou uma grande perturbação territorial. “Esses resultados estão relacionados com outras descobertas na América do Norte de mudanças abruptas no ecossistema, grande extinção da fauna e redução da população”, explica Kennett.
A cama de sedimentos identificada pelos pesquisadores tem a mesma idade que outras de inúmeras localizações pela América do Norte, Groenlândia e Europa Ocidental. A descoberta atual amplia o conhecimento sobre os nanodiamantes.
No histórico geológico completo, existem apenas duas camadas continentais conhecidas com abundância de nanodiamantes e esferas de impacto. Elas correspondem há 65 milhões de anos, período de grandes extinções. O outro evento conhecido foi o de 12.900 anos atrás, também com muitas extinções de animais.
“O tempo do impacto coincide com as mudanças ambientais mais extraordinárias no México e na América Central nos últimos 20 mil anos”, afirma Kennett. “Essas mudanças foram grandes, abruptas e sem precedentes, e foram identificadas por investigações anteriores”. 

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