Ele tem um enorme diâmetro de 530 quilômetros (cerca de um quarto da lua), uma superfície dominada por crateras e uma série de características rochosas que lembram a Terra. Por estes motivos, astrônomos ainda se perguntam se devem mesmo classificar o asteroide Vesta (segundo maior asterioide conhecido) neste grupo de corpos espaciais.
Descoberto em 1807, o asteroide Vesta só passou a ser estudado mais aprofundadamente duzentos anos depois, quando a NASA lançou ao espaço a sonda Dawn. Em julho do ano passado, o veículo entrou na órbita do Vesta, e ficará por um ano fazendo a exploração do asteroide.
Os astrônomos têm razões para acreditar que o Vesta pode estar em uma “fase de transição” para se tornar um protoplaneta (um planeta ainda em fase de formação, geologicamente falando). A composição superficial do asteroide, conforme apuraram os cientistas, está em fase de mudanças.
Um dos critérios adotados para esta asserção é a topografia. Em planetas como a Terra, a topografia representa apenas 1% do raio. Isso significa que a cratera mais profunda mede duzentas vezes menos do que o diâmetro do planeta. Na maioria dos asteroides, que têm formato irregular, as crateras medem 40% do raio, ou mais. No Vesta, a topografia representa apenas 15%; ou seja, estaria mais para planeta do que para asteroide.
Outros indícios geológicos apontam nesta direção. A partir de um estudo da sua superfície, os astrônomos acreditam que o Vesta possa ter experimentado colisões com outros componentes do espaço em um passado recente. Além disso, há evidências de que já possa ter havido atividade vulcânica no asteroide, algo que definitivamente o colocaria como um futuro planeta.
A sonda Dawn deve ficar ao redor do Vesta até julho deste ano. De lá, partirá para o único “asteroide” de tamanho maior do que ele: o planeta anão Ceres, onde a nave deve chegar em abril de 2015.
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