Magnetar é
uma estrela de nêutrons com alto valor de campo magnético. Possui campo
magnético estimado em 1 bilhão de teslas. Tem como característica principal a
alta emissão de raios X e raios gama.
Considera-se
o magnetar um tipo especial de estrela de nêutrons (EN). As ENs são esferas
compactas de cerca de 15 quilômetros de diâmetro, correspondendo ao núcleo do
que resta do colapso de uma estrela com cerca de dez vezes a massa do Sol. Os
magnetares, por razões que ainda não completamente esclarecidas, têm campos
magnéticos mil vezes mais fortes do que as ENs normais.
No entanto,
existe certa controvérsia a respeito de que as estrela de nêutrons podem ser
tão magnéticas. Assim, os candidatos a magnetares são frequentemente referidos
na literatura científica como Repetidores de Raios Gama (SGR) ou Pulsares de
Raios-X Anômalos (AXP), dependendo das características das suas erupções. Em
2002, os membros desta equipe de observação ajudaram a estabelecer a ligação
entre SGRs e AXPs. A fonte 1E 2259+586 é por vezes chamada um AXP.
Apesar de
toda a sua energia, os magnetares não são sempre objectos brilhantes. A
oportunidade de os estudar acontece quando surgem, sem aviso, erupções que
podem durar desde horas a meses, e que emitem luz visível e noutros comprimentos
de onda. O magnetar 1E 2259+586 acendeu-se repentinamente em Junho de 2002.
Foram obtidos dados de cerca de 80 erupções ocorridas num intervalo de 4 horas.
Desde então, nenhuma outra erupção foi detectada. As mesmas variações de
emissões aconteceram há 12 anos e permaneceram um mistério até este estudo.
As
propriedades da erupção de 1E 2259+586 levaram a uma série de conclusões:
primeiro, a estrela passou por algum acontecimento importante que durou vários
dias e teve duas componentes, uma na superfície da estrela (possivelmente uma
fractura na crosta) e outra debaixo da superfície. As mudanças nas emissões
sugerem que a estrela sofreu uma deformação plástica da crosta que impactou
simultaneamente com o interior superfluido e com a magnetosfera (pensa-se que o
interior de uma estrela de neutrões é constituído por um superfluido de
neutrões; a magnetosfera é a região em que o campo magnético da estrela de
neutrões controla o comportamento das partículas carregadas.).
Após a
erupção, a emissão era semelhante à de uma SGR, tornando ainda mais difícil a
distinção entre as duas espécies exóticas. Por outro lado, o estudo das
variações das emissões permitiram inferir episódios eruptivos anteriores neste
e noutros candidatos a magnetares.
Este tipo
de fenómeno pode estar a acontecer constantemente noutras fontes espalhadas
pela Galáxia e nunca o saberíamos porque os nossos "olhos" de raios
gama não são suficientemente sensíveis. A equipe planeja agora determinar o
número de magnetares, incluindo os que se encontram na fase tênue.
Os
magnetares não são apenas as estrelas mais magnéticas que se conhece.
Representam uma nova maneira de fazer uma estrela brilhar, pois não são
alimentados por um mecanismo convencional como a fusão nuclear, a rotação ou a
acreção, o que torna-os num objeto de estudo fascinante.
Formação
Quando, em
uma supernova, a estrela colapsa para uma estrela de nêutrons, o seu campo
magnético aumenta dramaticamente (metade da dimensão linear aumenta o campo
magnético em quatro vezes). Duncan e Thompson calcularam que o campo magnético
de uma estrela de nêutrons normalmente já é alto (cerca de 108 teslas) e,
através do mecanismo de dínamo, pode crescer ainda mais (para mais de 1011
teslas, ou 1015 Gauss). O resultado é um magnetar.
A supernova
pode perder 10% da sua massa em uma explosão. Para que essas grandes estrelas
(10 a 30 massas solares) não colapsem para um buraco negro, eles têm de lançar
uma maior proporção de sua massa, talvez mais de 80%.
Estima-se
que cerca de 1 em 10 explosões de supernovas tem uma magnetar como resultados.
Em 21 de
fevereiro de 2008 foi anunciado que a NASA e a Universidade McGill
pesquisadores haviam descoberto uma estrela de neutrôns que havia sido
temporariamente alterada a partir de um pulsar de um magnetar. Isto indica que
magnetars não são apenas um tipo raro de pulsares, mas pode ser um
(possivelmente reversível) fase na vida de pelo menos alguns pulsares.
Em 24 de
setembro de 2008, foi anunciado o que se acredita ser a primeira magnetar
utilizando o Very Large Telescope (VLT), do European Southern Observatory
(ESO). A recém-descoberta é conhecida como objeto SWIFT J195509 261406.
Quasares
Um quasar
(abreviação de quasi-stellar radio source, ou fonte de rádio quase-estelar) é
um objeto astronômico distante e poderosamente energético com um núcleo
galáctico ativo, de tamanho maior que o de uma estrela, porém menor do que o
mínimo para ser considerado uma galáxia. Quasares foram primeiramente
identificados como fontes de energia eletromagnética (incluindo ondas de rádio
e luz visível) com alto desvio para o vermelho (redshift), que eram puntiformes
e semelhantes a estrelas, em vez de fontes extensas semelhantes a galáxias. Os
quasares são os maiores emissores de energia do Universo. Um único quasar emite
entre 100 e 1000 vezes mais luz que uma galáxia inteira com cem bilhões de
estrelas.
Não se
encontram quasares em nossa galáxia. Existem evidências de que os quasares se
afastam da Via Láctea e que podem expelir parte de sua massa em jatos (formados
por partículas de alta energia) de velocidade próxima a da luz. Só foi possível
perceber sua existência porque eles emitem ondas de rádio captáveis por nossos
radiotelescópios. As imagens que são mostradas não são digitais e sim apenas
uma representação dedutiva de seu molde.
