Sabia que o velcro foi inventado graças à viagem do homem rumo ao universo? Conheça mais sobe a corrida espacial e para qual planeta caminha a humanidade.
Há quem questione. O homem chegou à Lua? De acordo com a Nasa, Agência Espacial Americana, ele colocou as solas nela. E, como se não bastasse, em 2037 está de viagem marcada para Marte. O universo ainda ficará pequeno para tanta conquista que começou com a corrida espacial na década de 1950. Trazendo, além de mais conhecimento dos céus, tecnologia para o dia-a-dia.
Com o final da II Guerra Mundial, em 1945, os Estados Unidos e a antiga União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) iniciaram uma rivalidade bélica para garantir suas áreas de influência no mundo. Esse período ficou conhecido como Guerra Fria por não ter ocorrido confronto direto entre as duas nações. Mesmo assim, até 1989, data da queda do Muro de Berlim, o clima era tenso. Afinal, ambas as potências disputavam armamentos e, consequentemente, tecnologia.
Corrida espacial
A Guerra Fria foi, sem dúvida, um período de competição entre as duas nações pela conquista espacial, conta Duilia de Mello, pesquisadora associada do Goddard Space Flight Center, da Nasa, e professora da Universidade Católica de Washington, nos Estados Unidos. Quando os soviéticos enviaram o primeiro satélite ao espaço, o Sputnik em 4 de outubro 1957, superaram os americanos por apenas alguns meses. O satélite americano Explorer 1 foi lançado em 31 de janeiro de 1958, explica.
O lançamento do esférico Sputnik marcou o início da Era Espacial. Ele transmitia ondas curtas captadas por rádios, pesava 83,6 kg e completou 1440 voltas ao redor do Planeta Água durante 92 dias. No mesmo ano de 1957, os antigos soviéticos lançaram para a órbita da Terra a cadela Laika dentro de uma cápsula. Ela faleceu após a missão ser alcançada com sucesso. Mas os Estados Unidos resolveram entrar na briga para valer. Em outubro de 1958, criaram a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) para tratar exclusivamente de assuntos relacionados ao espaço.
Desse modo, outros cachorros foram enviados e trazidos de volta com vida. Até que, em 1959, os soviéticos foram mais longe. Enviaram uma sonda até o solo lunar. Dois anos depois, em 12 de abril 1961, o soviético Yuri Gagarin se torna o primeiro homem a ir ao espaço. Logo em seguida, no dia 5 de maio do mesmo ano, o americano lan Shepard também vê a Terra do alto. O que não era o bastante. Em 1961, o então presidente americano John Kennedy anunciou que o próximo passo do homem seria dado na Lua.
E, assim, o fez. Em 20 de julho de 1969, às 23 horas, 56 minutos e 20 segundos de Brasília, o astronauta americano Neil Armstrong marca o solo lunar. Proferiu: "Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a humanidade". A nave Apolo XI, que levava o astronauta e seus colegas Edwin Aldrin e Michael Collins, saiu da Terra dia 16 do mesmo mês. Missão cumprida. Já que, dois anos antes, a Apolo I explodiu na plataforma - durante testes que antecipariam seu lançamento - matando os três tripulantes.
Velcro para o espaço
Afinal, por que o homem deixou de ir para a Lua? Além de caro, a população perdeu o interesse pelas idas à Lua que pareciam rotina. Apesar de termos pisado nela apenas seis vezes. Como a Nasa é governamental, se o contribuinte não está mais interessado, não se justifica o investimento, diz Duilia. Para se ter uma ideia, apenas no projeto da Apollo foi investido 50 bilhões de dólares.
Porém tanto dinheiro jamais seria queimado no atrito da atmosfera. O investimento trouxe novas tecnologias, daquelas avançadas aos itens mais simples do nosso cotidiano. Durante a missão Apollo, por exemplo, inventamos a luz fluorescente e o velcro, explica a pesquisadora. Aliás, o ¿ para muitos - indispensável GPS é outra cria da corrida espacial.
