Um satélite natural ou lua
(em letra minúscula) ou ainda planeta secundário é um corpo celeste que orbita
um planeta ou outro corpo menor. Dessa forma, o termo satélite natural poderia
se referir a planetas anões orbitando a uma estrela, ou até uma galáxia anã
orbitando uma galáxia maior. Porém, ele é normalmente um sinônimo de lua, usado
para identificar satélites não artificiais de planetas, planetas anões ou
pequenos planetas. Por exemplo, a Lua é o satélite natural da Terra.
Há 240 objetos no Sistema
Solar classificados como luas. Dentre esses, 166 orbitam 8 planetas, 4 orbitam
planetas anões e mais algumas dezenas orbitam corpos menores do sistema solar.
Porém, algumas luas são
maiores que alguns planetas principais, como Ganímedes e Titã, satélites de
Júpiter e Saturno, respectivamente, que são maiores que Mercúrio. Assim sendo
estes satélites, se não orbitassem planetas, seriam eles mesmos planetas.
Apesar disso, existem outros satélites que são muito menores e têm menos de 5
km de diâmetro, como várias luas do planeta Júpiter.
Caronte, a lua de Plutão tem
mais ou menos metade do diâmetro deste último, e visto que o primeiro não gira
exatamente em torno do segundo (visto que o baricentro do sistema plutoniano
localiza-se acima da superfície plutoniana), o que leva certos astrônomos a
pensarem no conjunto como um planeta duplo. De facto, o próprio sistema
Terra-Lua (embora o baricentro do sistema esteja dentro da Terra, e a Lua tenha
menos de um quarto o diâmetro terrestre) é, também, considerado por alguns
astrônomos como um planeta duplo
de fontes
História de descoberta
Os primeiros satélites
(excetuando a Lua) só foram descobertos no início do século XVII por Galileu
Galilei. Esta descoberta foi contestada pelo astrônomo alemão Simon Marius, que
travou uma longa disputa com Galileu chamando a primazia da descoberta . Os
nomes das luas, Io, Europa, Ganímedes e Calisto, foram dados por Marius, usando
personagens mitológicos amantes de Júpiter (Io e Calisto eram ninfas, Europa
uma princesa mortal e Ganimedes um príncipe troiano). A maioria dos autores
hoje considera que Galileu observou as quatro luas antes de Marius; uma exceção
notável é Asimov, que atribui a Marius a descoberta de Calisto
Em 1655 é descoberta uma
grande lua em Saturno a que se chamou de Titã
Não obstante e até ao final
do século XVII, só mais quatro satélites foram descobertos em Saturno. No
século XVIII são descobertas mais duas luas em Saturno e duas em Urano.
Até o desembarque do Homem
na Lua, eram conhecidas duas em Marte, cinco em Júpiter, nove em Saturno, cinco
em Urano e duas em Netuno.
Nos dias de hoje com as
sondas espaciais que exploraram todo o sistema solar, passou-se a conhecer um
grande número de satélites a orbitar os planetas exteriores e conheceu-se de
perto as grandes luas do sistema solar. Assim são conhecidas, até a data: uma
na Terra, duas em Marte, 63 em Júpiter, 49 em Saturno, 27 em Urano e 13 em
Netuno. De fato, Mercúrio e Vênus não têm satélites naturais. Um total de 158
satélites em todo o sistema solar.
De notar, que grande partes
destes satélites são apenas pedaços de rocha ou gelo em forma de batata a girar
em torno de um planeta e não planetas secundários perfeitamente formados com
uma forma razoavelmente esférica tal como a Lua da Terra ou as colossais luas
de Júpiter. Ao todo no sistema solar, existem 20 dessas grandes luas, a maior é
Ganímedes com mais de 5000 km de diâmetro e a menor é Mimas com cerca de 400
km.
Recentemente descobriu-se
que alguns asteróides como o Ida (que tem o satélite Dactyl, descoberto pela
sonda Galileu), possuem satélites naturais. Mas, como não orbita um planeta,
não pode exatamente ser considerado um satélite.
Formação ou aparecimento dos satélites naturais
Existem, basicamente, três
formas de criação dos sistemas Planeta/Satélite: formação simultânea; captura;
e processos catastróficos.
No caso da formação
simultânea, o satélite tem a sua gênese simultaneamente à do planeta principal.
Durante a fase da sua formação chamada de acreção o proto-satélite já está em
órbita do planeta principal. Este tipo de processo de formação de satélites
parece ser o mais importante no caso dos satélites de maiores dimensões.
No caso dos satélites
menores e com órbitas menos regulares, o processo de formação parece estar
relacionado com a captura. Neste caso, os satélites são desviados das suas
órbitas iniciais pela ação dos campos gravitacionais dos planetas e são
colocados em órbitas mais ou menos estáveis em torno desses mesmos planetas.
Nos processos catastróficos,
como por exemplo (possivelmente) no caso da Lua, a formação é efetuada através
da força de um impacto entre corpos planetários.
Luas do sistema solar
A maioria das luas do
Sistema Solar são tão pequenas que não possuem um formato definido, sendo
comparáveis a asteroides; Júpiter tem mais de 60 dessas. Outras são bem
grandes; caso orbitassem o Sol seriam planetas. As maiores luas são Ganímedes
de Júpiter, Titã de Saturno (esses dois primeiros são maiores que o planeta
Mercúrio), Calisto e Io de Júpiter, Lua da Terra, Europa de Júpiter e Tritão de
Netuno. As mais interessantes são, claro, as que conseguiram tomar um formato
esférico sobre influência de sua própria força gravitacional, como as luas de
Terra ,Júpiter , Saturno , Urano e Netuno
Luas extrassolares
Estima-se que planetas com
massa superiores à de Júpiter possam ter 10 vezes a massa da Terra em luas Já
foram descobertos mais de 300 planetas extrasolares, com exceção de uns 10,
todos são gigantes gasosos como Júpiter cuja única superfície sólida é o seu
núcleo abaixo de milhares de quilómetros de camadas de gás. Assim sendo, dos 50
planetas descobertos na zona habitável das suas estrelas, a esperança de se
encontrar vida nesses sistemas sustenta-se nos seus possíveis satélites.
Abaixo deixo um vídeo para
vocês acompanharem a história sobre luas alienigenas
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