Enquanto
houve inicialmente alguma controvérsia quanto à natureza destes objetos — até
tão recentemente quanto os anos 1980, não havia um consenso sobre isto — há
agora um consenso científico de que um quasar é uma região compacta com 10 a
10,000 vezes o raio de Schwarzschild do buraco negro supermassivo de uma
galáxia, energizada pelo seu disco de acreção.
No ano de
1999, Edwin Ernest Salpeter e Yakov Borisovich Zel'dovich lançaram a teoria de
que os quasares não são na verdade galáxias activas, mas apenas objetos
associados a galáxias ativas. Embora esta teoria seja a mais aceita, já foram
encontrados quasares dispersos, isto é, sem galáxias próximas - sugerindo que a
relação entre os quasares e as galáxias não seja obrigatória e que os quasares
e as galáxias não sejam um único objeto.
Propriedades
Aparentemente,
os quasares são semelhantes às estrelas, mas sua estrutura real é semelhante à
de uma galáxia activa e sua massa é ligeiramente maior do que a de qualquer
outro corpo celeste já catalogado.
Os quasares
são fortes emissores de ondas de rádio e colossais emissores de luz. Tais
características, combinadas, indicam que os quasares possuem grande quantidade
de partículas de altíssima energia. Outro aspecto interessante é que muitos
quasares liberam imensos jatos de partículas radioativas. O quasar 3C 273 é o
quasar mais brilhante já observado, e está a aproximadamente dois bilhões de
anos-luz da Terra.
A maioria
dos quasares já observados possui um forte desvio para o vermelho no espectro,
indicando que estão se movimentando muito rapidamente, provavelmente a uma
velocidade superior a 50 mil km/s, o que, pela Lei de Hubble, leva a entender
que estão muito distantes. Outra conclusão devida é que se formam num período
muito recente da considerada formação do universo.
Como todos
os quasares observados estão à distâncias muito longínquas de nossa galáxia
(bilhões de anos-luz), estima-se que não existam mais em nosso universo atual,
uma vez que as emissões detectadas provenientes deles levaram muitos bilhões de
anos para chegar à terra.
Acredita-se
que os quasares eram buracos negros gigantes presentes no centro de galáxias
ativas, e podemos suspeitar até que os buracos negros mais próximos, presentes
no centro das galáxias mais próximas, podem ter sido quasares no passado.
Formação
Um quasar
inicia sua vida como uma estrela comum, não como o sol, mas como uma estrela
gigantesca que é alimentada por fusões nucleares constantes causadas pela
gravidade. No início da vida estelar, a intensa pressão e força gravitacional
comprimem tanto os átomos de hidrogênio, e criam uma movimentação entre eles
que supera a força natural de repulsão, e os fundem em hélio e nessa fusão
parte da energia que formam as partículas subatômicas é liberada através da
estrela e se equilibra com a gravidade. Conforme acabam os átomos de
hidrogênio, a estrela funde hélio em carbono, e com o fim do hélio o carbono é
fundido em elementos mais pesados como oxigênio, neônio, silício, magnésio,
enxofre e ferro. Quando os átomos de ferro se fundem, absorvem a energia da
fusão e começam a diminuir drasticamente a pressão da estrela. Nessa alteração
de elementos fundidos na estrela, ela havia se aquecido e se expandido.
No
desequilíbrio entre as forças que comandam a estrela a gravidade vence e a
estrela desaba sobre si mesmo numa explosão descomunal conhecida como
supernova.
Nesta
explosão que poderia ser vista a luz do dia durante dias, em um breve momento,
é criado o famoso buraco negro ou uma estrela de nêutrons. O que forma quasar é
o buraco negro cuja gravidade é tão grande que nem a luz pode escapar (a
estrela de nêutrons, se fundida a outra, forma um buraco negro e também pode
formar um quasar).
Muito
provavelmente, essas estrelas não estavam sozinhas e com sua nova forma engolem
a matéria que as rodeavam. Quando elas se alimentam dessa matéria, antes de ser
engolida a matéria forma um disco de acreção que gira quase a velocidade da luz
e gera um imenso atrito. Nesse atrito muita energia é liberada, e conduzida
pelo campo magnético do buraco negro forma dois jatos de cada lado que são
chamados de lóbulos de rádio ou DRAGNs. E assim podemos detectá-los.
Durante sua
vida de milhares ou até bilhões de anos, o buraco negro engole muitas estrelas
ou até outros buracos negros menores e aumenta de massa e tamanho até ficarem
tão grandes que são chamados de buracos negros supermassivos. Os que habitam os
centros dos quasares são tão grandes que são denominados monstros,
literalmente.
Acabam
tendo tanta matéria atraída que formam discos de acreção colossais e lóbulos de
raio tão grande que se o buraco fosse comparado a uma bola de basquete, os
lóbulos equivaleriam ao diâmetro da terra. E aí estão os quasares, que
geralmente habitam os centros galácticos. A maioria está tão distantes que os
vemos como eram a milhares de anos atrás do ponto de partida da luz que nos
alcança hoje
Blazar
O blazar é
um corpo celeste que apresenta uma fonte de energia muito compacta e altamente
variável associada a um buraco negro supermassivo do centro de uma galáxia
ativa. O blazar sofre um dos fenômenos mais violentos do universo e é um dos
tópicos mais importantes em astronomia extragaláctica.
Os blazares
são membros de um grupo maior de galáxias ativas conhecidas como galáxias de
núcleo activo (AGN em inglês). Entretanto, os blazares não são um grupo
homogêneo e portanto estão divididos em grupos menores dos quais destacam-se os
OVVs e os objetos BL Lacertae.
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