O setor de telecomunicações e robótica também foram muito beneficiados. Sem o lançamento de satélites artificiais, por exemplo, a transmissão de televisão via satélite seria impossível. Apenas na área de robótica, um dos centros da Nasa, o Jet Propulsion Laboratory lista 50 invenções dos últimos 25 anos. No ano passado, o Goddard Space Flight Center colocou 25 invenções em leilão, inclusive um sistema de GPS de altíssima precisão, conta Duilia.
Existem ainda patentes da Agência Espacial Europeia (ESA), Agência Espacial Federal Russa, Agência Espacial Indiana (ISRO), Agência Espacial Chinesa (CNSA), Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial (JAXA), sem esquecer da Agência Espacial Brasileira (AEB).
Marte, aí vamos nós
Atualmente, as nações trabalham em conjunto para conquistar o universo. A Estação Espacial Internacional (ISS, em inglês), por exemplo, é um projeto científico desenvolvido por 16 países. Brasil, Estados Unidos, Rússia, Japão, Canadá, França, Alemanha, Itália, Suíça, Inglaterra, Suécia, Dinamarca, Bélgica, Noruega, Holanda e Espanha são os participantes. Inclusive, a ESA e a Nasa trabalham em parceria desvendando os atros do Sistema Solar. Um exemplo é a exploração de Titã, lua de Saturno, pela sonda Cassini.
A chegada ao universo está mais democrática. Em 2003, a China enviou um homem para o espaço. Tornando-se, desse modo, o terceiro país a realizar o feito. Mandou satélite para a Lua em 2005. Três anos depois, o gigantesco país fez caminhadas pelo espaço. Também em 2008, a Índia enviou um satélite para a Lua. Cogita-se que a China levará homens para o satélite natural até 2020.
A cobiçada Lua também continua no roteiro da Nasa. Nosso satélite natural se tornaria uma espécie de conexão Planeta Vermelho. A próxima ida à Lua está agendada para 2020. Precisamos demonstrar que conseguimos sair da Terra e pousar na Lua antes de embarcarmos para uma possível ida à Marte, conta Duilia.
Já estivemos na Lua seis vezes, a última em 1972. A tecnologia evoluiu muito desde aquela época, conta a estudiosa. Está na hora de voltarmos e utilizarmos tecnologia de ponta para explorar o nosso satélite mais detalhadamente. Por exemplo, será que existe água na Lua? Dizem que pode ser que sim, completa.
Marte está um pouco mais longe dos planos. O voo tripulado está previsto para 2037. Mas considerando as dificuldades como exposição dos astronautas à radiação solar por períodos prolongados não sabemos se realmente irá acontecer, diz. Isso porque a atmosfera do Planeta Vermelho é diferente da Terra. A luz ultravioleta faria mal aos astronautas. Além disto o solo marciano é cheio de elemento químicos que podem ser nocivos à saúde humana e teríamos que construir roupas espaciais que não fossem danificadas também, explica.
Sem contar que um voo para tão longe ¿ ida e volta poderia contabilizar dois anos ¿ necessitaria de muitos suprimentos. O que acarretaria um problema de peso da aeronave. Um voo tripulado é bem diferente de um robotizado como o que atualmente temos. Estes são mais simples, baratos e justificáveis a curto prazo, conta. Antes de homens, a Nasa pode enviar robôs que trarão de volta amostras do solo marciano. Um feito nunca antes realizado.
Além da cabeça na Lua, os pesquisadores também mantém os olhos no universo. O telescópio espacial Hubble envia imagens únicas dos céus. Não o bastante. Este ano, a sonda Kepler foi lançada pela Agência Espacial Americana em busca de planetas similares à Terra. Afinal, a partida humana rumo fora do Sistema Solar ainda é um sonho.
O ser humano é um explorador da natureza, gosta de aprender e desvendar os mistérios do universo. A saída da Terra é, além de uma aventura, uma busca pelo conhecimento e pela sabedoria. Cada vez que aprendemos algo novo sobre os planetas, olhamos para o nosso com olhos diferentes. Tentamos entender de onde viemos e para onde iremos, diz a professora. O espaço ainda ficará pequeno para tanta curiosidade.
se o cientista terráqueo não tiver a iluminação por si mesmo, daqui a 200 anos a Terra será um planeta morto, porém, a conquista espacial é o destino maior da humanidade Trerreiroática!..vamos nós.
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