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sábado, 10 de março de 2012

Como a busca por outros planetas revolucionará a vida na Terra


Em algum lugar das nossas mentes está uma pergunta que gostaríamos muito de ter a resposta: o que á a vida e como ela surgiu?
O astrofísico Dimitar Sasselov argumenta que estamos no limiar de conseguir responder essa pergunta, e seu entusiasmo é contagiante.
Sasselov cita duas evoluções principais. A primeira não é surpresa para os leitores do Hype: a descoberta de planetas fora do nosso sistema solar. O total já está além dos 700, e aumenta a cada dia. Raramente, na história da ciência, um campo avançou tão rápido.
E crucial para responder a pergunta misteriosa é certo tipo de exoplaneta: a super Terra. Nós nunca suspeitamos de sua existência porque, em nosso sistema solar, com seus planetas rochosos e gigantes de gás, esses corpos são ausentes.
Para Sasselov, essas super Terras são a chave. Elas são ainda mais atraentes para a vida do que nosso planeta. Elas têm uma superfície relativamente pequena para a média de volume, o que permite armazenar melhor o calor. Isso as torna mais aptas a possuírem as placas tectônicas necessárias para evitar vulcões perigosos, ao estilo Venusiano. Se nascidas com gelo suficiente, as super Terras podem ter oceanos ainda maiores em suas superfícies, dez vezes mais profundos do que os nossos. Pense nisso como habitats.
Mas para Sasselov, ainda mais importante é que a temperatura superficial desses planetas permitiria que grandes moléculas sobrevivessem por longos períodos de tempo, com a concentração necessária para a química da vida.
Qual química? Aqui entra o segundo ponto crucial: vida sintética. Basicamente, a criação de um sistema químico capaz das funções vitais principais. De acordo com o autor, esse campo vai permitir que se explore os limites da biologia, do específico para o geral. As super Terras vão nos ensinar sobre os ambientes químicos para a vida alienígena, o que vai ajudar aqueles que procuram a vida sintética.
E o resultado de tudo isso? Conhecer-nos, obviamente. Somente conhecendo o que é possível, podemos entender como a vida aconteceu na Terra e adquiriu suas características. Sasselov parafraseia T. S. Eliot: “Nunca podemos para de explorar. E o fim de toda nossa exploração será chegar onde começamos e conhecer esse local pela primeira vez”


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