Segundo um novo estudo, a sombra da lua cria ondas na atmosfera da Terra que viajam a mais de 300 quilômetros por hora.
Esse efeito já tinha sido descoberto no início de 1970, mas os cientistas só foram capazes de observá-lo agora, durante o eclipse solar total de 22 de julho de 2009.
Os pesquisadores descobriram que as ondas acústicas, também conhecidas como ondas sonoras, na atmosfera superior da Terra se acumulam ao longo das bordas à esquerda e à direita da sombra da lua, conforme ela se move através da Terra, como as ondas produzidas por um navio navegando a água.
Os cientistas não encontraram apenas a característica de “onda de proa” prevista, mas também a “onda de popa” ao lado do equador, bem como a onda de popa por trás da sombra da lua.
Os pesquisadores usaram uma rede de receptores GPS baseados em terra para acompanhar o eclipse de 2009, que passou sobre o Japão e Taiwan. Eles perceberam que ondas acústicas foram geradas ao longo das bordas da sombra da lua, em uma parte da atmosfera superior da Terra conhecida como ionosfera.
Havia uma diferença de tempo de 30 minutos entre a chegada das ondas de “proa” e “popa”. Este número sugere que, se a sombra da lua fosse de fato de um navio, teria 1.712 quilômetros de comprimento.
Segundo os pesquisadores, as ondas são produzidas pelas disparidades de temperatura criadas na Terra durante um eclipse solar, que ocorre quando a lua bloqueia a passagem da luz do sol.
As partes da Terra sombreadas pela lua esfriam naturalmente, e essa diferença de temperatura gera as ondas acústicas.
As ondas se movem a cerca de 361 quilômetros por hora, mais lentamente do que a disparidade de temperatura que dá origem a elas. É por isso que se acumulam ao longo da borda do caminho da lua.
O próximo eclipse solar total visto da Terra, quando a lua bloqueará totalmente o sol, acontecerá dia 13 de novembro de 2012, embora a totalidade só será visível a partir do norte da Austrália e em partes da região do Oceano Pacífico.
O próximo eclipse parcial do sol vai ocorrerá em 25 de novembro de 2011, mas só será visível a partir da Antártica, Tasmânia, Nova Zelândia e sul da África Austral
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