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sexta-feira, 19 de setembro de 2025

Modelos Relativísticos

 

Campo de Dobra de Alcubierre

Com base na Física que conhecemos, e em particular dos Modelos Relativísticos (restrito e geral), não nos é possível viajar mais depressa que a luz no espaço-tempo.

O que nos seria [talvez] possível seria algo derivado da Proposta do Físico Alcubierre (de 1994) em que se arrastaria o próprio espaço-tempo numa "bolha de dobra" em torno da nave. A ideia seria contrair o espaço na direção do deslocamento e ao mesmo tempo o expandir por detrás.

Isto, se fosse possível, não violaria a Física conhecida, porque não atravessaríamos o espaço-tempo mais depressa que a luz, mas a nossa "bolha" de espaço-tempo é que se propagaria nos arrastando dentro dela podendo chegar muito mais depressa do que a luz.

Métrica de Dobra de Alcubierre

A ideia não é tão absurda assim.

Sabemos que o espaço-tempo se expandiu duma forma alucinantemente rápida no início do Universo (durante o hipotético episódio de Inflação Cósmica) e que ainda se está a expandir. Por outro lado o espaço-tempo é objeto de compressão (e arrasto) por qualquer buraco negro (rotativo).

O problema inicial da proposta de Alcubierre (extraída das equações da Relatividade Geral) é que exigiria não somente quantidades galáticas de matéria convertida em energia, mas pior, exigiria que tal energia fosse negativa, coisa nem rara porque nunca vista.

E isso nem é tudo, haveria problemas de sobrevivência dentro de tal bolha, ninguém sabe como controlar essa coisa uma vez gerada e poderia até causar imenso dano ao ser 'desligada' perto do destino.

Hipotética Nave de Dobra

Nos últimos anos já houve alguns avanços, entretanto ainda não foi possível reduzir a exigência energética do propulsor Alcubierre a níveis realmente práticos, mas foram desenvolvidos modelos teóricos que eliminam a necessidade de energia negativa, como o de Harold White (modificando a "bolha de dobra") e de Erik Lentz (usando energia puramente positiva).

Embora esses novos modelos tornem o conceito teoricamente mais viável e bem menos energético, eles ainda exigem quantidades imensas de energia (toda a massa dum Júpiter convertida em energia) e não há tecnologias para construí-los atualmente.

Então ainda temos que escarafunchar um pouco mais nas equações antes da Propulsão de Dobra possa se tornar um mero problema de engenharia.

Respondendo à questão, se eu tivesse que "montar" um cenário tecnológico que permitisse a Viagem Super-Lumínica seria baseado em "domar" a Hipotética Propulsão de Alcubierre, complementando com Energia Mista de Fissão/Fusão prática e eficaz, perfeitos Sistemas de Reciclagem Ecológica, Comunicações e Computação Quânticas com Emaranhamento de Ondiculas e Verdadeira Inteligência Artificial nos auxiliando e complementando.

Abiogénese e Evolução

Este cenário iria escancarar as portas a uma aceleradíssima colonização do espaço por nós, com expedições que após reconhecerem e mapearem cada sistema planetário, e não encontrando vida indígena a preservar e estudar, semeariam os nossos agentes de IA para minerarem asteroides, cometas e satélites e prepararem "planetas artificiais" para a futura chegada de colonos numa explosão populacional duma magnitude inédita.

Tais expedições poderiam encontrar maravilhas quer físicas quer biológicas, como vida em oceanos subterrâneos sob o gelo de satélites de gigantes gasosos, ou baseada na química do elemento Silício em mundos de lava, ou sistemas de informação codificados nos spins das ondículas vivendo e se reproduzindo nas fotosferas das estrelas, ou mesmo vida suspensa em núvens de gases e poeiras interestelares.


Agora talvez entendam porque, tal como para mim, a Literatura preferida de quase todos os engenheiros é a Ficção Científica "Hard Core" pura e dura.

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