Pelas cefeidas, estrelas cuja luminosidade varia regularmente - ou seja, elas pulsam em períodos constantes e conhecidos. Essas estrelas possuem uma característica especial: quanto mais brilhantes, mais rápido pulsam. Assim, basta medir o tempo dessa pulsação, que dura algumas semanas, para saber quanta luz a estrela emite. Quanto mais distante a estrela, menor será a quantidade de luz que chega à Terra - e maior será a diferença entre a luz emitida e a luz observada. Por isso, basta comparar o brilho real da estrela com seu brilho aparente e, assim, calcular o intervalo espacial que nos separa. "Para medir a distância em que se encontra uma galáxia, é só encontrar uma cefeida dentro dela. Mas o método só funciona para galáxias relativamente próximas, a algumas dezenas de milhões de anos-luz", afirma Roberto Campos, astrônomo da USP.
Em galáxias mais distantes não é possível visualizar as cefeidas, mas o mesmo princípio de cálculo pode ser usado a partir de estruturas maiores, como os aglomerados de estrelas, também comparando sua luminosidade real com a aparente. "Essa técnica, no entanto, fica bem menos precisa do que com as cefeidas, pois é mais difícil calcular a luminosidade real", diz Roberto.
O brilho constante de estrelas chamadas cefeidas serve de referência para medir a distância entre nosso planeta e a galáxia onde elas se encontram
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