Europa, a lua gelada de Júpiter, não tem um, mas dois dos requisitos básicos essenciais para a existência da vida. Há décadas cientistas têm um vasto conhecimento sobre o oceano escondido sob a superfície da lua – um possível lar para organismos vivos – e agora, um estudo mostra que o oceano recebe regularmente influxos de energia necessários para a vida, através de processos caóticos perto da superfície da lua.
Britney Schmidt, geofísico da Universidade do Texas e líder do estudo, explicou que sua equipe estudou plataformas de gelo e vulcões subterrâneos na Terra para compreender a formação de características ímpares chamadas de “terrenos caóticos” que aparecem em toda a lua Europa.
Lagos dinâmicos, que derretem e voltam a congelar ao longo de centenas de milhares ou milhões de anos, se encontram em posição inferior a 50% da superfície de Europa.
O oceano de água líquida satisfaz um dos requisitos essenciais para a vida. O segundo requisito crucial, que é a exigência de energia, também está presente na lua.
Cientistas acreditam que a vida na Terra se originou depois que algum tipo de energia entrou em contato com o oceano – talvez um relâmpago. E durante os 3,8 bilhões de anos desde então, a existência da vida tem dependido continuamente da energia do sol.
Sem sol, o mar subterrâneo de Europa iria precisar de alguma outra fonte de energia para sustentar a vida. Recentes observações de sonda mostram que há uma enorme quantidade de energia rica em minerais armazenada na crosta de Europa, mas ela é separada do oceano líquido das profundezas em pelo menos 10 quilômetros de gelo. Como os dois terminais de uma bateria, a energia pode fluir do material da superfície para o oceano somente se os dois estiverem ligados de alguma forma.
No entanto, a vida na Europa não é algo certo por enquanto. Afinal, água e energia não são os únicos ingredientes necessários para a verificação da existência vida, e os cientistas ainda não têm certeza se a Europa tem outros fatores que possibilitem a vida, como produtos químicos orgânicos .
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